5.001
Nome Artístico
Ladário Teixeira
Nome verdadeiro
Ladário Teixeira
Data de nascimento
10/9/1895
Local de nascimento
Uberlândia, MG
Data de morte
3/8/1964
Local de morte
Belo Horizonte, MG
Dados biográficos

Instrumentista. (Saxofonista). Compositor. Nasceu cego e interessou-se pela música ouvindo discos de Patápio Silva ao gramofone quando criança. Aprendeu a tocar saxofone sozinho depois de encontrar o instrumento que fora abandonado pelo pai no porão da casa onde morava. Foi mais tarde para São Paulo onde prestou exames para o Conservatório Paulista de música tendo como banca examinadora os professores Guido Rocchi, Alfério Mignone (pai do maestro Francisco Mignone) e Sabino Bebedetti. Surpreendeu o professor Alfério Mignone ao anunciar que tocaria uma música que era considerada um clássico para o violino. Tocou tão bem o número escolhido que ao terminar ouviu do professor a seguinte afirmação: “Teremos prazer em admiti-lo no Conservatório, para aprender qualquer outro instrumento, pois, para o saxe não temos professor que possa ensinar mais do que já sabe”. Matriculou-se então no curso de violino.

Dados artísticos

Sua primeira exibição como saxofonista aconteceu na cidade paulista de Campinas. Pouco depois de se formar no Conservatório de Música foi excursionar pela Europa. Em 1928, gravou três discos na Parlophon interpretando ao saxofone as “Fantasias de concerto” partes 1 e 2 de Patápio Silva, o fox-trot “Soluços do jegue” e o tanguinho “Canto do galo”, de sua autoria, a “Canção sem palavras”, de W. Hauer, e a “Serenata”, de Hans Sitt. Entre alguns dos fatos notáveis de sua carreira está um encontro em Barcelona com o filho do inventor do saxofone Alberto Sax, que após beijar-lhe as mãos em agradecimento lhe disse: “Meu pai inventou o saxofone, mas o senhor fez dele um instrumento digno da admiração do mundo inteiro.” Outro fato notável ocorreu quando após apresentar no Salão Pleyel em Paris teve os impostos pagos devolvidos pelo prefeito da cidade em reconhecimento ao seu gênio musical. Foi inventor de um modelo especial de sax conhecido como “Modelo Ladário” de fabricação especial e adotado nas principais orquestras do mundo. Realizou ainda outras excursões à Europa onde se apresentou no Olympia. Apresentou-se também nos Estados Unidos onde é considerado um dos principais saxofonistas do mundo. Suas interpretações para as “Fantasias de concerto 1 e 2”, de Patápio Silva, foram incluídas no CD “Patápio Silva – A flauta imortal”, lançado pelo selo Revivendo em 2005. Foi homenageado em sua cidade natal com seu nome, que foi dado a uma praça e a uma escola pública municipal.

Discografias
1928 Parlophon 78 Canção sem palavras/Serenata
1928 Parlophon 78 Fantasias de concerto (I)/antasias de concerto (II)
1928 Parlophon 78 Soluços do jegue/Canto do galo
Obras
Canto do galo
Soluços do jegue