5.001
Nome Artístico
Jorge Tavares
Nome verdadeiro
Jorge Tavares
Data de nascimento
27/4/1922
Local de nascimento
João Pessoa, PB
Dados biográficos

Cantor. Compositor.

Dados artísticos

Iniciou a carreira artística na Rádio Tabajara, de João Pessoa. Atuou depois na Ceará Rádio Clube e na Rádio Clube de Pernambuco. Atuou em teatros e fez excursões pelo nordeste além de cantar em outras rádios locais antes de tentar a sorte no Rio de Janeiro. Atuou como crooner da boate Novo México, famoso cabaré da Lapa onde conheceu o jornalista e escritor Nestor de Holanda de quem se tornou amigo. Em seguida passou a cantar com exclusividade no programa Picolino, apresentado por Barbosa Júnior, na Rádio Nacional, para onde foi indicado pelo pianista Amirton Valim. Foi depois escolhido como substituto de Orlando Silva ficando conhecido então como “O cantor Palmilive”. A seguir transferiu-se para a Rádio Tupi.
Em 1942, gravou pela Odeon as valsas “Santa Terezinha” e “Até o Mar Chorou”, de Antenógenes Silva, com acompoanhamento de Antenógenes Silva ao acordeom. No mesmo ano, gravou as marchas “Salve Brasil”, de Ernâni Campos e Antenógenes Silva, e “Prenda Minha”, tema tradicional do Sul. Ainda no mesmo ano, gravou as valsas “Chamas Do Amor”, de Antenógenes Silva e Miguel Lima, e “Quanto Dói Uma Saudade”, de Mariana da Silveira. Em 1944, o coco “Tapioquinha de Coco”, com Amirton Valin, foi gravado na Continental por Stellinha Egg, que também registrou “Uma Lua No Céu Outra Lua No Mar”, com Alaíde Tavares. Em 1945, ingressou na gravadora Continental e lançou os sambas “Apareça Que Disse”, com Arnaldo Torres, e “Regina”, com Nestor de Hollanda. No mesmo ano,  o samba “Você Já Viu Como É”, com Tito Ramos, foi gravado por  Linda Batista. Em 1946, teve a marcha “Balu”, com Erasmo Silva, gravada por Dircinha Batista, e o samba “Vou Ficar De Mal”, com Erasmo Silva, lançado por Linda Batista. Em 1947, na Continental, Dircinha Batista lançou o samba “Caiçara”, com Mário Porte, enquanto o grupo vocal Quatro Ases e Um Coringa pela Odeon lançou o samba “Diana”, com Genival Macedo. No mesmo ano, seu maior sucesso, o samba canção “Quem Foi”, com Nestor de Hollanda, foi gravado conjuntamente na Odeon por Aracy de Almeida, Vocalistas Tropicais e Trio Madrigal.
Em 1949, a marcha “Baile Na Chacrinha”, com Nestor de Hollanda, foi gravado pelo grupo Quatro Ases e Um Curinga na Odeon, enquanto pela RCA Victor a cantora Linda Batista registrou o samba “Se Me Der Na Cabeça”, com Nestor de Hollanda. Nesse ano, também pela Odeon, o grupo vocal Vocalistas Tropicais lançou o samba “Irmão Do Samba”, com Nestor de Hollanda.
Em 1950, o baião “A Saudade Não Me Deixa”, com Nestor de Hollanda, foi gravado na gravadora Star por Adelaide Chiozzo, e o samba “Dona Da Ironia”, com Jorge Gonçalves e Nestor de Hollanda, foi registrada por  Onéssimo Gomes na mesma gravadora. Neste ano, o baião “Chiquitinha”, com Nestor de Hollanda, foi lançado por Zilá Fonseca, e o maracatu “Dance o Maracatu”, com Geraldo Medeiros, foi registrado pela cantora Safira pela Odeon. Também em 1950, os Vocalistas Tropicais lançaram o maracatu “Maracatucá”, com Geraldo Medeiros, pela Odeon. Em 1951, pelo selo Carnaval, lançou as marchas “No Tempo Da Vovó”, de Antenor Borges e Hernâni Correia, e “Alaíde”, com Abelardo Barbosa, o Chacrinha. No mesmo ano, teve o maracatu “Boneca De Ouro”, com Geraldo Medeiros, registrado pelo grupo  Vocalistas Tropicais na Odeon, o baião “Muié Bandoleira”, com Jair Amorim, lançado pelos  Vocalistas Tropicais na Odeon, e o baião “O Baile Começou”, com Geraldo Medeiros, registrado por Roberto Silva na Star. Em 1952,  Alcides Gerardi gravou na Odeon o baião “Bogari”, com Geraldo Medeiros. Em 1953, a canção “Mãe Preta Cor De Carvão”, com Nestor de Hollanda e A. Vallim, foi registrada por  Stellinha Egg na RCA Victor. No mesmo ano, o pianista Britinho no LP “Baião Nº 3”, da Musidisc registrou com o trio vocal As Três Marias o baião “Não Dei Meu Coração”, com Geraldo Medeiros. Em 1954, a cantora Rogéria, pela RCA Victor, lançou o samba canção “Meu Desejo”, com Nestor de Hollanda.
Em 1956, o samba “Comprando Barulho”, com Djalma Mafra, foi lançado por Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara em LP da gravadora Continental. No mesmo ano, o maracatu “Maracatucá”, com Geraldo Medeiros, foi incluído no LP “Frevos e maracatus – Coro, Orquestra e Conjunto Polydor”, da gravadora Polydor.
Em 1957, o samba-canção “Quem foi?”, parceria com Nestor de Holanda foi gravado por Dolores Duran no LP “Dolores Duran canta para você dançar” lançado pela Copacabana. No mesmo ano, o sanfoneiro Zé Gonzaga, irmão de Luiz Gonzaga gravou o baião “Quando A Jia Canta”, com Zé Gonzaga. Apesar do sucesso inicialmente obtido acabou afastando-se da carreira artística.

Discografias
1951 Carnaval 78 No Tempo Da Vovó/Alaíde
1945 Continental 78 Apareça Que Disse/Regina
1942 Odeon 78 Chamas Do Amor/Quanto Dói Uma Saudade
1942 78 Salve Brasil/Prenda Minha
1942 Odeon 78 Santa Terezinha/Até o Mar Chorou
Obras
A Saudade Não Me Deixa - com Nestor de Hollanda
Alaíde - com Chacrinha
Apareça Que Disse - com Arnaldo Torres
Baile Na Chacrinha - com Nestor de Hollanda
Balu - com Erasmo Silvaa
Bogari - com Geraldo Medeirosa
Boneca De Ouro - com Geraldo Medeiros
Caiçara - com Mário Porte
Chiquitinha - com Nestor de Hollanda
Comprando Barulho - com Djalma Mafra
Dance o Maracatu - com Geraldo Medeiros
Diana - com Genival Macedo
Dona Da Ironia - com Jorge Gonçalves e Nestor de Hollanda
Maracatucá - com Geraldo Medeiros
Meu Desejo - com Nestor de Hollanda
Muié Bandoleira - com Jair Amorim
Mãe Preta Cor De Carvão - com Nestor de Hollanda e A. Vallim
Não Dei Meu Coração - com Geraldo Medeiros
O Baile Começou - com Geraldo Medeiros
Quem foi? - com Nestor de Holanda
Regina - com Nestor de Hollanda
Se Me Der Na Cabeça - com Nestor de Hollanda
Tapioquinha de Coco - com Amirton Valin
Uma Lua No Céu Outra Lua No Mar - com Alaíde Tavares
Você Já Viu Como É - com Tito Ramos
Vou Ficar De Mal - com Erasmo Silva
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

HOLANDA, Nestor de – Memórias do Café Nice – Subterrâneos da música popular e da vida boêmia do Rio de Janeiro – Rio e Janeiro: Editora Conquista, 1970.