
Cantor. Compositor. Violeiro.
Nasceu no sertão baiano. Muito cedo recebeu de presente do pai um violão. Seu pai, além de admirador da cultura nordestina, era repentista. Cresceu ouvindo músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e outros nomes da música nordestina. Na adolescência mudou para Feira de Santana.
Começou a destacar-se em festivais estudantis na cidade baiana de Feira de Santana. Em 1973, num desses festivais conheceu o jornalista José Malta, que mudou sua trajetória, ao apresentá-lo ao cantor e compositor Luiz Gonzaga na cidade de Exu. Nessa ocasião, recebeu do Rei do Baião o nome artístico de Jurandy da Feira, ao mesmo tempo que recebeu o pedido de uma música que falasse sobre a cidade de Bodocó. Compôs então “Nos cafundó de Bodocó”, gravada por Luiz Gonzaga no LP “Capim novo” em 1976. Por essa época, mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a atuar na noite e em projetos culturais na cidade. Em 1982, tornou a ter música gravada por Luiz Gonzaga, no LP “Eterno cantador”, quando este gravou “Frutos da terra”. Em 1983, no LP “70 anos de sanfona e simpatia”, o Rei do Baião gravou de sua autoria “Canto do povo”. Em 1984, foi a vez de “Terra, vida e esperança” ser gravada por Luiz Gonzaga no LP “Danado de bom” e que serviu como tema de abertura do especial de Luiz Gonzaga, apresentado na ocasião pela TV Globo. Apresentou-se em diversos teatros do Rio de Janeiro, entre os quais, o Teatro do Planetário da Gávea, Teatro Tereza Rachel, Teatro Villa-Lobos e Ballroom. Com o cantor e compositor Claudio Nucci, dividiu o palco do projeto “Som das Ondas” na Praia do Arpoador, no Rio de Janeiro. Participou dos programas de TV “Som Brasil”, na TV Globo, “Empório Brasileiro”, na Bandeirantes, “Sem Censura”, “É preciso cantar” e outros musicais na TVE do Rio de Janeiro e “Milk Shake”, na TV Manchete. Classificou músicas nos festivais “Festival do Frevo da Manchete”, da TV Manchete, e “Festival Canta Nordeste”, da TV Globo, com a composição “Olinda linda”, tendo-se apresentado em companhia do Quinteto Violado. Teve diversas músicas gravadas por variados artistas, entre as quais “De pé na estrada”, pelo Trio Nordestino, “Dom divino”, por Therezinha de Jesus, “Roda morena”, por Vanja Orico, “Maracatu e baião”, “Arrasta-pé” e “Rendeira do Ceará”, por Rabelo Gonzaga. Ao longo de sua carreira gravou um LP e três CDs. Em 1999, lançou de forma independente o CD “Universidade do forró”, utilizando o nome artístico de Jurã Gomes e apresentando 13 composições de sua autoria, entre as quais “A rainha do sem-terra”, “Amor de São João”, “Frei Damião” e “Ao velho Lua”, dedicada ao Velho Lua, como também ficou conhecido Luiz Gonzaga. O disco contou ainda com a participação de Chiquinho do Acordeon. Em 2000, lançou pelo selo Eldorado o CD “Frutos da terra”, com composições de sua autoria.
Em 2003, participou de show no restaurante Cortiço, no bairro de Laranjeiras, Rio de Janeiro juntamente com Maciel Melo e o poeta matuto Geraldo do Norte. Em 2007, apresentou-se no programa “Senhor Brasil” apresentado por Rolando Boldrin na TV Cultura de São Paulo, falando sobre sua carreira. Na ocasião cantou trechos de seus sucessos gravados por Luiz Gonzaga; “Cafundó do Bodocó”, “Canto do povo”, “Terra, vida e esperança” e “Frutos da terra”. Cantou ainda “Floresta das cruzes”, também de sua autoria e outra de suas obras de temática ecológica.
Em 2010, lançou o CD “Jurandy da Feira canta Gonzagão”, de forma independente, trazendo as músicas de autoria própria “Cafundó de Bodocó”, “Ao velho lua”, “Frutos da terra”, “Terra,vida, esperança” e “Canto do povo”; além das regravações dos sucessos na voz de Luiz Gonzaga “Baião na garôa”, de Hervê Cordovil e Luiz Gonzaga, “Meu pageú”, de Luiz Gonzaga e Raimundo Granjeiro, “O xote das meninas”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “A letra I”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “Paulo Afonso”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “Légua Tirana”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, e “Noites brasileiras”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas. O disco teve produção do próprio Jurandy e arranjos de Roberto Stepheson.
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Em 2014, lançou um álbum duplo, com os CDs “Outras cantorias”, com participações de Tatiana Vidal, Xangai, Guidi Vieira e Cesce Amorim, e “Forró do encantamento”, com participações de Adelmario Coelho e Suzana Carvalho. O disco trouxe suas composições “Beleza profana”, “Movimento”, parceria com Almir Padilha, “Floresta das cinzas”, A saga de um amor”, “Cidadão da floresta”, Canto da natureza”, Outra dimensão”, “Canto lindo”, “Sertânia”, “Ao cantador”, “Dia do divino”, “Minha princesa”, “De pé na estrada”, “Encantamento”, “Amor sem fim”, “Forró do bom”, “Conto de fé”, “Mina Luana”, “Xote tropicano”, “Jardim solidão” e “Olhando o tempo”.
Em 2015, realizou participação especial no programa “Puxa o fole”, apresentado ao vivo por Sergival na Rádio Nacional. Na ocasião, concedeu uma entrevista, falando sobre sua carreira, e cantou sucessos da música nordestina.
Em 2018, apresentou-se cantando em sarau na ocasião do lançamento da exposição “João do Vale – 80 anos”, realizada pelo Instituto Cultural Cravo Albin, no Rio de Janeiro (RJ), com curadoria de Paulo Luna.