5.001
Nome Artístico
José Augusto
Nome verdadeiro
José Augusto Cougil
Data de nascimento
16/8/1953
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Nasceu no bairro de Santa Tereza, centro do Rio de Janeiro. Com apenas oito anos de idade começou a estudar piano, harmonia e solfejo no conservatório nacional de música do Rio de Janeiro. Pouco depois ganhou um piano de presente do pai e, aos doze anos, um violão. Em 1967, venceu o festival de música de Santa Tereza como melhor intérprete.

Dados artísticos

Depois de vencer o festival de música de Santa Tereza, começou a percorrer as gravadoras, chegando a ir em quase todas elas, em busca de uma chance de gravar, sem no entanto conseguir. Fez inúmeros testes, mas era sempre reprovado. Finalmente ganhou uma oportunidade, graças ao produtor e cantor Renato Correia, do conjunto Golden Boys, que o levou a cantar com a orquestra do maestro Gaya. Foi aprovado, estreando na carreira artística em 1972, pela EMI, quando gravou um compacto simples que serviu de teste e que trazia a música “Ventania”. No ano seguinte, lançou o primeiro LP, com o qual estourou nas paradas de sucesso com as músicas “De que vale ter tudo na vida” e “Eu quero apenas carinho”, disco que vendeu um milhão de cópias. Em 1977, fez sucesso com a música “Meu primeiro amor”, de sua autoria, Miguel e Paulo Coelho, o qual, anos depois, se destacaria mundialmente como escritor de livros. Em 1979, voltou a frequentar as paradas de sucessos com “Esqueci de viver”, uma versão de Rossini Pinto para o sucesso “Me olvidé de vivir”, de Julio Iglesias. Por essa época deu início a uma carreira internacional de sucesso, ao lançar a versão para a música “Luzes da Ribalta” (Candilejas), com a qual recebeu inúmeros prêmios e alcançou a marca de cinco milhões de discos vendidos no México, Espanha, Argentina, Peru, Colômbia, Costa Rica, Equador, Venezuela e grande parte latina dos Estados Unidos. Em 1980, fez sucesso nacional com outra versão de Rossini Pinto para outra música de Julio Iglesias: “Hey”. Por essa época, fazendo grande sucesso nacional, apresentou-se em inúmeros programas de TV, entre os quais, “A discoteca do Chacrinha” onde era presença constante. Em 1985, fez sucesso com a balada “Fantasia”, conseguindo quebrar o bloqueio das Rádios FM que, naquela época, não tocavam músicas dos chamados “artistas populares”. Em 1987, fez sucesso com as músicas “Sábado” e “Chuvas de verão”, que o levaram a apresentações em programas de Rádio e TV, além de apresentações em circos, os quais, naquele período, começavam a se extinguir pelo Brasil. Ainda na década de 1980, teve músicas gravadas por Alcione, Simone, Chitãozinho e Xororó, Fafá de Belém e outros. No início da década de 1990, fez sucesso com a música “Aguenta coração”, que foi tema de abertura de novela da TV Globo e que também fez sucesso no exterior, o que o levou a gravar a música em espanhol e em italiano. Permaneceu vários meses na parada latina da revista norte americana Bilboard e recebeu pela primeira vez o prêmio “Aplauso”, na categoria “melhor cantor latino”.  Em seguida, colheu outro com a música “Sonho por sonho”. Gravou com a apresentadora e cantora Xuxa Meneguel o tema de abertura da novela “Sonho meu” da Rede Globo, música título, de sua autoria com Carlos Colla. No início dos anos 2000, além de shows no Brasil, fez apresentações em Portugal, Porto Rico e Angola. Em 2001, lançou pela Dekdisc o CD “De volta pro interior”, no qual revisitou clássicos da música sertaneja, como “Beijinho doce”, de Nhô Pai; “Cabecinha no ombro”, de Paulo Borges; “Canção da meia noite”, de Zé Flávio; “O menino da porteira”, de Teddy Vieira e Luisinho; “Meu primeiro amor”, versão de José Fortuna; “No rancho fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo; “Por entre os dedos”, de sua autoria; “Toada”, de Cláudio Nucci, Zé Renato e Juca Filho; “Tocando em frente”, de Almir Sater e Renato Teixeira; “Vida cigana”, de Geraldo Espíndola, e “A vida do viajante”, de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil. Entre 2002 e 2005, afastou-se da carreira artística e dedicou-se apenas às composições. Retornou em 2006, com a música “Cuba”, iniciando uma turnê internacional, ao fim da qual foi morar em Miami. Em 2007, retomou ao Brasil e retomou a carreira artística, com a gravação do CD-DVD “Agüenta coração- Ao vivo”. Em 2009, teve a sua música “Fantasias” gravada pelo cantor Leonardo, no CD/DVD “Este alguém sou eu”, lançado pela Universal Music. Até o final de 2009, já havia vendido mais de 20 milhões de discos em todo o mundo. Em 2010, fez um concorrido show no Centro de Tradições Nordestinas, em São Cristóvão (RJ), com o público cantando entusiasmado seus grandes sucessos. Em quase 40 anos de carreira, o cantor soma inúmeros recordes e prêmio. É um dos cantores com mais presenças com  temas em trilhas de novelas. É, depois de Roberto Carlos, o artista brasileiro que mais vendeu discos na América Latina, e foi o único artista brasileiro a receber o prêmio “Olé espanhol” de música por 250.000 discos vendidos. Em 2014, lançou o CD “Quantas luas”, pela Som Livre. Com um repertório romântico, o disco apresentou 11 faixas inéditas, e teve participações especiais dos sertanejos Luan Santana, em “Chuvas de verão”, e Victor & Leo, em “Eu vou lembrar”.

Discografias
S/D De volta pro interior - CD
2014 Quantas luas – Som Livre – CD
2000 José Augusto - CD
1999 José Augusto ao vivo - CD
1998 Minha vida (Acústico) - CD
1997 Eu sem você - CD
1996 José Augusto - CD
1995 Corpo e coração - CD
1994 José Augusto - LP
1992 José Augusto - LP
1990 José Augusto - LP
1988 José Augusto - LP
1987 José Augusto - LP
1985 Passo a passo - LP
1984 Sem preconceito - LP
1983 Vivências - LP
1982 Santa Tereza - LP
1981 José Augusto - LP
1980 José Augusto - LP
1979 José Augusto - LP
1978 José Augusto - LP
1977 José Augusto - LP - EMI
1976 José Augusto - LP
1974 Palavras, palavras - LP
Obras
Fantasias
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.