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Nome Artístico
João Silva
Nome verdadeiro
João Leocádio da Silva
Data de nascimento
16/8/1935
Local de nascimento
Arcoverde, PE
Data de morte
06/12/13
Local de morte
Recife, PE
Dados biográficos

Compositor.

Aos sete anos de idade começou a tocar pandeiro. Aos nove anos ganhou um concurso com cantor. Aos dez anos apresentou-se no programa no programa Ademar Paiva na Rádio Clube de Pernambuco tocando acordeom.

Morreu em casa aos 78 anos de idade. O acontecimento foi divulgado amplamente em mídias impressas, televisivas e digitais. 

Dados artísticos

Um dos principais parceiros de Luiz Gonzaga a partir dos anos 1960. Aos 17 anos mudou-se para o Rio de Janeiro com uma carta de recomendação de João Calmon. Apresentou-se no programa “Domingueira” apresentado por Arnaldo Amaral na Rádio Mayrink Veriga onde cantou “Crepúsculo sertanejo”, de sua autoria. Em 1964, Luiz Gonzaga gravou no disco “A sanfona do povo” o baião “Não foi surpresa”, de sua parceria com João do Vale. Em 1965, o Rei do Baião gravou dele e Albuquerque a marcha junina “Piriri”. Em 1966 gravou “Crepúsculo sertanejo”, dele e Rangel. No mesmo disco, “Óia eu aqui de novo”, aparece sua primeira parceria com Luiz Gonzaga, “Garota Todeschini”. Em 1968, no LP “São João do Araripe”, aparecem duas composições da parceria entre os dois, “Lenha verde” e “Meu Araripe”, que se tornou um enorme sucesso.

Em 1973, no LP “Nova Jerusalém”, Luiz Gonzaga gravou “O vovô do baião” dele e Severino Ramos . Em 1974, Bastinho Calixto gravou dele e Anatalício a composição “Laura”. Em 1978 compôs com Gonzaga “Umbuzeiro da saudade”. Em 1979 compôs com Pedro Maranguape “Adeus a Januário”, em homenagem ao pai de Luiz Gonzaga recentemente falecido. Em 1980, compôs com P. Maranguape a composição “Cego Aderaldo”, gravada por Luis Gonzaga. Em 1983, no disco “70 anos de sanfona e simpatia”, Luiz Gonzaga gravou três de suas parcerias, “Cidadão sertanejo”, “Forró de Ouricuri” e “Sequei os olhos”, esta uma pungente canção sobre a seca que assolou a região nordestina entre 1979 e 1983.

Em 1984 compôs com Luiz Gonzaga o forró “Pagode russo”, regravado nos anos 1990 pelo grupo Mastruz com Leite. Em 1984, no LP “Luiz Gonzaga e Fagner”, a composição de abertura do disco é “Sangue nordestino”, outra parceria de suas parcerias com Gonzaga. Em 1985 no LP “Sanfoneiro macho”, o Rei do Baião gravou seis composições de parceria com João Silva, entre as quais “A mulher do sanfoneiro”, além de “Maria baiana” de sua parceria com Zé Mocó e “Amei à toa” com Joquinha Gonzaga. Em 1986 compôs em parceria com Luiz Gonzaga “Forró de cabo a rabo”, que deu nome ao disco de Gonzaga daquele ano e no qual aparecem mais duas parcerias entre os dois e ainda “Xote machucador”, parceria com Dominguinhos, e “Passo fome mas não deixo”, em parceria com Zé Mocó. No mesmo ano, Marinês em seu LP “Tô chegando” gravou dele e Luiz Gonzaga “Tá virando emprego”, e dele e Zé Mocó “Amigo velho tocador”. Em 1987, mais uma de suas composições, “De fia pavi”, feita em parceria com Oseinha, deu nome a um disco de Luiz Gonzaga, no qual aparecem ainda “Doutor do baião”, “Pobre do sanfoneiro” e “Toca pai”, três parcerias suas com o Rei do Baião. No mesmo ano, Marinês gravou no LP “Balaio de paixão” sua parceria com Chico Xavier “Danação de gamação” e dele, Maranguape e Iranilson, “Olhos duidinhos”. Em 1988 compôs com Luiz Gonzaga “Pra que mais mulher”, “Fruta madura” e “Outro amanhã será”, todas gravadas no LP “Aí tem Gonzagão”.

Em 1989, uma composição de sua parceria com Luiz Gonzaga, “Vou te matar de cheiro”, deu título ao último disco do Rei do Baião, no qual João Silva participou da gravação de três faixas, “Um pra mim, um pra tu” e “Arcoverde meu”, em parceria com Gonzaga, e “Ladrão de bode”, com Rui Moraes e Silva. Ao todo compôs mais de 30 músicas com Luiz Gonzaga, todas gravadas pelo Rei do Baião. Teve ainda composições gravadas com sucesso pelo Trio Nordestino, entre as quais “Estou roendo sim”, em parceria com Anatalício, “No galpão da bulandeira” com K-boclinho, “Intupidinho de amor” com J. B. de Aquino e “Gamado até demais” com Sebastião Rodrigues. Dominguinhos gravou, “Pode morrer nessa janela”, “O galo já miudou” e “Cintura de abelha”.

Tem cerca de 2000 composições. Entre seus parceiros estãoJoão do Vale, Onildo Almeida, Rosil Cavalcante, Severino Ramos, Bastinho Calixto, Pedro Maranguape, Zé Mocó, Pedro Cruz, Dominguinhos, Sebastião Rodrigues e outros. Entre seus principais sucessos estão “A mulher do sanfoneiro”, “Danado de bom”, “Pagode russo”, “Nem se despediu de mim”, “Meu Araripe”, “Uma pra mim outra pra tu” e “Pra não morrer de tristeza”, que já teve cerca de 40 gravações. Como produtor, produziu discos de Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Jackson do Pandeiro entre outros. Atuou também como arranjador. Em 2006, o coco “Como tudo começou”, de sua autoria, foi gravado por Dominguinhos, no CD “Conterrâneos”.

Nos anos 2000, realizou a produção dos discos “Forró irresistível” e “Cara a cara”, do Trio Juriti, integrado então por Mestrinho e sua irmã Thais Nogueira.

Em 2009, sua composição “Cara a cara” foi interpretada pelo Trio Juriti no DVD “Festival Rootstock”.

Em 2012, participou da coleção tripla de CDs “Pernambuco forrozando para o mundo – Viva Dominguinhos!!!”, produzida por Fábio Cabral, cantando a música “Bodo bodocó”, de sua autoria com José Maria Marques. A coletânea trouxe forrós diversos interpretados por 48 artistas, e que fazem referência aos 50 anos de carreira do seu inspirador: Dominguinhos. Interpretando músicas de compositores em sua grande maioria pernambucanos, fizeram parte do projeto também artistas como Acioly Neto, Adelzon Viana, Dudu do Acordeon, Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Irah Caldeira, Liv Moraes, Hebert Lucena, Geraldo Maia, Sandro Haick, Spok, Jefferson Gonçalves, Chambinho, Joquinha Gonzaga, Maciel Melo, Luizinho Calixto, Silvério Pessoa, Walmir Silva, entre outros, além do próprio Dominguinhos.

Em 2016, o documentário “Danado de bom” contou sua trajetória pessoal e biográfica no cinema. Sob direção de Deby Brennand, o filme registrou a primeira vez em que João voltou ao sertão profundo, em uma viagem de Arcoverde, sua terra natal, até Crato, terra de Padre Cícero. Com exibições gratuitas em cidades do interior do país, trouxe depoimentos de Elba Ramalho, Dominguinhos e Genaro, entre outros, além de trechos narrados pelo próprio João.

 

 

 

Obras
A mulher do sanfoneiro (c/ Luiz Gonzaga)
A puxada (c/ Luiz Gonzaga)
Adeus a Januário (c/ Pedro Maranguape)
Amei à toa (c/ Joquinha Gonzaga)
Amigo velho tocador (c/ Zé Mocó)
Amor de rede João Silva
Arcoverde meu (c/ Luiz Gonzaga)
Aí tem (c/ Zé Mocó)
Bodo Bodocó c/ José Maria Marques
Briga à toa (c/ Guadalupe)
Cara a cara João Silva
Cego aderaldo (c/ P. Maranguape)
Chamego e xodó
Chateau do Dandão João Silva
Cintura de abelha (c/ P. Maranguape)
Crepúsculo sertanejo (c/ Rangel)
Danado de bom (c/ Luiz Gonzaga)
Danação de gamação (c/ Chico Xavier)
Dançador ruim (c/ Zé Mocó)
De fia a pavi (c/ Oseinha)
De olho na janela João Silva
De olho no candeeiro (c/ Zé Mocó)
Deixa a tanga voar (c/ Luiz Gonzaga)
Doidinho pra ver
Doutor do baião (c/ Luiz Gonzaga)
Duvide-o-dó (c/ Zé Mocó)
Dá licença pra mais um (c/ R. Evangelista)
Estou roendo sim (c/ Anatalicio)
Eu me enrabicho (c/ Pollyana)
Falar francamente João Silva
Faça isso não (c/ Geraldo Nunes)
Flor de lírio (c/ Luiz Gonzaga)
Forró amadurou (c/ Zé Mocó)
Forró de Ouricuri (c/ Luiz Gonzaga)
Forró de cabo a rabo (c/ Luiz Gonzaga)
Forró do bom (c/ Luiz Gonzaga)
Forró gostoso (c/ Luiz Gonzaga)
Forró no interior (c/ Oseinha)
Forró plic plá João Silva
Fruta madura (c/ Luiz Gonzaga)
Gamado até demais (c/ Sebastião Rodrigues)
Gandaeira
Garota Todeschini (c/ Luiz Gonzaga)
Intupidinho de amor (c/ J. B. de Aquino)
Judiou sem razão (c/ Zé Mocó)
Já era tempo (c/ Luiz Gonzaga)
Ladrão de bode (c/ Rui Moraes e Silva)
Laura (c/ Anatalício)
Lenha verde (c/ Luiz Gonzaga)
Madruceu o milho (c/ Sebastião Rodrigues)
Maria baiana (c/ Zé Mocó)
Meu Araripe (c/ Luiz Gonzaga)
Minhas desculpas (c/ Zé Mocó)
Morena bela (c/ Luiz Gonzaga)
Nem deu bola (c/ Zé Mocó)
Nem se despediu de mim (c/ Luiz Gonzaga)
Nem se despediu de mim c/ Luiz Gonzaga
No galpão da bulandeira (c/ K-boclinho)
Não foi surpresa (c/ João do Vale)
O galo já miudou (c/ Maranguape)
O vovó do baião (c/ Severino Ramos)
Olhos duidinhos (c/ Maranguape e Iranilson)
Outro amanhã será (c/ Luiz Gonzaga)
Pagode russo (c/ Luiz Gonzaga)
Passo fome mas não deixo (c/ Zé Mocó)
Piriri (c/ Albuquerque)
Pobre do sanfoneiro (c/ Luiz Gonzaga)
Pode morrer nessa janela (c/ Manoel Euzébio)
Pouco índio, menos Chico (c/ Zé Mocó)
Pra fungar e poeirar (c/ Maranguape)
Pra lá de bom (c/ Luiz Guimarães)
Pra que mais mulher (c/ Luiz Gonzaga)
Recado de velho (c/ Luiz Gonzaga)
Rodovia Asa Branca (c/ Luiz Gonzaga)
Sanfoninha choradeira (c/ Luiz Gonzaga)
Sangue nordestino (c/ Luiz Gonzaga)
Santo Antônio nunca casou (c/ Luiz Gonzaga)
Saudade de móio João Silva
Sequei os olhos (c/ Luiz Gonzaga)
São João sem futrica (c/ Luiz Gonzaga)
Taqui pra tu (c/ Luiz Gonzaga)
Toca pai (c/ Luiz Gonzaga)
Tá virando emprego (c/ Luiz Gonzaga)
Tô berrando (c/ Zé Mocó)
Um pra mim, um pra tu (c/ Luiz Gonzaga)
Umbuzeiro da saudade (c/ Luiz Gonzaga)
Vai ter zoeira
Vaqueiro véio (c/ J. B. de Aquino)
Viva meu padim (c/ Luiz Gonzaga)
Vou te matar de cheiro (c/ Luiz Gonzaga)
Vê se ligas pra mim (c/ Luiz Gonzaga)
Xote machucador (c/ Dominguinhos)
Zabumbeiro apaixonado c/ Cícero Lisboa
Zé do rock (c/ Raimundo Evangelista)
Ô xará (c/ Zé Mocó)