Compositor. Escritor (poeta, letrista, ensaísta, romancista). Jornalista. Produtor musical.
O avô paterno foi músico de choro na juventude, em Belo Horizonte.
De família musical, a partir dos 14 anos, venceu três festivais de poesia no Colégio Anchieta.
Em 1978, venceu um concurso de resenhas sobre Geraldo Vandré promovido pela coluna de música do Jornal de Minas, jornal no qual passou a escrever como colaborador. No ano seguinte, em 1979, ingressou no curso de Comunicação da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Horizonte (Fafi-BH). Posteriormente , no ano de 1980, escreveu o musical “Garimpo – Lugar ao Sol”, premiado no ano seguinte em um concurso de dramaturgia promovido pela Fundação Clóvis Salgado. A peça teve duas montagens pelo Teatro Universitário da UFMG, nos anos de 1981 e 1987.
Em 1982 formou-se em Jornalismo pela FAFI-BH, depois Uni-BH. No ano seguinte, em 1983, assinou colunas de teatro e cinema no jornal Estado de Minas e passou a colaborar no “Suplemento Literário”, do Estado Minas Gerais.
No ano de 1984 publicou seu primeiro livro, a coletânea “Teatro mineiro – entrevistas & críticas” (Imprensa Oficial de Minas Gerais). No ano posterior, em 1985, escreveu com Ângelo Pinho o musical “Chico Viola”, encenado pelo Grupo Tecla (Teatro Clube da Amizade) com direção de Wenceslau Coimbra Filho, com o qual ganhou o troféu “João Ceschiatti”, na categoria “Melhor Texto Estreante”.
Em 1986, publicou o livro infantil “O menino e a rolinha (Editora Lê).
No ano de 1988, publicou os livros infantojuvenis “O rei da rua” (Editora Mercado Aberto) e “O camaleão azul” (Editora Lê). Em seguida, em 1989, foi admitido como repórter no caderno “Espetáculo”, do Estado de Minas, sendo depois promovido a editor de cultura e, mais tarde, a editor de suplementos e revistas. No mesmo ano, ganhou o “Prêmio Guimarães Rosa”, do governo mineiro, com o romance “Palmeira Seca”, publicado pela Editora Marco Zero. Ainda em 1989 escreveu, sob encomenda do Palácio das Artes, a peça “A Rebelião dos Poetas”, dirigida por Afonso Drumon em comemoração ao bicentenário da Inconfidência Mineira, e ganhou o “Troféu Fundacen”, na categoria “Melhor Texto Estreante”.
Em 1990, publicou o livro infantil “O Pintinho Pedrês” e, no ano seguinte, em 1991, o livro “O boi da cara branca” (ambos pela Editora RHJ). Neste mesmo ano de 1991, lançou o livro infantojuvenil “A Medalha Cigana” (Editora Melhoramentos).
Em 1993, escreveu argumento para o programa “Você Decide”, da Rede Globo. O episódio “O porteiro” contou com direção de Roberto Farias, sendo estrelado por Milton Gonçalves, Carlos Vereza, Norma Bengell e Isis de Oliveira. Nesse mesmo ano, relançou “O Rei da Rua” (Atual Editora). No ano seguinte, em 1994, lançou os livros infantojuvenis “O Roubo do Vinho” (Editora Lê), “O Menor Espetáculo da Terra” (Formato Editorial) e “Chuva de Abril” (Editora Mercado Aberto).
No ano de 1995 teve editado o ensaio “BH em cena – teatro, televisão, ópera e dança na Belo Horizonte centenária” pela Livraria Del Rey Editora. No ano seguinte, em 1996, publicou a novela “Morte à meia-noite” (Editora Lê). Neste mesmo ano, escreveu o roteiro para o curta-metragem institucional “BH – Cidade de prancheta”, para a Rede Globo Minas, dirigido por Geraldo Veloso. Três anos depois, em 1998, publicou a novela de ficção-científica “E a Terra Parou Novamente – O Caso dos Ets de Varginha” (Atual Editora) e o livro infantil “Álbum de Retratos” (Formato Editorial).
No ano 2000 teve publicado a coletânea “Crônicas do Brazyl” (Mazza Edições) e o livro paradidático “Fábrica de Notícias” (Editora Miguilim). Ainda no ano 2000 o livro “Palmeira Seca” foi adaptado para o teatro, com direção de Elvécio Guimarães.
Em 2003 lançou a coletânea de crônicas Todo Mundo é Filho da Mãe, o manual de redação “Como Escrever” e o romance “Sumidouro das Almas” (todos pela Editora Ciência Moderna). No mesmo ano, o romance “Palmeira Seca” ganhou ilustrações de Ângelo Abu, sendo relançado pela Atual Editora. Ainda em 2003, lançou a novela infantojuvenil “No Clarão das Águas”, pela Paulus Editora.
Em 2007, relançou pela Atual Editora, “O camaleão azul”, e publicou “Cordel das lendas bovinas”, pela Edições Paulinas), incluído no catálogo da “Feira de Bolonha”, na Itália. No ano posterior, em 2008, afastou-se do jornal Estado de Minas, publicou o livro “Caiçara” (Conceito Editorial) e relançou “A medalha cigana” pela Paulus Editora. Neste mesmo atuou como pesquisador e roteirista no programa “Nos braços da viola”, apresentado por Saulo Laranjeira pela TV Brasil e canais da rede educativa. No ano seguinte, em 2009, publicou as novelas infantojuvenis “Procura-se um fantasma” (Atual Editora) e “Alice no país da natureza” (Paulus Editora).
Em 2010, lançou a coleção infantil “Natureza viva”, com os volumes “Feira de aves”, “Lindo jardim”, “Passeio no zoo” e “Vida no mar” (Editora Prumo), todos ilustrados por Cláudio Martins; lançou “As cores no mundo de Lúcia” (Paulus Editora) e ainda relançou “Reportagem mortal”, pela Editora Saraiva, e “Sumidouro das almas”, pela Atual Editora. Também publicou pela Editora Multifoco a coletânea de contos “Caminhante noturno”. No ano seguinte, em 2011, o romance “Palmeira seca” foi tema de dissertação de mestrado em Roma, Itália, onde foi traduzido. Nesse mesmo ano, publicou os livros “Primavera dos mortos” (Atual Editora) e “Ave viola – cordel da viola caipira”, pela Paulus Editora. Também lançou o livro infantil “O menino que perdeu a sombra”, e relançou “O menino e a rolinha” (ambos pela Editora Positivo).
No ano de 2015 publicou, pela Editora Geração Editorial, o livro “Vandré – O homem que disse não”, biografia lançada em vários capitais, espaços e livrarias pelo pais, destacando-se ” 11ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu” e ainda, em Belo Horizonte; João Pessoa, Recife, Tiradentes e no Rio de Janeiro, na Livraria de Música Bossa Nova e Companhia, no Beco das Garrafas, em Copacabana. Neste mesmo ano lançou, em parceria com Eugênio Britto, “A mágica da música – Introdução ao ensino musical”, pela Mazza Edições.
No ano de 2023 lançou na Livraria da Rua, no bairro Savassi em Belo Horizonte, o livro “Belo Horizonte em Letra e Música”, no qual perfilou cerca de 200 composições, de diversos autores, sobre a capital do Estado de Minas Gerais, além de registros de depoimentos de compositores, intérpretes e pesquisadores. Segundo o autor:
“A primeira composição a homenagear Belo Horizonte foi o dobrado ‘Bello Horizonte’, feito por Júlio Cezar do Nascimento em 1899. A cidade também emprestou seu nome a duas paródias de Noel Rosa e a dezenas de canções de vários autores, entre eles Américo Jacomino, Fernando Brant, Gervásio Horta, Godofredo Guedes, John McLaughlin, Pacífico Mascarenhas, Nélson Ângelo, Rômulo Paes, Tito Madi, Angelo Pinho, Ed Nasque, Vander Lee, Lucas Telles e Toninho Horta, entre outros.”
No ano de 2024 lançou pela Literíssima Editora o livro “Travessa no Tempo”, no Espaço Esquina Santê, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte.
Aos 20 compôs sua primeira música, o choro “Renascendo”, em parceria com Edson de Lima Fernandes, maestro do Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais.
Em 1981 foi finalista do “Ponteio” (Festival Universitário da Canção de Belo Horizonte), com a música “Fábula”, mais tarde refeita por Edinho Mustarda.
Em 1995 teve a sua primeira música gravada, o samba “Terra Brasilis” (c/ Ângelo Pinho) por Helena Penna no disco “Marias”. Dois anos depois, em 1997, produziu com Helena Penna, o CD “Belôricéia”, com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e em homenagem ao centenário da cidade. O disco contou com arranjos e direção de Geraldo Vianna e reuniu mais de 40 músicos e intérpretes da capital mineira. No CD foram incluídas de sua autoria as músicas “Estrela guia”, “África mulher”, “O tempo e o boi”, “Pagode do Arrudas”, “Romântica nº 2”, “Vida conjugal”, “Frevo mole/Marcha do pirulito”, “Enredo de Minas” e a faixa-título “Belôricéia”, em duas versões, a primeira com a cantora interpretando a letra, e a segunda, em uma versão instrumental com a participação especial do Quinteto Tempos, sendo todas essas composições em parceria com Ângelo Pinho. Também foram incluídas as faixas “Desenganos” (c/ Clésio Vargas), “Folia Mineira” e “Subir Bahia”, as duas últimas somente de sua autoria.
Em 2001, idealizou o CD “Chico Lobo e convidados – Palmeira Seca”, contendo a trilha sonora original da minissérie baseada no mesmo romance e dirigida por Breno Milagres para a Rede Minas de Televisão. Neste disco foram incluídas de sua autoria as músicas “Alma caipira”, “Palmeira seca”, com participação de Cid Ornelas; “De formiga e cigarra”, interpretada por Renato Motha e Tatá Sympa; “Marruá”, cantada por Déa Trancoso e Tino Gomes; e “Alma caipira”, todas parcerias com Chico Lobo, e ainda “Lenda mineira” (c/ Valter Braga), com Efraim Maia e Ladston do Nascimento; “Devaneio”, interpretada por Helena Penna; “Meu velho” (c/ Valter Braga), interpretada por Valter Braga e Renato Motha.
Em 2005 produziu o CD, encartado no livro “ABC da MPB” (Paulus Editora), de sua autoria com ilustrações de Andréia Resende. Com arranjos de Kristoff Silva e Tabajara Belo, o disco trouxe as faixas “Gol de calango”, de sua autoria, interpretada por Déa Trancoso e Kristoff Silva; “Deu rap na embolada”, de sua autoria, com Déa Trancoso e Kristoff Silva; “A arte do rei do baião” (c/ Valter Braga), com Déa Trancoso e Kristoff Silva; “Água de moringa” (c/ Valter Braga), com Kristoff Silva; “Tempo todo” (c/ Chico Lobo), com Déa Trancoso e participação de Chico Lobo; “Tributo a Jobim” (c/ Eduardo Pinto Coelho), com Kristoff Silva e participação de Eduardo Pinto Coelho; “Um sonho de valsa” (c/ Valter Braga), interpretada por Lígia Jacques; “Folia mineira”, somente de sua autoria, cantada por Déa Trancoso; “Marcha para o Chico”, interpretada em dueto com Déa Trancoso. E ainda a faixa “Enredo do samba” (c/ Tabajara Belo), com Henrique Santana. Com este trabalho conquistou o selo “Altamente Recomendável”, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), sendo incluído no catálogo da “Feira de Livros Infantis e Juvenis de Bolonha”, na Itália. No ano posterior, em 2006, lançou o CD promocional “50”, em comemoração aos seus 50 anos, com tiragem de apenas 200 exemplares distribuída gratuitamente. No repertório da coletânea froam incluídas as faixas “Folia mineira”, com Déa Trancoso e Kristoff Silva; “Enredo de Minas” (c/ Ângelo Pinho), interpretada por Acir Antão; “Desenganos” (c/ Clésio Vargas), com Helena Penna; “Palmeira seca” (c/ Chico Lobo), com Chico Lobo e Cid Ornelas; “Na tábua da beirada” (c/ Neno Grande), com Neno Grande; “Lua guardiã” (c/ Geraldo Vianna), com Rita Silva; “Tatarana” (c/ Valter Braga), com Valter Braga; “Gandaia” (c/ Rick Udler), com Maria Alvim, Bocato e João Parahyba; “Como dizia Gandhi” (c/ Tino Gomes), com Tino Gomes; “Forró do Mané” (c/ Manezinho do Forró), com Manezinho do Forró; “Madeira de Lei” (c/ Eric Belhassem), com Sônia Andrade; “Postal” (c/ Eduardo Pinto Coelho), com o grupo Alarme Falso; “A teia” (Poema de Jorge Fernando dos Santos); e “Satan” (c/ Chiquinha Gonzaga), com Lígia Jacques e JFS. Neste mesmo ano de 2006 publicou o livro de haicais “Pó de palavra” (Editora Paulinas), no qual foi encartado um CD com declamação dos poemas e fundo musical de Kristoff Silva. A obra integrou o catálogo brasileiro para a “Feira de Livros Infantis e Juvenis de Bolonha”, na Itália.
No ano de 2010 produziu o CD “Choro cantado”, pelo Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, da cantora Lígia Jacques, com arranjos e direção musical do violonista Rogério Leonel. No disco, dedicado a Ademilde Fonseca pela passagem do seu 90º aniversário, participaram os músicos Milton Ramos (baixo Acústico), Sérgio Silva (percussão) e Jairo de Lara (flautas, saxofone e direção artística), sendo incluída de sua autoria a composição “Água de moringa” (c/ Valter Braga), “Domingueiro” (Valter Braga) com participação de Celso Adolfo no vocal; “Romanceando” (c/ Valter Braga); “Choro barroco” (c/ Rogério Leonel) e “Satan” (c/ Chiquinha Gonzaga), com participação de Hudson Brasil no bandolim.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: 3ª ed. EAS Editora, 2014.
CAMPOS, Conceição. A letra brasileira de Paulo César Pinheiro: uma jornada musical. Rio de Janeiro: Editora Casa da Palavra, 2009.