3.504
Nome Artístico
Jorge Helder
Nome verdadeiro
Jorge Helder Rodrigues
Data de nascimento
9/4/1962
Local de nascimento
Fortaleza, CE
Dados biográficos

Instrumentista (contrabaixista). Compositor. Arranjador.

Nasceu em Fortaleza, mas aos 18 anos mudou-se para Brasília, onde começou a tocar na noite.

Filho de um funcionário público e uma professora de bordado, Helder chegou na música por sua tia paterna, que era dona de uma escola de música. Ainda na infância fez parte de um grupo de chorinho em Fortaleza tocando bandolim. Na adolescência, integrou uma banda de rock na qual começou a tocar baixo.  Quando se mudou para Brasília, aos 17 anos, começou o aprendizado formal na Escola de Música de Brasília e passou a tocar baixo acústico.

Em 1986, mudou-se para o Rio de Janeiro para integrar a banda de Sandra de Sá. Passou a acompanhar diversos artistas da MPB, tais como Maria Bethânia em 1990, e depois, Edu Lobo e Chico Buarque a partir de 1992.

 

Dados artísticos

Ao longo da carreira, vem atuando em shows e gravações com inúmeros artistas.

Nos anos 1990, começou a tocar com Caetano Veloso, gravando discos como “Livro”, de 1994, e “A Foreign Sound”, de 2004. Entre os artistas da MPB, além de Caetano, tocou com Maria Bethânia, com quem também fez a direção musical a partir de 2015, e Chico Buarque. Por Maria Bethânia, é presentado como o “baixo mais disputado do Brasil”. No decorrer da carreira gravou em mais de 350 álbuns e shows de artistas como Marcos Valle, Sandra de Sá, Gal Costa, Edu Lobo, Rosa Passos, Nana Caymmi, como Zélia Duncan e Cássia Eller entre muitos outros, além de ter participado de vários projetos musicais ao lado de Mario Adnet, como “Ouro Negro” e “Jobim Sinfônico”.

É parceiro de Chico Buarque em duas canções, “Bolero blues” e “Rubato”, gravadas, respectivamente, nos discos “Carioca” e “Chico”.

Em 2012, apresentou-se no Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), pelo projeto “Aquele cara lá do baixo”, idealizado e produzido por Monica Ramalho. Ao seu lado no palco, os músicos Marcos Nimrichter (piano), Marcelo Martins (sax e flauta) e Rafael Barata (bateria).

Em 2020, após cinco anos de gravações, lançou “Samba Doce”, pelo Selo Sesc. O trabalho teve a participação de cerca de 40 músicos dentro do espírito de comemoração dos 40 anos de carreira que Jorge Helder procurou estabelecer. O CD reuniu as composições e músicos: “Samba Doce” (Jorge Helder), com Jorge Helder (contrabaixo), Lula Galvão (violão) e Erivelton Silva (bateria); “Dorivá” (Jorge Helder e Aldir Blanc) com Mario Adnet (arranjo de cordas), Dori Caymmi (voz), João Carlos Coutinho (piano), Pedro Franco (violão), Jorge Helder (baixo elétrico), Marcelo Costa (percussão) e a Orquestra de Cordas de São Petersburgo; “Passo o Ponto” (Jorge Helder), com Jessé Sadoc (arranjo), Stefano Bollani (piano) e Orquestra Atlântica formada por Marcelo Martins (sax tenor), Danilo Sina (sax alto), Levi Chaves (sax barítono), Jessé Sadoc e Gesiel Nascimento (trompetes), Bebeto Germano e Elias Correa (trombones), Jorge Helder (baixo elétrico), Williams Mello (bateria) e Dadá Costa (percussão); “Inocente Blues” (Jorge Helder e Rosa Passos) com Jessé Sadoc (arranjo de sopros), Rosa Passos (voz), Antonio Adolfo (piano), Lula Galvão (guitarra) e Orquestra Atlântica formada por Marcelo Martins (sax tenor), Danilo Sina (sax alto), Levi Chaves (sax barítono), Jessé Sadoc e Gesiel Nascimento (trompetes), Bebeto Germano e Elias Correa (trombones), Jorge Helder (contrabaixo) e Williams Mello (bateria); “Vagaroso” (Jorge Helder) com Paulo Aragão (arranjo de cordas), Nailor Proveta (sax alto), Marcos Nimrichter (piano) e a Orquestra de Cordas de São Petersburgo; “Bolero Blues” (Jorge Helder e Chico Buarque) com Luiz Cláudio Ramos (arranjo de cordas), Chico Buarque (voz), João Rebouças (piano), Jorge Helder (contrabaixo), Jurim Moreira (bateria) e a Orquestra de Cordas de São Petersburgo; “Outubro 86”(Jorge Helder) com Marcelo Martins (sax tenor), Nelson Faria (guitarra), Rafael Vernet (piano), Jorge Helder (contrabaixo) e Kiko Freitas (bateria); “Rubato”(Jorge Helder e Chico Buarque) com Renato Braz (voz), Bruno Cardozo (piano), Marcus Teixeira (violão), Jorge Helder (baixo elétrico) e Edu Ribeiro (bateria); “Tema Novo”(Jorge Helder), com Ricardo Silveira (guitarra), Renato Neto (piano), Jorge Helder (contrabaixo) e Jurim Moreira (bateria) e “Casualmente”(Jorge Helder e Chico Buarque) com Mauricio Maestro (arranjo vocal), João Carlos Coutinho (piano), Jorge Helder (contrabaixo), Pantico Rocha (bateria), Chico Batera (percussão) e o grupo Boca Livre formado por Zé Renato, David Tygel, Lourenço Baeta e Mauricio Maestro (vozes). A produção foi de Jorge Helder e a mixagem de Roberto Liolli, na Cia dos Técnicos, no Rio de Janeiro.

No ano de 2022 começou a viajar com a turnê “Que Tal um Samba”, como baixista na banda de Chico Buarque. Além de Helder, a banda teve Luiz Claudio Ramos (arranjos, guitarra e violão), João Rebouças (piano), Bia Paes Leme (teclados e vocais), Chico Batera (percussão), Marcelo Bernardes (sopros) e Jurim Moreira (bateria).

Em 2022, lançou o segundo disco solo, “Caroá”, pela gravadora Biscoito Fino, para o qual compôs o repertório com as músicas “Santos de Casa”; “Tutty”; “Lugar sem tempo”; “Impressão Perfume”; “Confluências”; “Miguilim” e “À Margem”, todas de Jorge Helder. A banda base do álbum foi composta por Chico Pinheiro na guitarra, Hélio Alves no piano, Tutty Moreno na bateria e Marcelo Costa na percussão. Os músicos convidados foram o saxofonista Zé Nogueira (“Impressão Perfume”); o músico, cantor e compositor Sergio Santos (“Santos de Casa”); a cantora Mônica Salmaso (“Lugar sem tempo”) e o cantor e compositor Zé Renato (“Miguilim”).

No ano de 2025 lançou pelo Selo Sesc Rio o EP “Samba e Amor”, com parte da obra do compositor homenageado, seu patrão, amigo e parceiro Chico Buarque. O disco contou com dois intérpretes em seis faixas, o cantor e compositor paulistano Filó Machado e a cantora paulista Vanessa Moreno. Foram incluídas as composições “O que será – À Flor da Terra” (cantada pela dupla Filó Machado e Vanessa Moreno); “As vitrines”; “Morro Dois Irmãos”; “Ela desatinou”; “Deus lhe pague”, “Brejo da Cruz”; “Samba e amor” e “Basta um dia”, além de parcerias inéditas com Chico Buarque: “Rubauto”, “Casualmente” e “Bolero blues”. No trabalho, produzido por Alexandre Segundo, e com arranjos do próprio baixista, participaram os músicos Hélio Alves (piano), Chico Pinheiro (guitarra) e Vítor Cabral (percussão e bateria), e ainda, as participações especiais do contrabaixista Iuri Batista e do percussionista Rafael Mota.

 

 

Discografias
2025 Selo Sesc Rio CD Samba e Amor/EP
2022 Biscoito Fino Caroá
2020 Selo Sesc Samba Doce
2018 Anathema

Com Antônio Carlos Bigonha e Jurim Moreira

Obras
Bolero Blues c/ Chico Buarque
Rubato c/ Chico Buarque
Shows
2012 Jorge Helder. Projeto “Aquele cara lá do baixo” – Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro