Cantor. Compositor.
Nasceu no Rio de Janeiro e herdou de sua família o gosto pela música. Muitos dos Vogeler foram talentosos artistas, como o famoso compositor Henrique Vogeler, seu tio-avô, e o grande desenhista, Jorge Vogeler, seu pai, além do produtor e autor Dalton Vogeler, seu sobrinho.
Em 1929, gravou seu primeiro disco, pela Parlophon com a valsa “O pagão (Canção de amor)”, de N. H.Brown e o fox canção “Minha Tônia”, de Brwn, De Sylva e Henderson. Em 1930, transferiu-se para a Victor e lançou o samba “Loiras e morenas”, de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano. No mesmo ano, gravou as canções “Canção dos namorados”, de J. B. Cavalcânti e “Devaneios”, de C. Rodrigues e Lamartine Babo. Em 1931, gravou mais dois discos pela Parlophon com a canção “Abismo de amor” e o tango “Infeliz amor”, de Cândido das Neves e a valsa “Teu nome”, de Glauco Viana e o samba “Tu foste má”, Mário Lopes de Castro. No mesmo ano, trasferiu-se para a Odeon e lançou dois discos. No primeiro, gravou a marcha “Bonde errado”, de Lamartine Babo e o samba “Olha a crioula”, de Almirante e João de Barro e no segundo, a marcha “Não dou”, de Djalma Guimarães e o samba “Encurta a saia”, de Júlio Casado, Almirante e João de Barro. Estas composições foram premiadas respectivamente do primeiro ao quarto lugar no concurso para escolher as melhores músicas para o carnaval daquele ano. Ainda no mesmo ano, gravou com acompanhamento da Orquestra Copacabana a canção “Meu amorzinho foi-se embora”, de André Filho, o fox trot “Como é gostoso amar”, de Glauco Viana e Lamartine Babo e a marcha rancho “Gegê”, de Eduardo Souto e Getúlio Marinho.
Em 1932, gravou, também com acompanhamento da Orquestra Copacabana, o cateretê “Lá no sertão”, de Eduardo Souto e Eustórgio Vanderley e a reza de malandro “Samba nosso”, de Eduardo Souto e Benoit Certain. No mesmo ano, gravou a primeira composição de sua autoria, o samba “De você tenho saudade”, parceria com Américo de Carvalho. Em 1933, gravou duas composições de Assis Valente: a marcha “Felismina” e o samba “Acabei a paciência” com acompanhamento da Orquestra Copacabana. Gravou também as marchas “A verdade é essa”, de José Francisco de Freitas e “Vai haver o diabo”, de Benedito Lacerda e Gastão Viana e os sambas “Não sei o que vou fazer”, de Heitor dos Prazeres e “Até dormindo sorriste”, de Getúlio Marinho e Valdemar da Silva.
Em 1934, lançou mais três composições de sua autoria, os sambas “Triste despertar”, parceria com Kid Pepe e “Não sei porque” e a valsa “Suprema agonia”. No mesmo ano, gravou o samba “Promessa”, parceria com Max Bulhões e a marcha “Olha pro céu”, de Ciro de Souza. No ano seguinte, gravou a marcha “Tão boa”, de Nonô e Francisco Mattoso e os sambas “Quero evitar”, de Max Bulhões e Wilson Batista e “Vem rompendo a madrugada”, de Cristóvão de Alencar e Sílvio Pinto. Ainda no mesmo ano, gravou a valsa “Lela”, de Benedito Lacerda e Jorge Faraj e o samba “Cãozinho sem dono”, de Benedito Lacerda com acompanhamento da Orquestra Copacabana. Ainda em 1935, gravou um único disco pela Columbia com a marcha “Deixa essa gente falá” e o samba “Meu amor nunca foi da cidade”, da dupla Saint Clair Sena e Ronaldo Lupo. Em 1936, gravou a marcha “Onde você mora?”, de Valfrido Silva e Bonfíglio de Oliveira e o samba “Escola do amor”, de Valfrido Silva e Osvaldo Santiago. Ainda no mesmo ano, gravou com acompanhamento de Antenógenes Silva ao acordeom a valsa “A minha alucinação” o tango “Léa” e a marcha “Mulata sem sê-lo”, todas de Antenógenes Silva e Ernâni Campos.
Em 1937, lançou para o carnaval a marcha “Cuidado com essa morena”, de Nássara e Cristóvão de Alencar e o samba “Amar é muito bom”, de Zé Pretinho e Manoel Ferreira. No mesmo ano, gravou os sambas “Não fiz nada”, de Zé Pretinho e Roberto Martins, “Você precisa amar”, de Zé Pretinho e Valdemar Silva e “Eu fui fiel”, de Zé Pretinho e Manoel Ferreira. Em 1938, gravou seu último disco com a marcha “Você faz tudo”, de Antônio Almeida e o samba “Bem feito”, de Antônio Almeida e Léo Cardoso. Por essa época, começou a se afastar da carreira artística devido a problemas na garganta.
No ano seguinte, gravou pela RCA Victor o fox “Loiras e morenas”, de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano. Em 1931, gravou pela Parlophon a valsa “Abismo de amor” e o tango “Infeliz amor”, de Cândido das Neves, o Índio. Gravou 40 discos, sendo algumas composições suas, com 82 músicas ao todo, muitas das quais foram incluídas em seleções comemorativas do selo Revivendo, em LPs e CDs, a partir dos anos 1990.
(Com Antenógenes Silva)
(Com Antenógenes Silva)
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.
VASCONCELLO, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira – volume 2. Rio de Janeiro: Martins, 1965.