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Nome Artístico
Júlio Medaglia
Nome verdadeiro
Júlio Medaglia Filho
Data de nascimento
16/4/1938
Local de nascimento
São Paulo, SP
Dados biográficos

Arranjador. Regente. Compositor.

Foi aluno de Hans Joachim Koellreuther (teoria e regência coral sinfônica). Em 1964, viajou para a Alemanha, ingressando no curso de regência sinfônica da Escola Superior de Música de Freiburg, a convite do governo alemão. Obteve seu Mestrado quatro anos depois. Estudou com Pierre Boulez e Kartheinz Stockhausen (música contemporânea) e com Sir John Barbirolli (interpretação sinfônica), tornando-se, mais tarde, seu assistente.

Dados artísticos

Após o período de estudos na Alemanha, voltou ao Brasil em 1966, passando a dirigir as principais orquestras sinfônicas do país.

Escreveu partituras musicais para filmes e peças teatrais.

Foi o responsável pela organização de festivais de música contemporânea e atuou como arranjador no Tropicalismo, movimento baiano liderado por Gilberto Gil e Caetano Veloso no fim dos anos 1960.

Em 1968, viajou para os Estados Unidos, a convite do compositor Günther Schuller, diretor do Conservatório de Boston, que vinha desenvolvendo experiências sonoras com grandes figuras do jazz.

Em 1970, voltou à Alemanha, onde escreveu arranjos de jazz e MPB. Atuou também na criação de trilhas sonoras de inúmeros filmes para a televisão alemã. Como regente, esteve à frente da Filarmônica de Berlim e de outras orquestras da Europa.

Em 1974, voltou ao Brasil.

Compôs trilhas para cinema e teatro.

Foi premiado nos Festivais de Gramado (RS), Fortaleza (CE) e Brasília (DF).

Contratado pela Rede Globo, compôs trilhas sonoras para 20 produções da série “Caso verdade” e para os seriados “Avenida Paulista”, “Anarquistas graças a Deus” e “Grande sertão: veredas”, atuando, ainda, como supervisor musical artístico da emissora.

Exerceu, também, a função de diretor da Rádio Roquette Pinto, do Instituto Estadual de Comunicação (RJ) e do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Como regente titular, atuou com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e do Teatro Nacional de Brasília.

Foi diretor do Festival de Inverno de Campos do Jordão (SP).

Em 1996, produziu e gravou, com a Ópera Nacional da Bulgária, o CD e vídeo “O guarani”, em homenagem ao centenário da morte de Carlos Gomes.

Fundou e tornou-se regente titular da Orquestra Amazonas Filarmônica, do Teatro Amazonas de Manaus (AM).

Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.

FUSCALDO, Chris. Discobiografia Mutante: Álbuns que revolucionaram a música brasileira. Rio de Janeiro: Editora Garota FM Books, 2018. 2ª ed. Idem, 2020.