José Fernandes

Como jurado, destacou-se por seu ar carrancudo e por dar notas baixas a todos os calouros. Como músico, dirigiu uma orquetra dedicada especialmente a tangos. Em 1976, pela RCA Camden, lançou o LP “Tangos nota  10 – José Fernandes e Sua Orquestra Típica”, com a interpretação dos tangos “Ojos negros”, de Vicente Greco; “Caminito”, de Gabino Coria Peñaloza e Juan de Dios Filiberto; “Derecho viejo”, de Eduardo Arolas; “Nostalgias”, de Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo; “Ré-fá-si”, de Enrique Delfino; “A media luz”, de Edgardo Donato e Carlos César Lenzi; “Quejas de Bandoneon”, de Juan de Dios Filiberto; “Tango pra Teresa”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; “El Choclo”, de Angel Villoldo, Enrique Santos Discépolo e Carlos Marambaio Catan; “Volver”, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera; “La Maleva”, de A. Buglione e M. Prado, e “Yira Yira”, de Enrique Santos Discépolo. No ano seguinte, lançou o LP “Tangos nota 10 – VOL. 2 – José Fernandes e Sua Orquestra Típica”, com os tangos “Mi refugio”, de Juan Carlos Cobián e P. N. Córdoba; “La última cita”, de Agustin Bardi e Francisco Garcia Jimenez; “Uno”, de Mariano Mores e Enrique Santos Discépolo; “Madreselva”, de Francisco Canaro e Luis César Amadori; “Buen amigo”, de Julio de Caro e C. Marambio; “Felicia”, de Enrique Saborido; “Noche de Reyes”, de Jorge Curi e Pedro Maffia; “À Eduardo Arolas”, de sua autoria; “Cuesta abajo”, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera; “Tomo y obligo”, de Carlos Gardel e Manuel Romero; “Canaro”, de José Martinez; “Esta noche me emborracho”, de Enrique Santos Discépolo; “Recuerdo”, de Adolfo Pugliese, e “Maipo”, de Eduardo Arolas. Apesar de maestro, sua notoriedade se deveu, segundo a crítica especializada, ao tipo especial que criou no programa Flávio Cavalcanti: Carrancudo, mal-humorado, dando sempre notas baixas aos calouros. O que fez com que o seu nome, tal sua popularidade, ficasse sinônimo de pessoas de mal com a vida.