Instrumentista (baterista).
Aos quatro anos de idade, começou a tocar bombo legüero (instrumento típico do Rio Grande do Sul e Argentina), acompanhando seu pai, o músico Telmo de Lima Freitas. Aos oito anos, iniciou-se nos estudos de violão. Aos 12, interessou-se pelo baixo. Algum tempo depois, decidiu-se pela bateria. Teve aulas do instrumento com Argos Montenegro. Cursou teoria musical na escola da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Como autodidata, estudou nos livros dos bateristas Gene Krupa, Jim Chapin e Joe Morello, analisou e transcreveu solos de Gene Krupa e Buddy Rich e pesquisou os estilos dos bateristas brasileiros Milton Banana, Edison Machado, Nenê, Paulo Braga, Robertinho Silva, Carlos Bala e Pascoal Meirelles, entre outros.
Iniciou sua carreira profissional em 1987.
Nos anos 1990, atuou em shows, gravações e workshops, tendo sido convidado pelo contrabaixista Nico Assumpção para gravar seu trabalho solo. Tocou com Michel Legrand, Frank Gambale, Jeff Richmann, Jeff Andrews, Cliff Korman, Armando Marçal, Luiz Avellar, Ney Conseição, Nelson Faria, Edsel Gomez, Nivaldo Ornellas, Ricardo Silveira, Widor Santiago, Idriss Boudriua, Rafael Vernet, Frank Solari, Renato Borghetti, Jamil Joanes, Vítor Ramil, Ricardo Baumgarten, Chumbinho e Fábio Jr., com quem gravou o programa “Fábio e elas”, acompanhando várias cantoras.
Em 1996, viajou, a convite do pianista norte-americano David Goldblatt, para Los Angeles, onde teve contato com músicos da área do jazz, como Dough Lunn, Vadeem Zilberstein, John Leftwich.
Esteve em Cuba, com o músico gaúcho Ernesto Fagundes. Nesse país, estudou ritmos afro-cubanos com o percussionista Changuito, criador do “songo”, e pesquisou bases da cultura afro daquele país, além de ter tocado com Ricardo Baungarten.
Em 1997, participou, ao lado de Nico Assumpção e Luiz Avellar, da turnê do guitarrista Frank Gambale.
Em 1999, por indicação de Nico Assumpção, passou a integrar a banda de João Bosco, após ter atuado na turnê de Michel Legrand, também ao lado do contrabaixista.
Em 2000, lançou, com Nico Assumpção e Luiz Avellar, o CD “Tocando Victor Assis Brasil”, gravado ao vivo. Nesse mesmo ano, tocou, ainda ao lado de Nico Assumpção, com Michel Legrand, no concerto do compositor com Big Band e Orquestra.
Como educador tem realizado workshops em todo o país e no exterior, em eventos como Encontro de Bateristas Brasileiros, Mestres da Bateria em Workshop, Salão Internacional da Bateria e Encontro Latino Americano de Percussão (UFSM), entre outros.
Em 2001, formou, com Ricardo Baumgarten e Júlio “Chumbinho” Herrlein, o Kiko Freitas Trio, com o qual se apresentou no Cascavel Jazz Festival. Nesse mesmo ano, como integrante da banda de João Bosco, realizou turnês pelo Brasil e no exterior, acompanhou o pianista cubano Gonzalo Rubalcaba e gravou o CD “Na esquina ao vivo – volumes 1 e 2” (2001).
Em 2003, gravou com João Bosco o CD “Malabaristas do sinal vermelho”, indicado ao Grammy Latino. O disco foi lançado em Nova York, nesse mesmo ano, com temporada de 12 concertos no clube de jazz Blue Note, o que lhe rendeu convite para participar da gravação do CD do vibrafonista Arthur Lipner. Ainda nesse ano, fez nova turnê européia ao lado de João Bosco e participou do show de lançamento desse compositor, acompanhando, ao lado dos músicos Nelson Faria, Ney Conceição, Carlos Malta, Marco Lobo e Hamleto Stamato, intérpretes como Milton Nascimento, Djavan, Beth Carvalho, Tunai e Zélia Duncan, entre outros. Também em 2003, criou um trio instrumental, juntamente com Ney Conceição e Nelson Faria, com a eventual participação do saxofonista e flautista Carlos Malta.
Em 2004, ministrou aulas na Escola de Música de Brasília, onde tocou com vários instrumentistas, como Jeff Andrews, Cliff Korman, Sérgio Galvão, Lula Galvão, Alexandre Carvalho, Renato Vasconcelos, Rômulo Duarte, Genil Castro e Adriano Giffoni, entre outros. Nesse mesmo ano, excursionou pela Suécia com Ney Conceição e Nelson Faria, acompanhando a cantora Karolina Vucidolac em shows e na gravação de um CD que contou com a participação do pianista Daniel Turano e do saxofonista Anders Hagberg. Participou, ainda, de diversos workshops pela Suécia, divulgando a música brasileira. Ainda em 2004, voltou a tocar com Michel Legrand, participando da gravação do CD “Tributo a Luiz Eça”, no qual atuaram também Ivan Lins, Francis Hime, Idriss Boudrioua, Sérgio Barrozo, Jaques Morelenbaum, Zé Nogueira e Jessé Sadoc, entre outros artistas.