Leandro Braga

Em 1978, iniciou sua carreira profissional, apresentando-se em bailes e casas noturnas paulistas.

Dez anos depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde vive, desde então.

Na área do audiovisual, participou, como compositor, arranjador ou instrumentista, de trilhas sonoras para as seguintes produções: “Policarpo Quaresma, um herói do Brasil”, filme de Paulo Thiago, (em que atuou também como maestro assistente); “O povo do veneno” (vídeo produzido pelo Ibase sobre a tribo indígena Zuruahá, premiado em festivais nacionais e europeus); “Meu nome é João” (vídeo produzido pelo Ibase); e “China, o ponto de mutação” (série de quatro vídeos dirigida por Lucélia Santos, em co-produção portuguesa e brasileira). Atuou também em várias outras trilhas para produções sobre questões sociais e culturais do Brasil.

No teatro, atuou como regente na temporada paulista do espetáculo “Evita” e assinou a direção musical da peça “Somos irmãs”, sobre a vida das irmãs Linda e Dircinha Batista.

Em 1992, gravou seu primeiro CD solo, “E por que não?”, inaugurando o selo Arabesque Jazz, da gravadora norte-americana Arabesque Recordings (até então voltada para a área erudita). O disco, essencialmente autoral, contou com a participação de músicos como Bob Mintzer, Ignacio Berroa, Giovanni Hidalgo e Romero Lubambo, entre outros, e obteve destaque na revista especializada “Jazz iz”.

Em 1997, lançou seu segundo CD, “Noel Rosa. Johnny Alf e Leandro Braga” (série Letra & Música/Lumiar Discos), registrando arranjos próprios para obras do poeta da Vila, interpretadas por Johnny Alf (como o arranjo “rap” para a faixa “Não tem tradução”). O disco contou com a participação de Chico Buarque.

No ano seguinte, lançou o CD “Pé na cozinha” (MP,B/Warner), registrando oito composições de sua autoria, como “Um Ariel de saudades” (dedicada ao seu filho que mora em São Paulo), “À semelhante” (dedicada à poeta capixaba Elisa Lucinda), “Colkeriana” (dedicada à coreógrafa Debora Colker) e “Diana” (dedicada à sua filha), entre outras, além das canções “Naquele tempo” (Pixinguinha) e “Maracangalha” (Dorival Caymmi). O disco foi contemplado com três Prêmios Sharp, no ano seguinte, nas categorias Melhor Música (pela faixa “Um Ariel de saudades”), Melhor solista e Revelação.

Em 1999, após ter participado das apresentações de encerramento da minissérie “Chiquinha Gonzaga” (Rede Globo), lançou o CD “A música de Chiquinha Gonzaga” (CID), executando obras consagradas da maestrina com novos arranjos. O disco contou com a participação de Leila Pinheiro na faixa “Lua branca”. Ainda nesse ano, participou do Free Jazz Festival, ao lado de Zero (percussão) e Bororó Felipe (contrabaixo), interpretando um repertório formado por composições próprias e de outros autores, como Chiquinha Gonzaga, incluídas em seus CDs, além de algumas músicas inéditas, de sua autoria. A apresentação foi considerada pelo júri do jornal “O Globo” como uma das melhores do ano na área da música instrumental. Também em 1999, apresentou-se com Cristóvão Bastos na Sala Cecilia Meirelles, em espetáculo que contou com a participação de Nana Caymmi e Ney Matogrosso.

Em 2000, concluiu seu projeto de musicar a Carta de Pero Vaz de Caminha, para piano e orquestra de cordas, com a participação de cinco percussionistas e dois cantores líricos, narração de Paulo José e iluminação de Ney Matogrosso, incluindo a gravação de um CD e a apresentação do concerto nas principais capitais do Brasil e em Portugal. Entrou, nesse ano, em fase de captação de recursos para a realização do evento.

Ainda em 2000, apresentou-se no Teatro Municipal de Niterói (RJ), pelo projeto “Festival Leader Instrumental”, dividindo o palco com Hermeto Pascoal. Também nesse ano, assinou a direção musical e os arranjos da peça “Atlântida”, apresentada no Teatro Carlos Gomes.

Em 2002, apresentou-se, com Claudette Soares, na casa noturna Mistura Fina, em show de lançamento do CD “Claudette Soares & Leandro Braga”. Também nesse ano, lançou o CD “Primeira Dama – A música de Dona Ivone Lara”, contendo 13 obras da sambista, além de sua composição “Primeira Dama”.

Ao longo de sua carreira, atuou, como instrumentista ou arranjador, em shows e discos de artistas como Fafá de Belém, Zé Renato, Simone Guimarães, Clara Becker, Ivan Lins, Leila Pinheiro , Ney Matogrosso, Elba Ramalho, Emílio Santiago, João Nogueira, Kátia Rocha, Adriana Calcanhoto, Zélia Duncan, Guinga, Eduardo Dusek, Beth Carvalho, João Nogueira, Marcos Valle, Sérgio Ricardo. Martinho da Vila, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo e Cauby Peixoto, entre outros. Constam da relação dos intérpretes de suas composições artistas como Zé Nogueira, Marco Pereira, David Ganc e o grupo Maogani.

Em 2012, estreou com seu trio, formado ao lado de Bruno Migliari (baixo) e Marco Lobo (percussão), a temporada de shows semanais “Vadiagem Musical” na Casa da Gávea (RJ).