
Compositor.
Veio para o Brasil em 1900 aos cinco anos de idade, fixando residência em Araraquara, SP. Fez seus estudos de música em São José do Rio Pardo. Com 19 anos de idade era mestre da Banda Ítalo-Brasileira de Araraquara.
Em 1904, foi regente da banda de música ítalo-brasileira de Araraquara. Compôs nesse ano aquela que se tornaria uma das mais célebres valsas interioranas brasileiras, “Saudades de Matão”, batizando-a como “Francana”. Os habitantes de Matão, cidade vizinha de Araraquara, é que iriam dar o nome pelo qual a composição se tornaria conhecida. Por volta de 1905, a música passou a ser tocada no Rio de Janeiro, sem indicação de autoria. Segundo Ary Vasconcelos, o acordeonista e compositor uberabense Antenógenes Silva se dizia ser o autor da melodia, o que não era verdade uma vez que o instrumentista fez apenas alguns arranjos que foram recusados pelo autor. Em 1938, “Saudades de Matão” recebeu letra de Raul Torres. Em 1940, a Odeon lançou disco do acordeonista Atílio Cizotto, em que executa duas valsas de sua autoria: “A voz do coração” e “Laura”.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. Editora: 34. São Paulo, 1997.