1.002
Nome Artístico
José Júnior
Nome verdadeiro
José Júnior
Data de nascimento
1968
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Escritor.

Filho de taxista e assistente de enfermagem.

Fundou o jornal Afro Reggae Notícias, antes da banda e da ONG. Trabalhou como promoter de festas.

Em 2003 lançou o livro “Da favela para o mundo”, Aeroplano Editora (com prefácio de Zuenir Ventura), biografia da banda Afroreggae e da ONG GCAR (Grupo Cultural AfroReggae), um dos projetos sociais de viés cultural mais bem-sucedido do país, com núcleos na favela de Vigário Geral, Morro do Cantagalo e em Parada de Lucas, além de atuação constante na Cidade de Deus. Coordenador Executivo do GCAR.

Cresceu na região central do Rio de Janeiro (Praça da Cruz Vermelha).

Trabalhou como apresentador do programa “Conexões Urbanas” em emissora por assinatura, e ainda, como diretor de “Papo de Polícia”, no Canal Multishow.

No ano de 2016 fundou a Produtora AfroReggae Audiovisual, pela qual produziu e dirigiu as séries “Betinho” e “Arcanjo Renegado – O Fio da Navalha”, que recebeu indicações para o “Festival Internacional de Séries de Cannes”, além de “O Jogo que Mudou a História”, esta última, uma das mais assistidas no Canal Globoplay.

No ano de 2024 deu início as filmagens de um documentário, para o Canal Globoplay, sobre a vida e a trajetória do cantor Belo, e ainda, um longa-metragem sobre a CORE (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Militar) para a Globoplay e para a Disney.

 

Dados artísticos

Um dos integrantes do grupo Afroreggae, participou ativamente das atividades da ONG e da banda, na qual integra na condição de cantor, compositor, instrumentista e principal articulador.

Em decorrência da chacina ocorrida em 1993 na favela de Vigário Geral, subúrbio do Rio de Janeiro, foi criada uma ONG – Grupo Cultural Afro Reggae (com mais de 100 funcionários, cerca de 400 crianças envolvidas no projeto que tem patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e da Fundação Ford) e na qual, após uma oficina de percussão, surgiu a banda. O Afroreggae é formado por 13 grupos, do quais pertencem, entre outros, três trupes de circo, um grupo de dança, um coral e oito bandas. Inicialmente, com o intuito de retirar as crianças das ruas da favela, a banda foi fazendo pequenas apresentações. Mais tarde, apadrinhada por Caetano Veloso e Elza Soares, realizou o seu primeiro grande show em 1995. No ano de 1997 a banda se apresentou em Paris com o show “Nova cara”, excursionando logo depois pela Europa. Com uma mistura de ritmos como funk, reggae, axé, rap e bass, além de samba, a banda se apresentou no “Festival Rock In Rio”, fazendo uma releitura de “Assim falava Zaratusta”. Em 2001, com produção de Dudu Marote e direção artística de Caetano Veloso, a banda lançou o primeiro CD, “Nova cara”, pela gravadora Universal, com uma apresentação no Teatro Rival no Rio de Janeiro. O CD contou com a participação de Caetano Veloso na faixa “Meus telefonemas”, parceria com Caetano Veloso, Dinho, LG, Cláudio Menezes e Jairo Cliff. Em parceria com o rapper MV BILL, a banda criou o projeto “Conexões Urbanas”, apresentando grandes artistas em comunidades carentes do Rio de Janeiro.

Em 2001 o projeto estreou no Morro da Formiga com a participação de Fernanda Abreu. A segunda edição do projeto aconteceu na favela da Vila Cruzeiro, na Penha, contando com apresentação de Caetano Veloso e em sua terceira edição, levou para Inhaúma, Zona Norte do Rio de Janeiro, o grupo Titãs, além dos criadores do projeto. Sobre a banda escreveu Hermano Vianna:

“O multi-estilo afroreggae é produto do esforço de algumas manifestações mais vitais surgidas na música brasileira em tempos recentes: mangue beat; rap paulistano; samba-reggae baiano; funk carioca. Aqui e ali, ecos de reggae jamaicano traduzidos pelo Rappa, do hip-hop-hardcore transformado pelo Planet Hemp, de batidas de xaxado e techno ou de toques de capoeira e candomblé. Não é fusão. Mas é mais que justaposição. Música-Barraco: construída com uma variedade estonteante de elementos, mas elementos que se juntam seguido um método, um plano e transformam-se em lares (sonoros ou não), e o conjunto de lares forma uma comunidade.”

Em 2003 lançou o livro “Da favela para o mundo” no Teatro do Arte Sesc Flamengo, no Rio de Janeiro.

Discografias
2001 Universal Music CD Nova cara
Obras
Capa de revista (c/ Juninho, Ando, CB Jorge, Cleber Sena, Altair Golfinho, Hermano e Paulo Neguéba)
Conflitos urbanos (c/ Ando, LG, Altair Golfinho, Cláudio Menezes, Demétrius Gomes e Magic Julio)
Explosão do Rio (c/ Ando, LG e Ricardo Pinda)
Hunidade (c/ Ando, Altair Golfinho e Cláudio Menezes)
Iguais sobrepondo iguais (c/ Juninho, Dinho, Ando, Jairo, LG, CB Jorge, Cleber Sena, Altair Golfinho, Cláudio Menezes, Magic Julio, Hermano, Paulo Neguéba e Def Yuri)
Me espere (c/ Juninho, Dinho, LG, Altair Golfinho, Cláudio Menezes, Paulo Neguéba e Michele Costa)
Meus telefonemas (c/ Dinho, Caetano Veloso, LG, Cláudio Menezes e Jairo Cliff)
Pegajoso (c/ Dinho, Nelson Meirelles, LG, CB Jorge e Demétrius Gomes)
Poesia orgânica (c/ Ando, CB Jorge, Cleber Sena, Altair Golfinho e Cláudio Menezes)
Shows
2003 Nega Gizza, MV Bill, Caetano Veloso, Jorge Mautner, Nélson Jacobina. Ballroom. RJ.
2003 Lapa, RJ, MV BILL, Lenine, Banda Makala e Caetano Veloso
AfroReggae & Convidados. (MV BILL e Gabriel, O Pensador.). Studio 54, RJ,
AfroReggae. SESC de Nova Iguaçu, RJ,
Elza Soares e AfroReggae. Lona Cultural João Bosco, RJ,
Entrega do Prêmio Orilaxé (AfroReggae e Lenine). Teatro Carlos Gomes, RJ,
O Rappa, MV Bill e Afroreggae. Projeto Conexões Urbanas. Cidade de Deus, RJ,
Projeto Conexões Urbana. (c/ MV BILL e Caetano Veloso). Vila Cruzeiro, RJ,
Projeto Conexões Urbana. (c/ MV BILL e Fernanda Abreu). Morro da Formiga, RJ,
Projeto Conexões Urbana. (c/ MV BILL e Titãs). Inhaúma, RJ,
Projeto Conexões Urbana. (c/ MV BILL, Racionais MC e Gabriel, O Pensador). Favela Furquim Mendes, RJ,
Show Nova Cara. Canecão, RJ,
Show Nova cara. Teatro Rival, RJ,
Clips
2002 Conflitos Urbanos.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.

JÚNIOR, José. Da favela para o mundo. Rio de Janeiro: Aeroplano Editora, 2003.