
Cantor. Compositor.
Filho de Mano Décio da Viola, compositor e fundador da Escola de Samba Império Serrano.
Desde de criança freqüentou a escola, sendo um de seus mascotes.
Foi o puxador oficial da Império Serrano nos anos de 1996, 1997 e 1999.
Começou a carreira fazendo abertura de shows de Martinho da Vila.
Em 1971 foi eleito “Cidadão Samba do Estado da Guanabara”. Por essa época, participava como ritmista do grupo que acompanhava Martinho da Vila.
No ano de 1973 lançou o primeiro LP “Pedra noventa”. No ano seguinte, em 1974, gravou o disco “Quem quiser pode vir”.
Em 1975 lançou pela gravadora Polydor o disco “Viagem encantada”. Neste LP alcançou sucesso com as músicas “Na beira do mar” (Gracía do Salgueiro) e “Viagem encantada” (Mano Décio da Viola e Jorginho Pessanha) e “Dinheiro vai, dinheiro vem”, de Noca da Portela e Vovô Ziza. No disco também foram incluídas “Choro em verde e branco” (c/ Gérson Alves), “Juca operário” (c/ Ubirajara Dias e Jean Pierre), “Tempo de criança” (c/ Ubirajara Dias), “Eu não sou o que ela pensou” (Jorginho Pessanha e Setembrino Coutinho), “Mas como é linda” (Padeirinho), “Não mexe não” (Darcy da Mangueira) e “Deixa o carnaval passar”, de Totonho e Paulinho Rezende, entre outras. No ano posterior, em 1976, gravou com sucesso “Heróis da liberdade” (Mano Décio da Viola, Manuel Ferreira e Silas de Oliveira) no LP “Eu e meu pandeiro”, no qual também interpretou a faixa “Jogo de amarelinha”, de Savinho e Luciano da Beija-Flor (Luciano Daoca). No ano seguinte, em 1977, lançou o disco “Jorginho do Império” (gravadora Odeon) e no ano de 1978, pela nova gravadora CBS, O LP “Agora sim…”, do qual despontou o sucesso “Não ligue não”, de autoria de Noca da Portela e Joel Menezes.
No ano de 1980, pela gravadora CBS, lançou o disco “Festa do Preto Forro”, no qual despontou o sucesso “Pára com isso” (Alberto de Jesus e Noca da Portela). Neste mesmo ano a faixa “Dinheiro vem, dinheiro vai” foi incluída no LP “O dinheiro na música popular do Brasil”, antologia sobre o tema, produzida por Ricardo Cravo Albin, como brinde de natal do Banco do Brasil. No ano seguinte, em 1981, regravou “Dinheiro vai, dinheiro vem”, em seu disco “Jorginho do Império”, pela gravadora CBS.
Em 1984, no disco “Alma Imperiana” (gravadora Continental), gravou “Na raça e no peito”, de Noca da Portela e Sérgio Fonseca. No ano seguinte, lançou, pela mesma gravadora, o disco “Festa do samba”, no qual incluiu “Dádiva”, de Noca da Portela e Sérgio Fonseca.
No carnaval de 1999, foi o puxador do samba-enredo “Uma rua chamada Brasil” (Arlindo Cruz, Carlos Senna, Maurição e Elmo Caetano) para a Império Serrano, escola na qual desfila com regularidade todo ano.
No ano 2000, ao lado de Baianinho, Zédi e Comprido, entre outros, participou do show “Encontro com o samba”, na casa de show Rio Sampa, no Rio de Janeiro.
Em 2002 lançou o CD “Pra quem gosta de samba”, o primeiro disco ao vivo. O repertório foi selecionado pelo compositor Canário e o compositor e produtor Roberto Lopes, trazendo além dos sucessos de carreira: “O samba não pode parar” (Roberto Lopes e Alamir), “A pintura” (Canário e Alcino Correa “Ratinho”), “Dancei ciranda” (Paulo Ciranda), “Luz neón” (Cléber Augusto, Marquinhos China e Djalma Falcão), “Implosão” (Naval, Jorginho China e Roberto Lopes), “Greve de amor” (Simões PQD e David Monteiro), “A mão do destino” (Canário, Roberto Lopes e Galhardo), “A lei do mundo” (Adilson Gavião, David Monteiro e Léo da Vila) e “Terra de bamba”, autoria de Fernando Reza Forte e Vando. Fez vários shows de lançamento do disco no Botequim do Império, dentro do Clube Olímpia, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Sua carreira internacional inclui shows em vários países, como Hong Kong, Argentina, França e Japão. Gravou 21 LPs e mais de 3 CDs durante a carreira.
Em 2005, em comemoração aos 30 anos de carreira, apresentou regularmente a roda de samba “Butiquim do Jorginho do Império” no Centro Cultural Memórias do Rio, no qual recebeu diversos convidados entre os quais Dadá da Mangueira, Jorginho Flor, Conceição de Almeida e Zeca da Penha.
Em 2011 participou do projeto “MPB 12:30 em ponto”, um talk-show comandado pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin, com direção de Haroldo Costa e Paulo Roberto Direito, realizado no teatro do Centro Cultural da Light, no Rio de Janeiro.
Em 2012 lançou, pelo selo Discobertas, o CD “Jorginho do Império Ao vivo – O Filho do Imperador”, cujo subtítulo remete a seu pai, Mano Décio da Viola, um dos fundadores da escola de samba carioca Império Serrano. O disco, produzido por Andréia Castelar, foi o registro de seu show realizado no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, em 2011, no qual interpretou a inédita “Apoteose ao Rio”, de Mano Décio da Viola e Jorginho Pessanha, e também “Apoteose ao samba”, de Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.
No ano de 2013 participou do projeto “mpb – 12:30 EM Ponto”, dirigido e apresentado por Ricardo Cravo Albin, no Centro Cultural da Light, no qual falou sobre a vida e carreira artística, intepretando vários de seus sucessos de carreira, tais como “Aquarela brasileira” (Silas de Oliveira), “Disrritimia” (Martinho da Vila), Ex-amor (Martinho da Vila), “Herói da Liberdade”, “Obsessão” e “Estrela de Madureira”, entre outros.
ao vivo
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
ARAÚJO, Hiram. Carnaval – Seis milênios de história. Rio de Janeiro: Editora Gryphus, 2000.
PASCHOAL, Marcio. Pisa na fulô mas não maltrata o carcará. Vida e obra do compositor João do Vale, o poeta do povo. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 2000.