José Luciano

Começou a carreira artística em 1938, apresentando-se no programa infantil da Rádio Guanabara. Gravou seu primeiro disco pela Todamérica em 1953 interpretando o samba-canção “Viver Morrer Por Um Amor”, de Osvaldo Santiago e Eduardo Souto, e o choro “Passarinhando”, de sua autoria.
Em 1954, após excursionar pelo norte do país, retornou à Rádio Mauá, onde era contratado. Em 1955, transferiu-se para a gravadora Mocambo e gravou o fox “Blue Gardenia”, de Lester Lee e Bob Russell, e o bolero “Malagueña”, de Ernesto Lecuona. No mesmo ano, lançou pela Mocambo o LP de 10 pol “José Luciano” com as músicas “Rio Antigo”, de Altamiro Carrilho, “Tenderly”, de Walter Gross e Jack Lawrence, “Canta Brasil”, de Alcyr Pires Vermelho e David Nasser, “Mambo Em España”, de Ramon Marquez, “Passarinhando”, de sua autoria, ”    Sous Le Ciel de Paris”, de Hubert Giraud e Jean Drejac, “Perdão”, de César Cruz, e “Hello Bluebird”, de Cliff Friend. Ainda em 1955, gravou um segundo LP, intitulado “Sambas – José Luciano, Seu Piano e Ritmo” com a interpretação dos clássicos “Risque”, de Ary Barroso, “Nem Eu”, de Dorival Caymmi, “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa e Vadico, “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “Palpite Infeliz”, de Noel Rosa, “De Cigarro Em Cigarro”, de Luiz Bonfá, e “Copacabana”, de João de Barro e Alberto Ribeiro.
Em 1956, gravou quatro discos em 78 rpm pela Mocambo interpretando sambas “Isso É Brasil”, de José Maria de Abreu e Luis Peixoto, e “Terra Seca”, de Ary Barroso, o samba-canção “Perdão”, de César Cruz, o fox “Tenderly”, de Walter Gross e Jack Lawrence, o samba “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa e Vadico, o samba-canção “Nem Eu”, de Dorival Caymmi, o samba “Tá Bom Isto”, de sua autoria e o fox “Hello Bluebird”, de Cliff Friend. No mesmo ano, lançou o LP “Outros sambas” interpretando ao piano os sambas “Algodão”, de Custódio Mesquita e David Nasser, “Nunca”, de Lupicínio Rodrigues, “Ponto Final”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim, “Isso É Brasil”, de José Maria de Abreu e Luis Peixoto, “Terra Seca”, de Ary Barroso, “Um Cantinho e Você”, de José Maria de Abreu e Jair Amorim, “Nova Ilusão”, de José Menezes e Luis Bittencourt, e “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia.
Ainda em 1956, participou da coletânea “Oito sucessos” da gravadora Mocambo com a interpretação do bolero “Malagueña”, de Ernesto Lecuona.
Em 1957, transferiu-se para a gravaora Sinter e registrou o “Samba Concerto” e o beguine “Tarde Demais”, ambos de sua autoria. No mesmo ano, ainda na Sinter participou de um projeto especial utilizando o nome artístico de  Lucien Studart no qual resultou o lançamento de três LPs. O primeiro, “Ecos do Carnaval” interpretando os sambas “Império do Samba”, de Zé da Zilda e Zilda do Zé, “Leva Meu Samba”, de Ataulfo Alves, “Mundo de Zinco”, de Wilson Batista e Antônio Nássara, “A Fonte Secou”, de Monsueto, Tufic Lauar e Marcléo, “Ai Que Saudades da Amélia”, de Ataulfo Alves e Mário Lago, “Está Chegando A Hora”, tema tradicional com arranjo de Henricão e Rubens Campos, “Meu Consolo É Você”, de Antônio Nássara e Roberto Martins, “Não Me Diga Adeus”, de Paquito, Luis Soberano e João Correia da Silva, “Carmelito (Caminito)”, de Juan de Dios Filiberto e Gabino Coria Peñaloza, versão de Henricão e Rubens Campos, “Cai Cai”, de Roberto Martins, “Helena, Helena”, de Antônio Almeida e Constantino Silva, e “Casado Não Pode”, de Rutinaldo e Alcebíades Nogueira. O segundo LP se chamou “Um encontro com o piano de Lucien Studart”, no qual ele foi acompanhado por Ademar, na guitarra, Marinho, no baixo e Trinca, na bateria, e interpretou “Peg Omy Heart”, de A. Bryan e F. Fisher, “Diane”, de E. Rapee e L. Pollack, “Smile”, de Charles Chaplin, Geoffrey Parsons e John Turner, e “Unforgettable”, de Irving Gordon, entre outros sucessos internacionais. O terceiro LP teve como título “Quem dera… Lucien Studart, seu piano e os sucessos de Herivelto Martins (Jubileu de Prata)”, um tributo ao compositor Herivelto Martins com as composições “Ela”, de Herivelto Martins e Príncipe Pretinho, “Praça Onze”, de Herivelto Martins e Grande Otelo, “Laurindo”, “Caminhemos”, “Quem Me Dera”, “Fidelidade”, “Bonita” e “Se É Por Falta de Adeus”, de Herivelto Martins, “Lá Em Mangueira”, de Herivelto Martins e Heitor dos Prazeres, “Palhaço”, “Duas Lágrimas”, “E o Vento Levou”, “A Lapa” e “Não Posso Nem Comigo”, de Herivelto Martins e Benedito Lacerda, “Rei Sem Coroa”, de Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, “Segredo”, de Herivelto Martins e Marino Pinto, e “Madrugada”, de Herivelto Martins e Evaldo Ruy.
Também em 1957, transferiu-se para a gravadora Copacabana e lançou o LP “José Luciano, seu piano e seu ritmo” interpretando as músicas “Tarde Demais”, de sua autoria, “Conceição”, de Jair Amorim e Valdemar de Abreu, “Love Is A Many Splendored Thing”, de Sammy Fain e Paul Francis Webster, “Pois É”, de Ataulfo Alves, “Crepúsculo de Amor”, de Vicente Paiva e Lita Rodrigues, “Teus Olhos Entendem os Meus”, de Haroldo Eiras e Victor Berbara, “Brasília”, com Mário Flávio, “Amar Outra Vez”, de M. Stoloff e G. Sidney, “Quitandinha”, de Djalma Ferreira, “So In Love”, de Cole Porter, “Canção da Volta”, de Ismael Netto e Antônio Maria, “Dancing In The Dark”, de Howard Dietz e Arthur Schwartz, “Dó-Ré-Mi”, de Fernando César, e “Sinfonia Verde E Amarelo”, de Pernambuco. Em 1958, gravou o LP “José Luciano, seu piano e seu ritmo Nº 2” com as músicas “Na Affair To Remember”, de Harry Warren, Harold Adamson e Leo McCarey, “Corcovado”, de Steve Bernard e Nazareno de Brito, “Apenas Um Coração Solitário”, de Tchaikovsky, “Se Todos Fossem Iguais A Você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Capullito de Aleli”, de Rafael Hernandez, “Dizzy Fingers”, de Z. Confrey, “Melodias de Franz Lehar”, de Franz Lehar, “Um Chorinho Diferente”, de Gaúcho, “Concerto Dautunno”, de Camillo Bargoni e Danpa, “Deliciando”, de Rossini Pacheco e P. Sobrinho, ”    All The Things You Are”, de Jerome Kern e Oscar Hammerstein II, e “Confiança”, de Alcebíades Nogueira e Luis de França. No mesmo ano, teve a interpretação do choro “X-9”, de Altamiro Carrilho, incluída como faixa de abertura da coletânea “Astros em desfile”, da gravadora Copacabana.
Em 1959, lançou “José Luciano, seu piano e seu ritmo Nº 3”, no qual interpretou as composições “A Voz do Morro”, de Zé Keti, “Eu, O Luar E Você”, de Sivan Castelo Neto, “El Cumbanchero”, de Rafael Hernandez, “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso, “Temptation”, de Nacio Herb Brown e Arthur Freed, “Gorgeando”, de Ênio Barbosa, “Um Jardim Cor de Rosa”, de Marisa Gomes e Elias Ramos, “Novillero”, dde Maria Teresa Lara, “Rosa Caida”, de Newton Rodrigues e Edel Ney, “Balanceado”, de sua autoria, “Caravan”, de Duke Ellington, Irving Mills e Juan Tizol, e “Night And Day”, de Cole Porter. No mesmo ano, teve incluída na coletânea “Astros em desfile Nº 2”, da Copacabana, sua interpretação para o choro “Os Canarinhos Venceram”, de Altamiro Carrilho.
Transferido para a gravadora Philips lançou em 1961 o LP “Dançando no Estoril” com a interpretação de diversos fados, entre os quais “Maria Morena”, de Francisco Radamanto e Casimiro Ramos, “Quero e Não Quero”, de Silva Tavares e Alberto Amaral, “Ao Menos Uma Vez”, de Alves Coelho Filho, “Saudade Vai-te Embora”, de Julio de Souza, “De Degrau Em Degrau”, de Nóbrega e Souza e Jerônimo Bragança, “Canção do Mar”, de Ferrer Trindade e Frederico Brito, “Sabe-se Lá”, de Frederico Valério, “Adeus Mouraria”, de Artur Ribeiro, e “Foi Deus”, de Alberto Janes, entre outros. Atuou especialmente nos anos 1950 e 1960 fazendo apresentações em boates e programas de rádios além de gravar discos nas gravadoras Todamérica, Mocambo, Sinter e Copacabana.