Juca Novaes

Venceu vários festivais de música realizados no interior de São Paulo, e também o Festival da PUC, em 1981, que lhe ofereceu, como parte da premiação, o direito a uma gravação no Estúdio Eldorado, para a qual montou o grupo Fruto Primeiro, reunindo seus irmãos Poio, Ize, Maída, Lúcia e Lucila, além de Cláudio Guerra, Joseph Coelho (baixo), Sérgio Bello (guitarra), Olivier Marc (sax/flauta) e Jorge Bauléo (bateria). Atuando como pianista, intérprete e principal compositor, gravou com o conjunto dois discos independentes, o compacto simples “Fruto Primeiro” (1982) e o compacto duplo “Pra iluminar” (1984), participou do Festival de Águas Claras (Iacanga/SP) e apresentou-se em espaços como o Centro Cultural São Paulo e a Lira Paulistana, entre outros. Em 1986, o conjunto foi contemplado com o prêmio de Melhor Grupo no II Festival Universitário da TV Cultura, com a música “Paranapanema”.

Em 1987, com a dissolução do grupo Fruto Primeiro, passou a atuar como artista solista, apresentando-se em espaços como o Centro Cultural São Paulo e o Palácio das Convenções do Anhembi, entre outros. Ainda nesse ano, classificou-se em segundo lugar no Festival da TV Bandeirantes (Programa Blota Junior).

Em 1988, montou uma banda, juntamente com Sérgio Bello (guitarra), Paulo Maddio (baixo), Gérson Abbamonte (bateria) e Murilo Fonseca (violino), com a qual se apresentou em quase todo o circuito alternativo de São Paulo, como o Bar da Virada e o Vou Vivendo, entre outros.

Em 1989, passou a atuar em dupla com o também cantor e compositor Edu Santana, com quem lançou os discos “Encontro das águas” (Cachet Records/1990), “Lua do Brasil” (Dabliú/Warner/1995), “Kathmandu” (Dabliú Discos/2000) e “10 anos” (Dabliú Discos/2001), esse último ao lado de Rafael Altério e Lucila Novaes.

De 1991 a 1994 atuou como produtor e sócio da produtora de áudio In Sonoris, juntamente com Roberto Lazzarini, Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel.

Em fevereiro de 2002, apresentou-se como cantor convidado do Jongo Trio, no Sesc Pinheiros, em São Paulo, em show em homenagem a Dick Farney.

Em 1983, criou a Feira Avareense da Música Popular (FAMPOP), tendo exercido a presidência da comissão organizadora em 17 das 21 edições realizadas até 2003. Esse festival, que ajudou a revelar artistas como Lenine, Chico César, Zeca Baleiro, Jorge Vercilo, Celso Viáfora, Moacyr Luz, Rafael Altério, Rita Ribeiro e Virginia Rosa, entre outros, foi considerado pelo produtor e musicólogo Zuza Homem de Mello, em 1996, o “melhor festival regional do Brasil”.

Foi diretor executivo do Festival Carrefour de MPB, realizado de 1991 a 1993, com etapas em vários estados do Brasil e finais no Ginásio do Ibirapuera (SP) e no Maracanãzinho (RJ).

Exerceu, ainda, funções de consultor, jurado ou coordenador em eventos como “IBM e-Festival”, “Talentos da Maturidade”, do Banco Real, e “Festival da Música Brasileira” (Rede Globo), nesse último atuando como jurado da pré-seleção.

Em 2009, lançou o CD “Aldeia”, contendo suas canções “Cidades (Mãe)”, “Djanira” e a faixa-título, todas com Eduardo Santhana, “Aldeia” (c/ Eduardo Santhana), “Como era bom” (c/ Ruth London), “Cidade do interior” (c/ Miro Silveira), “Paranepanema” (c/ Sérgio Bello, Joseph Coelho, Cláudio Guerra), “Terra verde” (c/ Wilson Teixeira e Ogunhê) e “Avaré”, além de “Estação de Avaré” (Nicias de Rezende) e “Hino de Avaré” (José Benito de Camargo e Djalma Noronha).

Lançou, no ano seguinte, o CD “Goa”, com suas composições “Verão”, “Meio Almodóvar”, “Olhos de mangá”, “Eu te amo sua louca” e “Samba das Índias”, todas com Eduardo Santhana, “Quem viver verá” e “Sete vidas”, ambas com Rafael Altério, “Adrenalina pura” (c/ Tavito), “Só dá saudade” (c/ Paulinho Novaes), “Alma de traíra” (c/ Sérgio Santos), “Voz” (c/ Edu Camargo), “Quero bem”, “Lembrei de você” e a faixa-título.

Em 2012, lançou “Goa ao vivo”, CD e DVD gravado no Sesc Vila Mariana, no ano anterior.