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Nome Artístico
Leo Gandelman
Nome verdadeiro
Leonardo Gandelman
Data de nascimento
10/8/1956
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Instrumentista (saxofonista). Arranjador. Compositor. Produtor.

Filho de Henrique Gandelman (violonista, maestro, diretor artístico da gravadora CBS, atual Sony, e advogado da área de direitos autorais) e de Saloméa Gandelman (professora de piano e fundadora da Escola de Música Pró-Arte, RJ, além de autora de livros sobre técnicas musicais). Irmão de Lia Gandelman (oboísta) e de Marisa Gandelman (tecladista). Iniciou seus estudos musicais (piano, flauta doce e musicalização) aos seis anos de idade, com sua mãe. Em 1969, estudou viola de gamba. Em 1977, ingressou na Berklee College of Music (Boston, EUA).

Dados artísticos

Em 1971 formou o grupo Pró-Arte Antiqua, juntamente com Homero de Magalhães Filho, Jaques Morelenbaum, Helder Parente, Heloisa Madeira, Marcelo Madeira, Myrna Herzog, Lia Gandelman e Marisa Gandelman, com o qual se apresentou na Sala Cecília Meireles (RJ) e no MASP (SP). Ainda nesse ano, atuou como solista da Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência dos maestros Isaac Karabtchevsky e Henrique Nirenberg.

Após o período de estudos na Berklee College of Music, retornou ao Brasil em 1979, formando o conjunto Avenida Brasil, juntamente com Serginho do Trombone, Bidinho e Zé Nogueira. Com a posterior adesão de Márcio Montarroyos e Oberdan Magalhães, o grupo completou um naipe de metais que participou de gravações de vários artistas brasileiros.

Em 1981, apresentou-se no Montreux Jazz Festival (Suíça).

Em 1987, gravou seu primeiro disco solo, “Leo Gandelman”, e participou do Free Jazz Festival.

No ano seguinte, gravou o LP “Ocidente” (PolyGram). O disco foi lançado no exterior pela Verve Forecast, sob o título de “Western world”, tendo sido considerado nos Estados Unidos o melhor disco de música progressiva do ano. Voltou a participar do Free Jazz Festival em 1988.

Ainda na década de 1980, assinou a produção musical dos discos “Virgem”, de Marina Lima, e “Plural”, de Gal Costa, entre outros.

De 1989 a 1991, atuou como apresentador do programa semanal “Free Jazz in Concert” (Rede Manchete).

Durante a década de 1990, participou de trilhas sonoras de novelas e mini-séries da Rede Globo.

Em 1990, lançou seu terceiro disco, “Solar”, indicado, no ano seguinte, para cinco categorias do Prêmio Sharp (Disco, Música, Arranjo, Instrumentista e Produtor).

Em 1991, foi contemplado com os prêmios da União Brasileira dos Compositores e da Associação Paulista de Críticos de Arte, além de ter recebido o Disco de Ouro como produtor do CD “Virgem”, de Marina Lima, e o Troféu Brahma. Ainda nesse ano, lançou o disco “Visões”.

Em 1992, participou do “Hollywood Rock”, ao lado do grupo Living Colours.

Em 1993, lançou o CD “Made in Brazil” e voltou a apresentar-se no Free Jazz Festival, dividindo a noite com Chick Corea e Michael Brecker.

Dois anos depois, atuou, como convidado especial de Rita Lee, no “Hollywood Rock Festival”, participando do show de abertura para a apresentação dos Rolling Stones.

Em 1996, lançou o CD “Pérolas negras” e, dois anos depois, o CD “Brazilian soul”, ambos pela gravadora PolyGram.

Em 1999 lançou, com Silvio Barbato, o CD “Primeiro Brasil Sinfônico”, com participação de Eduardo Souto Neto, Nico Resende e Luiz Avellar. O disco foi gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles (RJ).

Ao longo de sua carreira, atuou como solista em discos de inúmeros artistas, além de ter assinado a direção musical de diversos espetáculos.

Compôs várias vinhetas para a Rádio Jornal do Brasil.

Participou das trilhas sonoras dos filmes “Pure juice” e “Rádio Pirata” e do documentário “Banana is my business”, pelo qual recebeu da crítica especializada o elogio de “momento nobre”, na homenagem a Carmen Miranda realizada no Lincoln Center de Nova York (EUA).

É o intérprete do tema de abertura do programa “Fantástico” (Rede Globo).

Durante 15 anos consecutivos foi eleito “o melhor instrumentista brasileiro”, no concurso “Diretas na Música”, promovido pela “Revista de Domingo” do “Jornal do Brasil”.

Em 2002, atuou na gravação do “Acústico” de Jorge Benjor. Também nesse ano, lançou, em CD e DVD, “Leo Gandelman ao vivo”, registro do espetáculo realizado no ano anterior no Garden Hall (RJ), com a participação de Bruno Cardoso (teclados), André Vasconcellos (baixo), Bernardo Bosisio (guitarra) e Juliano Zanoni (bateria).

Em 2004, foi premiado no Festival de Recife e no Festival de Cinema de Belém, por seu trabalho na trilha sonora do filme “Garrincha, a estrela solitária”. Ainda nesse ano, a convite do pianista Chucho Valdéz, apresentou-se no Festival de Jazz de Havana.

Lançou, em 2005, o CD “Lounjazz”, contendo suas composições “Bossa rara” e “Sociedade desconhecida”, ambas com Juliano Zanoni e William Magalhães, “Gavião” e a faixa-título, ambas com William Magalhães, “Dançarará” (c/ Juliano Zanoni, André Vasconcelos e Seu Jorge”, “Love total” (c/ Nico Resende), “Bari bossa” e “O iate”, além de “Tico Tico Lounge”, variação sobre o clássico de Zequinha de Abreu, “Canto de Ossanha” (Baden Powell e Vinícius de Moraes) e “Inquietação” (Ary Barroso), esta com a participação especial de Zélia Duncan.

Lançou, em 2006, o CD “Radamés e o Sax”, dedicado às criações do maestro para o instrumento: “Bate papo”, “Assim é melhor”, “Serenata no Joá”, “Variações sobre um tema de viola”, “Samba Canção”, “Choro”, “A fumaça do meu cachimbo”, “Pé ante pé”, “Remexendo”, “Amigo Pedro”, “Valsa triste” e “Saudades de alguém”, esta última com a participação especial da cantora Zélia Duncan.

Em 2011, lançou o CD “Origens”, primeiro título de seu próprio selo, o Saxsamba, interpretando obras de Chiquinha Gonzaga, Heitor Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Radamés Gnatalli e o francês Jacques Ibert. O disco teve lançamento no Teatro do Sesi (RJ), com a participação da pianista Maria Teresa Madeira. Nesse mesmo ano, fez participação especial na turnê brasileira de Cindy Lauper no Brasil, tocando com a cantora a canção “I don’t wanna cry”.

Lançou, em 2012, o CD/DVD “Vip Vop”, dedicado ao gênero samba jazz. No repertório, suas composições “Sinal vermelho”, “Nego tá sabendo”, “Luz azul”, “Lançamento”, “Numa boa”, “Neshama (Para o meu Pai)”, “Camisa 7” e a faixa-título, todas de sua parceria com o pianista David Feldman, além de “Alma cubana”, também em parceria com David Feldman, e “Reza” (Edu Lobo), estas duas últimas constantes apenas do CD. Esse trabalho contou com a participação de Alberto Continentino (baixo), Guto Wirtti (baixo), David Feldman (piano), Rafael Barata (bateria) e Serginho Trombone. Fez show de lançamento na casa Miranda (RJ).

Em 2013, lançou o CD “Ventos do Norte”, dedicado a composições de autores nordestinos: “Saxofone porque choras” e “Vamos para Caxangá”, ambas de Ratinho, “Ternura” e “Perplexo”, ambas de K-Ximbinho, “Dancing Avenida” e “Sorriso de cristal”, ambas de Luiz Americano Rego, “Chorinho da Tula” (Netinho) , “Espinha de bacalhau” (Severino Araújo), “Triste de quem” (Moacir Santos e Vinicius de Moraes), “Amphibious” (Moacir Santos), “Eu Quero é sossego” (K-Ximbinho e H. Almeida), “Cara lisa” (Duda) e “Bicho sanado” (Zumba). O disco contou com a participação especial do Maestro Spok nos frevos “Cara lisa” e “Bicho danado”.

Em 2018, estreou a terceira temporada de “Vamos Tocar” com mais um time de grandes ícones da música brasileira. Além de Gil, recebeu outros grandes nomes da música brasileira ao longo da temporada. A temporada teve 10 episódios. “Vamos Tocar” reuniu performances musicais e grandes nomes da nossa musica, em gravações no seu próprio estúdio. Durante a temporada passaram por lá Caetano Veloso, Os Paralamas do Sucesso, Zeca Baleiro, Teresa Cristina, Lenny Andrade, Roberto Menescal, Alceu Valença, João Bosco e Pepeu Gomes.

Em maio de 2019 a série “Hip Hop Machine”, idealizada e produzida por Leo Gandelman, estreou no YouTube e em todas plataformas de música. A série foi um encontro entre o  jazz e o rap. Nos episódios, releituras de canções autorais de 10 artistas do rap: Karol Conká, Baco Exu do Blues, 1Kilo, Haikaiss, 3030, BK’, Luccas Carlos, Gabz, Delacruz e BNegão.

Em fevereiro de 2021, após se recuperar de uma diverticulite com septcemia, Leo Gandelman fez a curadoria do Projeto Quadrilátero, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. O projeto teve quatro shows, cada um com um time de instrumentistas de um determinado instrumento: de percussão teve Pretinho da Serrinha, Marcelo Costa, Marcos Suzano e Robertinho Silva; o de saxofone teve o próprio Leo Gandelman, Mauro Senise, Zé Carlos Bigorna e Nivaldo Ornellas; o de cordas dedilhadas foi com Rogério caetano, Luis Barcelos, João Camarero e Henrique Cazes e o de cordas com arco apresentou Janaina Salles, Carla Rincon, Inah Kurrels e Jocelynne Huiliñir Cáldenas.

Discografias
2019 Milk Digital Hip Hop Machine #1

EP com Haikaiss

2019 Milk Music Hip Hop Machine #10

EP com Karol Konka

2019 Milk Music Hip Hop Machine #2

EP com BK

2019 Milk Music Hip Hop Machine #3

EP com 1Kilo

2019 Milk Music Hip Hop Machine #4

EP com 3030

2019 Milk Machine Hip Hop Machine #5

EP com Gabz

2019 Milk Music Hip Hop Machine #6

EP com Baco Exu do Blues

2019 Milk Machine Hip Hop Machine #7

EP com BNegão

2019 Milk Music Hip Hop Machine #8

EP com Delacruz

2019 Milk Music Hip Hop Machine #9

EP com Luccas Carlos

2018 Sax Driver Yelow Saxmarine
2014 Sax Driver Música de Fronteira
2014 Na Cadência do Samba (Que Bonito É)

Single

2014 Sax Driver Velhas ideias novas
2013 Ventos do Norte (Leo Gandelman) – Azul Music - CD
2012 Vip Vop (Leo Gandelman) – CD, DVD
2011 Saxdriver CD Origens (Leo Gandelman) – Saxsamba
2009 Sax Driver CD Anatomy Of Groove
2009 Saxdriver CD Garrincha - Estrela Solitária
2008 Independente CD Sabe Você
2006 Biscoito Fino CD Radamés e o Sax (Leo Gandelman)
2005 Saxsamba/Rob Digital CD Lounjazz (Leo Gandelman)
2002 Rua Records Leo Gandelman ao vivo (Leo Gandelman)
1999 CD Primeiro Brasil Sinfônico (Leo Gandelman e Silvio Barbato)
1998 PolyGram CD Brazilian soul (Leo Gandelman)
1998 Universal Music CD O melhor de Leo Gandelman (Leo Gandelman) - coletânea
1996 PolyGram CD Pérolas negras (Leo Gandelman)
1994 Universal CD - Album digital Leo Gandelman - Western World
1994 PolyGram CD Minha história (Leo Gandelman)
1993 PolyGram CD Made in Rio (Leo Gandelman)
1991 PolyGram CD Visões (Leo Gandelman)
1990 PolyGram CD Solar (Leo Gandelman)
1988 PolyGram Ocidente (Leo Gandelman)
1987 PolyGram LP Leo Gandelman (Leo Gandelman)
Obras
A ilha (c/ William Magalhães)
Alma cubana c/ David Feldman
Bari Bossa
Bossa rara (c/ Juliano Zanoni e William Magalhães)
Camisa 7 c/ David Feldman
Castelo de areia
Dançarará (c/ Juliano Zanoni, André Vasconcelos e Seu Jorge)
Gavião (c/ William Magalhães)
Lançamento c/ David Feldman
Lounjazz: c/ William Magalhães
Love total (c/ Nico Resende)
Luz azul c/ David Feldman
Nego tá sabendo c/ David Feldman
Neshama Para o meu Pai
No ar
Numa boa c/ David Feldman
O iate
Ocidente
Pensando em você (c/ Nico Rezende)
Rádio Sax
Sax driver (c/ Nico Rezende)
Saxsambando
Sem destino
Sequestro da banda
Sinal vermelho c/ David Feldman
Sociedade desconhecida (c/ Juliano Zanoni e William Magalhães)
Solar
Vip Vop c/ David Feldman
Shows
2012 Leo Gandelman. Show de lançamento do CD/DVD “Vip Vop” – Miranda, Rio de Janeiro
1991 Free Jazz Festival.
Hollywood Rock. Com Rita Lee. Show de abertura para o grupo Rolling Stones.
Holywood Rock. Com o grupo Living Colours.
Leo Gandelman. Garden Hall, RJ.
Montreux Jazz Festival, Suíça.
Primeiro Brasil Sinfônico. Com Sílvio Barbatto. Sala Cecília Meireles, RJ.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.