
Poeta. Payador bilíngüe. Compositor. Radialista.
Foi um dos fundadores da Estância da Poesia Crioula, que reuniu no final da década de 1950 um grupo de poetas tradicionais gaúchos. De 1959 a 1963 dirigiu a Biblioteca Pública estadual.
Poeta, payador bilíngüe, sem precedentes nesse gênero no Rio Grande do Sul. Deixou vários livros publicados e uma imensa produção de poesias e payadas, onde muito se perdeu por falta de registro. Improvisava com uma fluência rica em figuras e uma grande clareza de estilo.
Em 1954, publicou seu primeiro livro, “Galpão de estância”. Quatro anos depois lançou “De fogão em fogão”. Em 1965, publicou o livro “Potreiro de gauchos”. No ano seguinte, lançou mais três livros, “Bota de garrão”; “Brasil Grande do Sul” e “Paisagens perdidas”.
Muitas de suas poesias foram musicadas por grandes compositores, como é o caso de Noel Guarany, seu grande parceiro em clássicos como “Milonga das três bandeiras” e “Payador, pampa y guitarra”. Teve, também, diversas composições em parcerias com Pedro Ortaça gravadas pelo mesmo, como “Trovador negro”, “Milonga” e “Milonga para uma flor”. Em 1974, lançou o livro “Vocabulário pampiano”. Em 1990, lançou “Payador e troveiro”, que seria seu último livro.
Em 2000, o poeta matuto norte-riograndense radicado no Rio de Janeiro Geraldo do Norte gravou em seu segundo CD os poemas “Tio Anastácio” e “Seu Esmilindro”, além de um poema em homenagem ao poeta gaúcho intitulado “Tributo a Jaime Caetano Braum”, de sua autoria. No mesmo ano, teve a composição “Retrato do João Cuiudo”, parceria com Luiz Marenco, gravada por “Os Nativos”, lançada no CD “Galpão gaúcho”.
Em 2002, suas composições “Filosofia de andejo” e “Meus amores”, com Luiz Marrenco e “Final de seca”, com Leonel Gomes, além de “Décima do potro baio”, recolhida por ele do folclore gaúcho e adaptada por Noel Guarany foram gravadas por Luiz Marrenco no CD “Luiz Marrenco – Ao vivo”.