João Cavalcanti

Quando criança, participou de discos infanto-juvenis e jingles publicitários, que o levaram a gravar com Roberto Carlos.

Aos 18 anos integrou a banda Rodagente, que se propunha a fazer convergir música regional com guitarras e arranjos próximos ao rock.

Foi um dos fundadores do grupo Casuarina, em 2001, com o qual realizou shows dentro e fora do Brasil, dividindo o palco com vários artistas, dentre eles seu pai, o cantor e compositor Lenine, além de Alcione, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Dudu Nobre, Elza Soares, Maria Rita, Moska, Sandra de Sá e Zélia Duncan.

Em 2005 lançou, como cantor e percussinista do grupo Casuarina, o CD “Casuarina”, pela gravadora Biscoito Fino. E em 2007 o CD “Certidão”, também pela Biscoito Fino. Ambos foram indicados ao “Prêmio TIM de Música”, na categoria “Melhor Grupo de Samba”, e “Casuarina” recebeu o “Prêmio Rival Petrobrás”, na categoria “Melhor Grupo Musical”. Em 2009 lançou, com o Casuarina, os CD, DVD e Blu-Ray “MTV Apresenta: Casuarina”, pelo selo Sony/BMG. Por este trabalho, o grupo foi eleito “Melhor Grupo de Samba” no “21º Prêmio da Música Brasileira”.

Foi finalista do “Concurso Nacional de Marchinhas” por dois anos seguidos: em 2007 com a “Marcha da Descompostura” que ficou com o segundo lugar; em 2008 com “Maria do Cabelo Bom”, ficando na terceira colocação. Tornou-se jurado do concurso em 2010. Também participou do júri do 20º, 21º e 22º “Prêmio da Música Brasileira”.

Em 2010 participou do “48º Festival Villa-Lobos” e cantou com a Orquestra Petrobrás Sinfônica em homenagem ao cantor e compositor Braguinha, nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro.

Em 2012 participou, ao lado de Alfredo Del-Penho, Moyseis Marques e Pedro Miranda, do projeto “Segunda Lapa”, com os quais realizou uma temporada de shows no espaço Studio RJ, no Rio de Janeiro, com a participação dos músicos João Callado, André Vercelino e Marcos Basilio. Nesse mesmo ano lançou, pelo selo Warner Music, seu primeiro CD solo “Placebo”. O disco, produzido por Plínio Profeta, incluiu onze faixas de sua autoria, dentre as quais “Binário” (c/ Diego Zangado) “Mulato”, com participação de Pedro Miranda, “Demônios” (c/ Marcelo Caldi) e “Frevo do contra-êxodo”, que contou com a participação do grupo Casuarina. Realizou seu primeiro show solo no teatro do Oi Futuro Ipanema, no Rio de Janeiro. O repertório do show contou com músicas do disco “Placebo” e ainda “Cada lugar na sua coisa” (Sergio Sampaio), “Me adora” (Pitty), “Morena” (Tom Zé sobre motivo de domínio público), “Eco” (Jorge Drexler),“O ronco da cuíca” (João Bosco e Aldir Blanc), a inédita “Valsa do baque virado” (João Cavalcanti e Mário Adnet), entre outras.

Em 2013 participou do “Projeto Casulo”, promovido pela casa de shows Tom Jazz, em São Paulo, onde apresentou o show “Placebo”. Nesse mesmo ano apresentou o show “Placebo”, na casa Miranda, no Rio de Janeiro, com as participações da banda Casuarina e da cantora Roberta Sá.

Em 2014 apresentou-se, ao lado de Moyseis Marques e Pedro Miranda, na cerimônia da 25ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, homenageando o gênero Samba, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 2015 estreou, ao lado do músico Marcelo Caldi, o show “Garimpo”, com repertório de músicas autorais gravadas por outros intérpretes como “A causa e o pó” (c/ Lenine), “Dia lindo” (c/ Joyce Moreno), “Domingos” (c/ Zé Renato), “Na varanda da Liz” (c/ Plínio Profeta e Tiê), “O nego e eu”, entre outras.

Em 2016 lançou, com o grupo Casuarina, o CD “7”, com músicas autorais como “Ambidestra” (c/ Daniel Montes), “Chicala”, “Quando você deixar”, “Queira ou não queira” (c/ Alaan Monteiro), “Quiproquó” (c/ Moacyr Luz) e “Sumidouro” (c/ João Martins).

Em 2017 saiu do grupo Casuarina para dar prosseguimento a sua carreira solo. Nesse mesmo ano comandou, ao lado de Pedro Miranda, Alfredo Del-Penho, Luís Filipe de Lima, Bruno Barreto, Paulino Dias e Thiago da Serrinha, a roda de samba semanal “Samba da Gávea”, realizada sem amplificadores na Casa da Táta, no Rio de Janeiro.

Em 2018 lançou, pelo selo MP,B Discos/ Som Livre, o CD de voz e acordeom “Garimpo”, registro de estúdio do show homônimo, que estreou em 2015 ao lado do acordeonista Marcelo Caldi. O disco incluiu músicas autorais como “A causa e o pó” (c/ Lenine), “Consumido” (c/ Jorge Drexler), “Dia lindo” (c/ Joyce Moreno), “Domingos” (c/ Zé Renato), “Indivídua” (c/ Pedro Luís), “Na varanda da Liz” (c/ Plínio Profeta e Tiê), “Não sós”, “O nego e eu”, “Pêndulo” (c/ Cláudio Jorge). Nesse mesmo ano apresentou-se ao lado de seu pai, Lenine, na 29ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, interpretando “Congênito” em tributo a Luiz Melodia, o grande homenageado da noite. O CD “Garimpo”, em parceria com Marcelo Caldi, foi eleito pela crítica especializada do jornal O Globo um dos dez melhores discos de 2018.

Em 2019 lançou o EP “Samba mobiliado”, gravado ao vivo nos estúdios da gravadora Som Livre, com a participação dos músicos Alaan Monteiro (arranjos e bandolim), Gabriel de Aquino (violão), João Rafael (contrabaixo) e Thiago da Serrinha (percussão). O disco incluiu seis faixas, dentre as quais as inéditas “Moleque” (João Cavalcanti) e “Nó” (João Cavalcanti e Thiago da Serrinha).

Em 2022 lançou, em parceria com os músicos Alfredo Del-Penho, Moyseis Marques e Pedro Miranda, o álbum audiovisual “Desengaiola”. Com direção de Pedro Luís, o álbum foi gravado em 2020, em uma casa na qual os amigos e parceiros se reuniram para tocar e cantar suas músicas, dentre as quais “Alameda Palmares”, “Luz do meu terreiro”, “Diplomata” e “Nem misturado, nem junto”. Nesse mesmo ano lançou o CD “Ivone Rara – 100 Anos da Dona do Samba”, homenageando o centenário da cantora e compositora carioca. O disco contou com a produção de Marcelo Caldi, que trouxe para o repertório de Ivone Lara uma nova atmosfera com a participação dos músicos Adriana Holz (violoncelo), Claudia Elizeu (piano), Wanessa Dourado (violino e rabeca) e o próprio Caldi na sanfona.

No ano de 2023 ganhou o “Prêmio da Música Brasileira” na categoria “Projeto Especial” com a projeto audiovisual “Desengaiola”, ao lado de Alfredo Del-Penho, Moyseis Marques e Pedro Miranda.