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Nome Artístico
Léa Magalhães
Nome verdadeiro
Bertha Celeste Homem de Mello
Data de nascimento
21/3/1902
Local de nascimento
Pindamonhangaba, SP
Data de morte
16/8/1999
Local de morte
Jacareí, SP
Dados biográficos

Compositora. Formada em farmácia, nasceu e viveu no interior de São Paulo.

Dados artísticos

Morando no interior paulista e embora formada em farmácia não trabalhava no balcão; apenas emprestava sua credencial para o funcionamento de uma farmácia na cidade de Pindamonhangaba. Gostava de escrever crônicas e poemas, e como dona de casa costumava ouvir muitos programas de rádio, passando a se interessar por jingles. Na década de 1940, era comum os fabricantes de diferentes produtos promoverem concursos entre seus ouvintes. Ela se inscreveu em diversos desses certames sempre utilizando pseudônimos. Criou rimas para cera, pasta de dentes, remédios para dor de cabeça e outros produtos. Começou a ganhar prêmios que eram pagos em dinheiro ou mesmo em produtos. Um dos concursos que venceu foi para a cera Record, cujo jingle dizia: “Vou lhe contar um segredo/Que todos sabem de cor/Dá lustro até num rochedo/A supercera Record”. Em 1942, utilizando o pseudônimo de Léa Magalhães venceu um concurso promovido pela gravadora Continental para a escolha de uma versão nacional para a letra da canção “Happy birthday to you” das norte americanas Mildred Jane e Patty Smith Hill. Ela ouviu pelo rádio o resultado que dava à autora Léa Magalhães o primeiro lugar do concurso. A primeira gravação da canção ocorreu em 1945, na Continental com o grupo Milionários do Ritmo e vocal do grupo Os Trovadores. Em 1950, na gravadora Todamérica Nilo Sérgio a gravou como valsa. Em 1952, foi regravada por Djalma Ferreira e Seus Milionários do Ritmo em ritmo de samba. Em 1953, recebeu uma versão de Jackson do Pandeiro em disco da gravadora Copacabana. Em 1960, foi gravada por Ciro Pereira e Sua Orquestra, e, em 1961, como valsa, foi registrada por Nilo Sérgio e Trio Magrigal. Em 1978, o produtor Jorge Gambier fez mais uma estrofe e passou a ser considerado como co-autor. Uma disputa judicial no entanto, terminou com a vitória da família da autora original que venceu a ação em 2009, e Léa Magalhães voltou a ser a única autora. Ao longo do tempo, essa canção se tornou recordista em execusões e em 2008 o ECAD chegou a registrar que foi tocada 197.556 vezes em eventos públicos em bares, restaurantes, casas noturnas ou festas. Em 2009, uma reportagem da Revista O Globo falava da dificuldade da família em receber os direitos autorais, que a partir de então passariam a ser finalmente regulamentados.