
Compositor.
Teve mais de cem músicas gravadas, em sua maioria sambas. Um dos principais parceiros do sambista Wilson Batista com quem compôs mais de 30 músicas, entre as quais os sambas “História da Lapa”, gravado por Nelson Gonçalves em 1957, “Prece ao sol”, também com Nelson Gonçalves em 1958, “O princípio do fim”, gravado por Déo em 1944, “Desejo” gravado por Dóris Monteiro em 1954 e “Nega Luzia”, gravada por Ciro Monteiro em 1956.
Teve composições gravadas entre outros por Orlando Silva, Odete Amaral, Cyro Monteiro, Nelson Gonçalves, Francisco Carlos, Anjos do Inferno, Jorge Goulart, Moreira da Silva,Trio Guarany, João Dias, Jackson do Pandeiro e Blackout.
Em 1943 compôs com Ataulfo Alves o samba “Eu não sabia” gravado pelos Anjos do Inferno, com Geraldo Pereira, o samba “Você está sumindo” gravado por Cyro Monteiro e com Henrique Gonçalves o samba “As Américas unidas, unidas vencerão”, gravado por Rui Almeida, bem dentro do espírito de guerra que reinava naquele momento. Em 1944, Roberto Paiva gravou o samba “Podes crer”, parceria com Ari Monteiro, Cyro Monteiro o samba “A maior mulher do mundo” e Orlando Silva o samba “Meu poema”, com José Gonçalves. Em 1945 compôs com Nelson Gonçalves o samba “Meu perdão não terás”, gravado pelo próprio Nelson, com Wilson Batista, o samba “Outras mulheres”, gravado por Carlos Galhardo e com Haroldo Lobo e Wilson Batista o samba “Apaguei o nome dela” gravado por Arnaldo Amaral.
Em 1946 compôs os sambas “Trinta e três”, com Wilson Batista, gravado po Jorge Veiga, “Há outra santa”, com José Batista, gravado por Déo e “Madureira”, com Peterpan, grande sucesso na voz de Emilinha Borba. Em 1947 fez com Haroldo Lobo o samba “Levaram Claudionor no tintureiro”, gravado por Aracy de Almeida. Em 1951 Elizete Cardoso gravou dele e Erasmo Silva o samba “Dá-me tuas mãos” e Jorge Goulart o samba “Amor que maltrata”, parceria com Wilson Batista. Em 1953 lançou com Bruno Gomes o samba canção “Natal sem você” gravado por Orlando Correira e Trio Madrigal. No mesmo ano seu samba “Mãe solteira”, parceria com Wilson Batista e gravado por Roberto Silva, fez grande sucesso, tornando-se um clássico do gênero.
Em 1954 teve gravadas diversas de suas parcerias com Wilson Batista entre as quais, o samba “Desejo”, por Dóris Monteiro, a marcha “Carmem” por Orlando Correia e a marcha “Miss Brasil”, por Moreira da Silva. Em 1955 compôs com Zé Ramos o “Forró do Zé Tatu” gravado por Luiz Gonzaga, com Nóbrega de Macedo o samba “Nem por compaixão”, gravado por Nelson Gonçalves e com Ataulfo Alves o samba “Se a saudade me apertar” gravado pelo próprio Ataulfo Alves. Em 1956 compôs com Wilson Batista o samba “Samba do tri campeão” em homenagem ao tri campeonato carioca conquistado pelo time de futebol do Flamengo, gravado por Roberto Silva. No mesmo ano sua marcha “Marcha dos fãs”, com Wilson Batista foi gravada por Blecaute e o samba “Nega Luzia”, parceria com Wilson Batista foi sucesso na voz de Cyro Monteiro.
Em 1957 Mara Silva gravou a “Marcha do pião”, da parceria com Nássara e Wilson Batista e Raul Moreno gravou o samba “Rua Dom Manuel”, parceria com Monsueto Meneses. No mesmo ano compôs com José Ramos o baião “Forró em Caxias”, gravado por Luiz Vanderley. Em 1958 compôs com Aparecida e Jackson do Pandeiro o samba “Querer e não poder” gravado por Jackson do Pandeiro e com Wilson Batista o samba “Chorei por você” gravado por Roberto Silva e com Venâncio, o samba “Castiguei”, gravado por Noite Ilustrada. Em 1959 João Dias gravou o samba “A última mulher”, parceria com Wilson Batista. Em 1960 César de Alencar gravou a “Marcha da galinha” e Araci Costa o samba “Samba da lanterna” ambos parceria com Wilson Batista.
Em 1961 compôs com Antônio Almeida e Wilson Batista a marcha “Garota Bossa Nova” gravada por César de Alencar. No mesmo ano, sua parceria com Wilson Batista, a marcha “Linda cubana” foi gravada por Jorge Goulart. No mesmo ano compôs com Wilson Batista e Luiz Vanderley mais uma música alusiva ao futebol, o cha cha cha “Rei Pelé”, gravado por Luiz Vanderley. Em 1962 a vedete Angelita Martinez alcançou enorme sucesso com a marcha “Mané Garrincha”, em homenagem ao jogador de futebol Garrinha, composta em parceria com Wilson Batista e Nóbrega de Macedo. Em 1964 obteve grande sucesso com o samba “Amigo, palavra fácil”, parceria com Verinha Falcão. Em 1983, duas parcerias com Geraldo Pereira, “Até quarta-feira” e “Você está sumindo” incluídas no LP “Geraldo Pereira – Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto” no qual a dupla Pedrinho Rodrigues e Bebel Gilberto interpretaram obras do compositor mangueirense em disco homenagem da Funarte. Segundo alguns pesquisadores, boa parte das músicas assinadas por ele o seria apenas a título de divulgação e inseção nas editoras e gravadoras.
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume1. São Paulo: Editora: 34, 1999.