Cantora.
Nasceu em Minas Gerais mas foi criada na cidade baiana de Salvador.
Trabalhou na noite cantando em várias casas noturnas e bares.
Fez sua primeira gravação em 1981, atuando no coro do disco “Outras palavras”, de Caetano Veloso.
Participou, em 1995, do CD “Elas cantam Caetano”, interpretando a canção “Dama do Cassino”, faixa incluída na trilha sonora da novela “Irmãos Coragem” (Rede Globo).
No ano seguinte, contemplada com o Prêmio Copene de Cultura e Arte, gravou seu primeiro disco, “Jussara Silveira”, produzido pela própria cantora e pelo violonista Luiz Brasil, responsável também pelos arranjos. No repertório, as canções “Eu vou te esquecer” e “Bossa Lídia”, ambas de Ariston e Beto Pellegrino, “O que pode ser” (Paquito e Duda), “Congênito” (Luiz Melodia), “Espera” (Batatinha e Ederaldo Gentil), “Só vou gostar de quem gosta de mim” (Rossini Pinto), “Saudade da saudade” (Paulo Neves e José Miguel Wisnik), “Bolero Maria Sampaio” (Almiro Oliveira e J. Velloso), “Ludo real” (Vinícius Canuária e Chico Buarque), “Orientação” (Tuzé de Abreu) e “Oxotocanxoxo” (Antônio Risério e Roberto Mendes), além de “Dama do Cassino” (Caetano Veloso). O CD foi relançado em 1997 pela Dubas Música. Por esse trabalho, foi citada pela crítica especializada como revelação da música baiana.
Em 1997, fez participação especial na faixa “Chame o elevador” (Ricco Duarte e Sabine Káteb) do disco “Menino buliçoso”, de Ricco Duarte. Nesse mesmo ano, atuou no “Projeto Novo Canto”, da Rádio JB FM.
Lançou, em 1998, o CD “Canções de Caymmi”, para o qual selecionou “O vento”, “Lá vem a baiana”, “Nem eu”, “O anjo da noite” (c/ Danilo Caymmi), “Vou vê Juliana”, “Maracangalha”, “Você não sabe amar” (c/ Carlos Guinle e Hugo Lima), “Horas”, “Milagre”, “Quem vem pra beira do mar”, “Saudade de Itapoá” e “Adalgisa”. Ainda nesse ano, participou do disco “Diplomacia”, de Batatinha, interpretando a faixa “Ironia”, parceria do compositor baiano com Ederaldo Gentil.
Em 2000, convidada por Maria Bethânia, apresentou-se ao lado de Vânia Abreu e Belô Veloso no show “Concetos MPBr”, realizado no Canecão (RJ). O espetáculo contou também com a participação de Alcione.
No ano seguinte, voltou ao palco do Canecão, pelo mesmo projeto, desta vez ao lado de Alcione e Zezé Motta, como convidada de Luiz Melodia. Ainda nesse ano, participou do disco “Canções do mar”, produzido por Celso Fonseca, interpretando a faixa “Januária” (Chico Buarque) em dueto com Caetano Veloso. Os dois foram acompanhados pelo violão de Daniel Jobim,
Em 2002, participou, ao lado de Celso Fonseca, do projeto “Prêt-a-porter – Coleção Outono Inverno da MPB”, de Sérgio Natureza e Dakar produções, apresentado no Teatro Café Pequeno (RJ). Nesse mesmo ano, gravou o CD “Jussara”, produzido por Chico Neves, contendo as faixas “Essa moça” e “Caravela”, ambas de Maurício Pacheco, “Porque é proibido pisar na grama” (Jorge Benjor), “Fria claridade” (J.M. Amaral e P.H. de Melo), “Carapinha dura” (Teta Lando), “Menino meu” (Luiz Brasil, Arnaldo Antunes e César Mendes), “A volta da Xanduzinha” (Tom Zé), “Rainha de lá” (Quito Ribeiro), “Arvore Axé” (Lucas Santanna) e “Desencontro” (Chico Buarque), esta última com a participação do autor. Ainda nesse ano, participou, ao lado de Arnaldo Antunes e Frejat, de mais uma edição do projeto “Concertos MPBr”, na casa de espetáculos Tom Brail (SP).
Em 2003, foi madrinha de Márcio Mello e Lan Lan no “Projeto Novo Canto”, apresentado no Teatro do Sesc de Copacabana (RJ), e fez show de lançamento do CD “Jussara” no Teatro Rival Br, apresentando composições pesquisadas em três países de língua portuguesa: Brasil, Portugal e Angola.
Constam também de sua discografia participações nas coletâneas “Todo azul do mar”, “Bahia cidade aberta” e “O bem do mar”, e em discos de outros artistas, como Cássia Eller (“Com você… meu mundo ficaria completo”, na faixa “Mapa do meu nada, de Carlinhos Brown) e Toni Costa.
Integrou, em 2004, uma das caravanas do “Projeto Pixinguinha”, tendo a seu lado o violonista Luiz Brasil.
No ano seguinte, também com Luiz Brasil, apresentou, no Teatro Castro Alves, em Salvador, o show “Nobreza”.
Em 2006, os dois artistas gravaram CD homônimo, contendo músicas de Carlinhos Brown, Caetano Veloso, Arnaldo Antunes e Moraes Moreira, entre outros. Nesse mesmo ano, fizeram show de lançamento do disco no Teatro Rival (RJ). Ainda em 2006 lançou o CD “Entre o amor e o mar”, com destaque para as faixas “Chula cortada” (Roque Ferreira), “Morena do mar” (Dorival Caymmi) e “À contraluz” (Paulo Neves).
Em 2009 lançou o registro audiovisual “Três meninas do Brasil”, que gravou ao lado das cantoras Teresa Cristina e Rita Benedito.
Em 2011 lançou o CD “Ame ou se mande”, que gravou ao lado de Marcelo Costa e Sasha Amback, com onze faixas, dentre as quais “Contato imediato” (Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte). Nesse mesmo ano lançou o CD “Flor bailarina – Canções de Angola”.
Em 2013 lançou o CD “Água lusa – Jussara Silveira canta Tiago Torres da Silva”, em que interpretou onze músicas do escritor português Tiago Torres da Silva.
Em 2015 lançou, em parceria com a cantora Rita Beneditto, o CD “Som e Fúria”, com onze faixas, dentre as quais o ponto de umbanda “Caboclo das Sete Encruzilhadas”, faixa com mais de 500 mil audições nas plataformas digitais. Nesse mesmo ano lançou o CD “Pedras que rolam, objetos luminosos”, com dez músicas de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, dentre as quais “O amor não precisa razão” (com Ricardo Milo), “O sal da terra”, “Amor de índio”, “Choveu”.
Em 2017 gravou, ao lado do cantor Renato Brás, o CD “Fruta Gogoia”, uma homenagem à Gal Costa, com regravações de “Estrada do sol” (Tom Jobim e Dolores Duran), “Tigresa” (Caetano Veloso), “Linda flor (Yáyá) (Ai, ioiô)” (Henrique Vogeler, Luis Peixoto e Marques Porto).
Em 2024 apresentou show em homenagem à Gal Costa, no Museu de Arte do Rio (MAR), na abertura da exposição “Bloco do Prazer”.
(com Renato Brás)
(com Rita Beneditto)
(com Marcelo costa e Sacha Amback)
(com Teresa Cristina e Rita Ribeiro)
(com Luiz Brasil)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.