0.000
Nome Artístico
Josué de Barros
Nome verdadeiro
Josué Borges de Barros
Data de nascimento
16/3/1888
Local de nascimento
Salvador, BA
Data de morte
30/11/1959
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Instrumentista. Violonista. Cantor. Era descendente do Visconde de Pedra Branca. Ficou conhecido como o descobridor de Carmen Miranda. Mudou-se para o Rio de Janeiro com o irmão Otaviano em 1904. Pai do compositor e instrumentista Betinho.

Dados artísticos

Iniciou a carreira artística em 1904, formando com o irmão Otaviano a dupla Irmãos Barros mas não obteve sucesso e voltou para a Bahia. Retornou ao Rio de Janeiro e conseguiu um contrato com a gravadora Columbia e, por volta de 1910, lançou seu primeiro disco interpretando ao violão a polca “Aventureira”, de sua autoria. Pouco depois, acompanhado pelos baianos Duque e Artur Castro, tentou uma excursão à Europa, mas fracassou e teve que retornar ao Brasil. Obtiveram apoio da embaixada brasileira em Paris para retornar fazendo uma escala em Lisboa onde ficou com Artur Castro obtendo algum sucesso. Convidados por um alemão foram para Berlim onde gravaram alguns discos pela Decca Records. Alí a dupla se separou e teve então que voltar ao Brasil indo novamente para Salvador. Em 1928, retornou ao Rio de Janeiro e recomeçou a carreira artística como professor de violão e compositor. Conheceu a então jovem cantora Carmen Miranda, a quem lecionou violão e encaminhou para a gravadora Brunswick. Ali a cantora gravou em 1929 duas composições dele: o choro “Se o samba é moda” e o samba “Não vá simbora”. Em 1930, levou Carmen Miranda para a gravadora Victor onde ela gravou de autoria dele a canção-toada “Triste jandaia” e o samba “Dona Balbina”. Ainda em 1930, ele gravou os batuques “Babaô mi loquê” e “História de um capitão africano”, ambos de sua autoria. No mesmo ano, teve mais quatro composições gravadas, as canções “Prece de saudade” e “Minha lágrima” e o samba “Você” pela cantora Ana de Albuquerque Melo, e o samba “Samba furô”, pelo cantor Sebastião Rufino, todos pela Brunswick. Também nesse ano, e pela mesma gravadora, registrou ao violão a valsa “Mimo de amor” e a “Marcha das trincheiras”, de sua autoria. Ainda em 1930, teve a marchas “Po ti estou presa”, parceria com Carmen Miranda, e “Moreno bonito” gravadas por Carmen Miranda na Victor. Também no mesmo ano, a toada “Triste canarinho” foi gravada por Aurilice Marques; a marcha “Adeus meu carnaval” foi registrada por Breno Ferreira, e a canção “Negra sorte” foi lançada pelo cantor Floriano Belham, todas pela Victor. Em 1931, gravou ao violão a polca “Tome disso” e a valsa “Gemido dalma”, ambas de sua autoria. Nesse mesmo ano, gravou na Columbia com Coro a marcha “Sinhá, sinhô!” e o samba “Minha cachacinha”, ambas de sua autoria. Também em 1931, gravou na Parlophon a marcha “Cadê ela?”, de sua autoria, e o samba “Olha a cara dela”, parceria com Lamartine Babo. Em 1932, sua canção “Gauchinha”, com o compositor gaúcho Luiz Cosme, e a mazurca “Gosto de chimarrão”, com Radamés Gnattali, foram gravadas por César Pereira Braga, com acompanhamento da Orquestra Típica Victor. Além de descobrir Carmen Miranda foi também o descobridor do Bando da Lua e o introdutor no Brasil do violão elétrico. Em 1932, acompanhado do filho Betinho, de Carmen Miranda e dos cantores Mário Cabral e Roberto Vilmar fez uma excursão à Argentina com bastante sucesso, o que o animou a morar naquele país durante seis anos. Em 1938, retornou ao Brasil e afastou-se da carreira artística. Em 1953, concedeu uma entrevista na qual justificou da seguinte forma seu afastamento da vida artística: “De volta ao Brasil encontrei muita coisa mudada. O rádio tomava rumos diferentes daqueles que eu deixara (…) Por outro lado eu já estava velho, muito velho mesmo. Preferi ceder lugar aos moços (…) Minha tarefa estava extinta.”

Discografias
1931 78 Cadê ela?/Olha a cara dela - Parlophon
1931 78 Sinhá, sinhô!/Minha cachacinha - Columbia
1931 78 Tome disso/Gemido d'alma - Victor
1930 78 Mimo de amor/Marcha ds trincheiras - Brunswick
1910 78 Aventureira - Columbia
Obras
Adeus meu carnaval
Aventureira
Babaô mi loquê
Cadê ela?
Dona Balbina
Gauchinha - com Luiz Cosme
Gemido d'alma
Gosto de chimarrão - com Radamés Gnattali
História de um capitão africano
Marcha das trincheiras
Mimo de amor
Minha cachacinha
Minha lágrima
Moreno bonito
Negra sorte
Não vá s'imbora
Olha a cara dela - com Lamartine Babo
Po ti estou presa - com Carmen Miranda
Prece de saudade
Samba furô
Se o samba é moda
Sinhá, sinhô!
Tome disso
Triste canarinho
Triste jandaia
Você