Leonardo Luz

Fundou, com Ricardo Cravo Albin e o Maestro Guerra Peixe, a primeira escola de música popular brasileira, sob os auspícios do Museu da Imagem e do Som (RJ), de onde foi professor de piano.

Trabalhou no Conservatório de Canto Orfeônico, fundado pelo Maestro Villa-Lobos, e na Rádio Ministério da Educação e Cultura, como produtor e pianista.

Em 1970, atuou como vice-diretor artístico do Festival Internacional da Canção.

No ano seguinte, executou, a convite da Orquestra de Paulo Moura, em primeira audição sul-americana, o “Ebony Concert”, de Stravinsky. O espetáculo foi realizado na Sala Cecília Meirelles (RJ).

Trabalhou como pianista em várias casas noturnas cariocas, como Vivará, Forno e Fogão e Snoopy Cave Bar, entre outras.

Ainda na década de 1970, organizou o conjunto Brasil Aquarius, com o qual atuou durante noves meses em turnê de shows por toda a Espanha e gravou o LP “Brasil Aquarius”, contemplado com o prêmio Aquarelas Brasileiras, outorgado pelo Consulado Brasileiro de Barcelona, em 1973.

Em 1975, retornou ao Brasil, onde gravou o LP “Aquarius”, lançado em 1976 pela Continental. Nesse ano, voltou para Madri, onde organizou o Grupo Tanga, com o qual gravou uma fita cassete, mais tarde transformada em LP.

Foi indicado para representar o Brasil no VI Festival da Rabida, em Huelva (Andaluzia).

Foi diretor artístico de Wahiwa-Paradise, promovendo a divulgação da música popular brasileira.

Apresentou-se com o Grupo Tanga na França e atuou como pianista solista em Clermont-Ferrand e Nantes.

Em 1977, promoveu a Semana da Música Popular Brasileira no Hotel Frantel de Clermont-Ferrand. De volta a Barcelona, trabalhou em grupos de música latino-americana.

Em 1978, retornou ao Brasil, onde atuou em shows com Paulo Moura em espaços como o Museu de Arte Moderna e o Teatro Municipal de Niterói. Participou do Projeto Pixinguinha, acompanhando Moreira da Silva e Macalé. Nesse mesmo ano, fez conferência ilustrada em Brasília, juntamente com Paulo Moura, intitulada “A influência da melodia, do ritmo e da harmonia na criação da música popular brasileira”, a convite do Sesc, na Semana da Música Popular Brasileira. Integrou, com Paulo Moura e Maurício Einhorn, um grupo com o qual excursionou por várias cidades paulistanas, em semana dedicada à pianista Guiomar Novaes. Também em 1978, fez temporada de um mês no Teatro Mogador, em Paris, ao lado de Martinho da Vila e Paulo Moura, e gravou um disco de música popular brasileira no Studio 10. De volta ao Brasil, acompanhou Antonio Carlos & Jocafi, Paulo Moura e Roberto Silva, em shows pelo país, pelo Projeto Pixinguinha. Fez temporada de um mês em Buenos Aires, ao lado de Martinho da Vila, juntamente com Rildo Hora, Dona Ivone Lara e o Conjunto Som 7, no Teatro do Hotel Bauen, no Teatro Coliseu e na casa noturna Mao-Mao. De volta ao Brasil, continuou trabalhando como pianista em shows de Martinho da Vila.

Em 1979, gravou, com o conjunto de Paulo Moura, a trilha sonora do filme “Parceiros da aventura”, de José Medeiros. Apresentou-se com Martinho da Vila, Paulo Moura e outros músicos em Amsterdam, Haia, Zurique e Londres. De volta ao Brasil, foi contratado como pianista da casa noturna Cave Aux Fromages e, em seguida, do Restaurante Bar Space 47. Gravou com Martinho da Vila, Maria Creuza e Rildo Hora. Participou de várias apresentações na Sala Funarte, como pianista do conjunto de Rildo Hora, e atuou com Paulo Moura, Célia e Cláudia Savaget pelo Brasil.

Durante a década de 1980, apresentou-se no Haiti e em cidades como Paris, Londres, Amsterdam e Haia.

Na década de 1990, atuou como pianista em vários hotéis e clubes de jazz em Saint Moritz, Genebra e Berna.

Desde 1992, apresenta-se em duo com o flautista Bernart Castilljo em várias casas noturnas de Barcelona, como Pipa’s Club e Casa Elizalde, entre outros.

Ao longo de sua trajetória artística, atuou com vários músicos de jazz, como Art Farmer, Pony Poindexter, David Thomas, Steve McCall, Pedro Iturralde, Erich Peter e Joe Moro.

Radicado em Barcelona, costuma realizar conferências sobre música brasileira, ilustradas ao piano. É professor de música brasileira e jazz na Academia Luthier, nessa cidade.