
Cantora. Compositora.
Filha do compositor Carlos Lyra e da atriz, produtora e escritora Kate Lyra.
Em 1987, estudou canto lírico com Eliane Sampaio e participou, com Carlos Lyra e Kate Lyra, do programa de televisão “Ele e Elas”, de Miéle. Em 1992, participou, com Kate Lyra, do show “Bossa nova solo”, de Carlos Lyra, realizado na casa noturna Un, Deux, Trois (RJ). No ano seguinte, ganhou uma bolsa de estudo para a Berklee School of Music, em Boston (Massachussets, EUA), onde estudou durante um ano. Retornou ao Brasil em 1994. Nesse ano, estudou expressão corporal com Leon Góes e ingressou no Centro de Artes de Laranjeiras (CAL). Em 1996, viajou para a Alemanha, onde morou durante um ano. Nesse país estudou canto lírico, atuou em uma peça musical e participou de corais e de uma banda de jazz e bossa nova. No ano seguinte, voltou para o Brasil.
Em 1998, estreou show solo na Sala Funarte (RJ), apresentando músicas de Carlos Lyra, destacando-se o bolero inédito “Se quiseres chorar” (c/ Dolores Duran), e de outros compositores, além de uma canção de sua autoria, intitulada “Você me tirou do sério”. Participou do programa “Ao vivo entre amigos”, de Ricardo Cravo Albin, transmitido pela Rádio Ministério da Educação (MEC). Apresentou-se, ao lado de Roberto Menescal, Carlos Lyra e Miéle, na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá (RJ), em show comemorativo dos 40 anos da bossa nova. O espetáculo foi considerado um dos melhores do ano.
Em 1999, realizou o show “Lyra canta Lyra”, na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá (RJ), dentro do projeto “Filhos da bossa”, de Solange Kafuri, interpretando a bossa nova de Carlos Lyra. Apresentou-se, com sua banda Cariocas de Algemas, no projeto “Festival de Verão: Rio, sempre bossa nova”, em show de abertura para Wanda Sá e Roberto Menescal. Participou, ao lado de Roberto Menescal e Wanda Sá, do projeto “Diz que fui por aí: Nara Leão”, idealizado por Solange Kafuri, realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ). Interpretou “Quando ela fala”, poema de Machado de Assis musicado por Carlos Lyra, na cerimônia de translado dos restos mortais do escritor e de sua esposa Carolina para o mausoléu da Academia Brasileira de Letras (RJ) e na inauguração do Espaço Machado de Assis, no Teatro Raimundo Magalhães Jr. (ABL), com direção de Ricardo Cravo Albin, ainda em 1999. Apresentou-se no Bar do Tom (RJ), ao lado de Paulo Steinberg (violão), cantando canções de Carlos Lyra, João Donato, Cazuza e outros compositores, além de interpretar sua composição “Just a silly game”. Também no Bar do Tom, participou do show de João Donato, com quem cantou três músicas. Foi contemplada com o Prêmio Gafieira Elite, apresentando-se nessa casa, ao lado de Baden Powell e de seus filhos Filipe e Luís Marcel. Atuou em shows de Paulinho Tapajós no Vinicius Bar, Far Up, Little Club, Merci Piano Bar e outras casas noturnas do Rio de Janeiro, interpretando “Sol e chuva”, canção inédita do compositor em parceria com Cartola. Realizou shows em diversos outros espaços cariocas: Museu do Telephone, Toca do Vinicius, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Little Club e Merci Piano Bar, entre outros.
Em 2000, apresentou-se na Praia de Copacabana, com Paulo Steinberg (violão), Misael da Hora (teclados), Igor Araújo (baixo) e Davi Villiford (percussão) e participação especial de Kiko Furtado (teclados e voz), no projeto “Rio: bossa nova 2000”.
Lançou, em 2007, o CD “Kandagawa”, contendo suas canções “World falling down” e “Chaplin sem cor”, ambas com André Madi, “The night will fall” (c/ Maurício Maestro), “Interior” (sobre poema de Dorothy Parker) “Canto do paraíso” e “Just a silly game”, além de “Maria Moita” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), “Lucy in the sky with diamonds” (Lennon e McCartney), “Faz parte do meu show” (Cazuza e Renato Ladeira), “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), “Epigrama” (Maurício Maestro sobre poema de Cecília Meireles), “Amanhecer” (Chiquito Braga e Ana Maria Antoun) e a faixa-título (Kouseto Minami e Makoto Kitajo). O disco contou com a participação de Maurício Maestro (arranjos, regências, direção musical, violão de aço, violão de nylon, baixo elétrico e vocais), Jorge Helder (contrabaixo acústico), Pantico Rocha (bateria), Paulo Guimarães (flauta), Maurício Einhorn (harmônica), Jessé Sadoc (flugelhorn e trompete), Marcos Suzano (percussão), Iura Ranevsky (cello), Claudio Guimarães (guitarra), Luís Avellar (órgão), Chiquito Braga (guitarra e violão) e Leo Gandelman (sax).
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
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