
Cantor. Compositor. Nascido em Sergipe, desenvolveu sua carreira artística no Rio de Janeiro interpretando especialmente músicas de estilo romântico, principalmente boleros. Homônimo do cantor José Augusto que faria sucesso nos anos 1980 e 1990. Faleceu em um acidente automobilístico em Feira de Santana (BA).
Cantor de estilo romântico iniciou a carreira artística com apenas 13 anos de idade, em 1949, cantando na Radio Difusora de Sergipe, na cidade de Aracaju. Em 1960, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Carnaval, interpretando a marcha “Florisbela Saint-Tropez”, de Marino Pinto e Frazão, e o samba “Saudade bateu na porta”, de Ciro Pinto e Casper. Contratado pela gravadora Chantecler no começo de 1962, lançou o primeiro disco por essa gravadora, com acompanhamento de regional, interpretando a canção “Minha mãezinha”, de sua autoria, e o samba-canção “Cantando pra não chorar”, de Teddy Vieira e Élcio Alvarez. Em seguida, gravou com acompanhamento de orquestra e coro com regência do maestro Élcio Alvarez o bolero “Ninguém faz falta”, de Élcio Alvarez e Sérgio Morais, e com acompanhamento de Miranda e Seu Regional, o samba-canção “Minha saudade”, de sua autoria. No mesmo ano, registrou pela gravadora Califórnia a marcha “Se meu apartamento falasse”, de Osvaldo França, Antoninho Lopes e J. Nunes, com acompanhamento de Arruda e sua orquestra, em disco que trazia no lado B o cantor Batista de Souza interpretando uma marcha. Em 1963, gravou mais três discos em 78 rpm pela Chantecler. No primeiro com acompanhamento da Orquestra Chantecler, sob a regência do maestro Élcio Alvarez, registrou o rasqueado “Engano do carteiro”, uma das primeiras composições gravadas de Léo Canhoto, que anos depois se celebraria nacionalmente na dupla sertaneja Léo Canhoto e Robertinho, e o samba “Até amanhã”, de Nilo Silva e Mário Aguinaldo. No segundo disco, com acompanhamento de Miranda e Seu Conjunto, gravou o bolero “Tudo de mim”, da dupla Jair Amorim e Evaldo Gouveia, e o samba-canção “E o tempo passou”, de Herivelto Martins e David Nasser. Finalmente, no terceiro disco, com acompanhamento de orquestra regida por Francisco Morais interpretou a “Guarânia da noite triste”, de J. Garcia e Francisco Lacerda, e o bolero “Tortura”, de Orlando Brito e Sebastião F. da Silva. Em 1964, gravou com orquestra regida por Francisco Morais os boleros “Angústia da solidão”, de sua autoria, “Traição”, de Osmeth Said Duck, e “Beijo gelado”, de Rubens Machado, e o rasqueado “Amor proibido”, de Sebastião do Rojão e Hélio de Araújo. Nos anos seguintes lançou os LPs “Um novo ídolo”, “Preciso de alguém”, “Momento feliz”, e “Prece de um rapaz apaixonado”. Em 1969, foi lançado o LP “Os grandes sucessos de José Augusto” no qual estão presentes músicas como “Minha mãezinha”, “Beijo gelado”, “Angustia da solidão”, e “Falta de classe”. Gravando principalmente na Chantecler, teve como maiores sucessos as músicas “Minha mãezinha” e “Angústia da solidão”, ambas de sua autoria.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.