
Cantor. Compositor.
Iniciou a carreira artística na Rádio Tabajara, de João Pessoa. Atuou depois na Ceará Rádio Clube e na Rádio Clube de Pernambuco. Atuou em teatros e fez excursões pelo nordeste além de cantar em outras rádios locais antes de tentar a sorte no Rio de Janeiro. Atuou como crooner da boate Novo México, famoso cabaré da Lapa onde conheceu o jornalista e escritor Nestor de Holanda de quem se tornou amigo. Em seguida passou a cantar com exclusividade no programa Picolino, apresentado por Barbosa Júnior, na Rádio Nacional, para onde foi indicado pelo pianista Amirton Valim. Foi depois escolhido como substituto de Orlando Silva ficando conhecido então como “O cantor Palmilive”. A seguir transferiu-se para a Rádio Tupi.
Em 1942, gravou pela Odeon as valsas “Santa Terezinha” e “Até o Mar Chorou”, de Antenógenes Silva, com acompoanhamento de Antenógenes Silva ao acordeom. No mesmo ano, gravou as marchas “Salve Brasil”, de Ernâni Campos e Antenógenes Silva, e “Prenda Minha”, tema tradicional do Sul. Ainda no mesmo ano, gravou as valsas “Chamas Do Amor”, de Antenógenes Silva e Miguel Lima, e “Quanto Dói Uma Saudade”, de Mariana da Silveira. Em 1944, o coco “Tapioquinha de Coco”, com Amirton Valin, foi gravado na Continental por Stellinha Egg, que também registrou “Uma Lua No Céu Outra Lua No Mar”, com Alaíde Tavares. Em 1945, ingressou na gravadora Continental e lançou os sambas “Apareça Que Disse”, com Arnaldo Torres, e “Regina”, com Nestor de Hollanda. No mesmo ano, o samba “Você Já Viu Como É”, com Tito Ramos, foi gravado por Linda Batista. Em 1946, teve a marcha “Balu”, com Erasmo Silva, gravada por Dircinha Batista, e o samba “Vou Ficar De Mal”, com Erasmo Silva, lançado por Linda Batista. Em 1947, na Continental, Dircinha Batista lançou o samba “Caiçara”, com Mário Porte, enquanto o grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa pela Odeon lançou o samba “Diana”, com Genival Macedo. No mesmo ano, seu maior sucesso, o samba canção “Quem Foi”, com Nestor de Hollanda, foi gravado conjuntamente na Odeon por Aracy de Almeida, Vocalistas Tropicais e Trio Madrigal.
Em 1949, a marcha “Baile Na Chacrinha”, com Nestor de Hollanda, foi gravado pelo grupo Quatro Ases e Um Curinga na Odeon, enquanto pela RCA Victor a cantora Linda Batista registrou o samba “Se Me Der Na Cabeça”, com Nestor de Hollanda. Nesse ano, também pela Odeon, o grupo vocal Vocalistas Tropicais lançou o samba “Irmão Do Samba”, com Nestor de Hollanda.
Em 1950, o baião “A Saudade Não Me Deixa”, com Nestor de Hollanda, foi gravado na gravadora Star por Adelaide Chiozzo, e o samba “Dona Da Ironia”, com Jorge Gonçalves e Nestor de Hollanda, foi registrada por Onéssimo Gomes na mesma gravadora. Neste ano, o baião “Chiquitinha”, com Nestor de Hollanda, foi lançado por Zilá Fonseca, e o maracatu “Dance o Maracatu”, com Geraldo Medeiros, foi registrado pela cantora Safira pela Odeon. Também em 1950, os Vocalistas Tropicais lançaram o maracatu “Maracatucá”, com Geraldo Medeiros, pela Odeon. Em 1951, pelo selo Carnaval, lançou as marchas “No Tempo Da Vovó”, de Antenor Borges e Hernâni Correia, e “Alaíde”, com Abelardo Barbosa, o Chacrinha. No mesmo ano, teve o maracatu “Boneca De Ouro”, com Geraldo Medeiros, registrado pelo grupo Vocalistas Tropicais na Odeon, o baião “Muié Bandoleira”, com Jair Amorim, lançado pelos Vocalistas Tropicais na Odeon, e o baião “O Baile Começou”, com Geraldo Medeiros, registrado por Roberto Silva na Star. Em 1952, Alcides Gerardi gravou na Odeon o baião “Bogari”, com Geraldo Medeiros. Em 1953, a canção “Mãe Preta Cor De Carvão”, com Nestor de Hollanda e A. Vallim, foi registrada por Stellinha Egg na RCA Victor. No mesmo ano, o pianista Britinho no LP “Baião Nº 3”, da Musidisc registrou com o trio vocal As Três Marias o baião “Não Dei Meu Coração”, com Geraldo Medeiros. Em 1954, a cantora Rogéria, pela RCA Victor, lançou o samba canção “Meu Desejo”, com Nestor de Hollanda.
Em 1956, o samba “Comprando Barulho”, com Djalma Mafra, foi lançado por Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara em LP da gravadora Continental. No mesmo ano, o maracatu “Maracatucá”, com Geraldo Medeiros, foi incluído no LP “Frevos e maracatus – Coro, Orquestra e Conjunto Polydor”, da gravadora Polydor.
Em 1957, o samba-canção “Quem foi?”, parceria com Nestor de Holanda foi gravado por Dolores Duran no LP “Dolores Duran canta para você dançar” lançado pela Copacabana. No mesmo ano, o sanfoneiro Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga gravou o baião “Quando A Jia Canta”, com Zé Gonzaga. Apesar do sucesso inicialmente obtido acabou afastando-se da carreira artística.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
HOLANDA, Nestor de – Memórias do Café Nice – Subterrâneos da música popular e da vida boêmia do Rio de Janeiro – Rio e Janeiro: Editora Conquista, 1970.