Compositor. Instrumentista.
Ficou cego aos sete anos. Começou a aprender música e aos nove anos já tocava violão e era considerado um dos melhores violonistas de sua cidade natal.
Aos 12 anos já mostrava total domínio do violão, sendo capaz de improvisar e dominar todos os tons. Mudou-se para o Rio de Janeiro e foi estudar no Instituto Benjamim Constant. A partir de 1917 iniciou trabalho de ensino de música para cegos, tendo incentivado a criação de escolas para cegos no Amazonas, no Ceará, em Minas Gerais e na Paraíba. Em 1929, teve duas valsas gravadas por Augusto Calheiros. Foram elas, “Valsa da saudade” e “Saudades do Rio Grande”, feito em parceria com Nelson Paixão. Seu aluno Dilermano Reis gravou “Canção gaúcha” e “Cateretê mineiro”. Em 1938, realizou concertos em cinemas e clubes nas cidades de Corumbá, Aquidauana, Campo Grande e Ponta Porã. Criou uma escola de música em Corumbá que levou o seu nome. Na mesma cidade tornou-se mestre da banda local. Apresentou-se em diversas cidades e capitais do norte, nordeste e sul do Brasil. Nos anos 1950 dirigiu cursos no Instituto Benjamim Constant. Compôs também diversas peças eruditas.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.