4.673
Nome Artístico
Jamil Joanes
Nome verdadeiro
Jamil Joanes dos Santos
Data de nascimento
12/03/1952
Dados biográficos

Baixista. Compositor.

Em julho de 2022, amputou a perna por conta de uma trombose. Para custear a perna mecânica e a fisioterapia, foi lançada uma vaquinha para ajudar o músico

Dados artísticos

Iniciou a carreira como músico da Banda Black Rio, grupo carioca de estilo funk/soul-music formado em meados da década de 1970 com a junção de alguns integrantes dos conjuntos “Dom Salvador e Grupo Abolição” e “Impacto 8”. O grupo mesclava o funk a elementos da música de gafieira, resultando dessa mistura um som mais balançado e dançante. Antes de gravar o primeiro disco, fazendo parte do Movimento Black Rio, a banda apresentava-se em vários clubes suburbanos. Nestes bailes, a banda contava com dois cantores: Sandra de Sá e Carlos Dafé (na época, desconhecidos). Desse movimento de black music, faziam parte Tony Tornado, Carlos Dafé, Sandra de Sá, Don Salvador, Tim Maia, Tony Bizarro, Lady Zú, Gérson King Combo, Cassiano e Os Diagonais. Nesta banda, ao lado de Barrosinho, Luiz Carlos Batera. Oberdan Magalhães, Cristóvão Bastos, Lúcio e Cláudio Steverson, atuou como baixista e compositor no 1º disco “Maria Fumaça”, no qual foi incluído de sua autoria “Junia” e “Mr. Funky Samba”.

Em 1979 Jamil foi convidado pelo  pianista norte-americano George Duke para participar de seu álbum “A Brazilian Love Affair” lançado pela gravadora Columbia.

No ano de 1980, participou do “Festival MPB Shell”, da Rede Globo, no qual defendeu a música “Beatlemania”.

Em meados da década de 1980 formou um grupo de jazz-rock com Ricardo Silveira (guitarra), Zé Lourenço (teclados), Paul Lieberman (sax), Don Harris (trompete), Sérgio Souza (trombone) e André Tandetta (bateria), que se apresentava na boate carioca People.

Atuou em shows e estúdio com vários artistas, entre eles: Edu Lobo, Maria Bethânia, Gonzaguinha – com  quem tocou até a morte prematura do compositor em 1991, vítima de um acidente automobilístico – e João Bosco entre muitos outros.

Compositor, teve a música de sua autoria  “De Ombro” popularizada no meio musical pelo também baixista Arthur Maia. Em 2001, Cláudio Jorge gravou de sua autoria “Panela vazia” (c/ Cláudio Jorge) no disco “Coisa de chefe”, lançado pela Carioca Discos/Rob Digital.

Em 2003 foi lançado pela primeira vez em disco a gravação do show “Bicho baile show”, de Caetano Veloso. O show foi gravado ao vivo no ano de 1978, quando a Banda Black Rio (1ª formação) que acompanhava Caetano Veloso, iniciou a turnê desse show no teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro. O CD foi incluído em uma caixa intitulada “Todo Caetano”.

Durante os anos 2000, 2010 e 2020 continuou em plena atividade como músico, tanto na carreira instrumental como acompanhando artistas.

Discografias
2003 CD Bicho baile show

(Banda Black Rio e Caetano Veloso)

1980 Top Tape Compacto simples Beatlemania
1977 Atlantic/WEA LP Maria Fumaça
Obras
Junia
Mr. Funky Samba
Panela vazia (c/ Cláudio Jorge)
Shows
Caetano Veloso e Banda Black Rio, Teatro Carlos Gomes, RJ.
Bibliografia Crítica

ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.

AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.