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Nome Artístico
Jacy Pacheco
Nome verdadeiro
Jacy Pacheco
Data de nascimento
27/11/1910
Local de nascimento
Rio de Janeiro
Data de morte
13/7/1989
Local de morte
Rio de Janeiro
Dados biográficos

Escritor. Poeta .

Bancário, líder sindical, depois servidor da Previdência Social no distrito de Monerá, município de Duas Barras, mas foi em Campos dos Goitacazes que cresceu e se revelou poeta e escritor. Justificou Jacy Pacheco sua ânsia de itinerário por ser filho de ferroviário (Gastão Mueller de Freitas Pacheco). Afora o aprendizado na banda escolar do Colégio Salesiano de Campos, de onde foi aluno bolsista estudando pistom, ao mesmo tempo Jacy manejava os teclados de máquinas de escrever e pianos à venda na Casa Pratt, uma grande loja onde seu expediente de empregado começava pela lavagem da calçada e espanação da mercadoria exposta.Os talentos musicais, pouco estudo e muita bossa de Jacy Pacheco era afirmados igualmente como “pianeiro” no cinema da cidade, ainda sem os recursos do som acoplado à imagem.

Dados artísticos

Autor de músicas e letras jamais gravadas, o reconhecimento começou a chegar com “Bancário, misérias de uma profissão”, que denunciava injustiças sociais e como poeta: “Planície”, depois “Itinerário”, poesia, livro premiado em 1972 (1º lugar) pela Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, do então Estado da Guanabara, prêmio este que valeu como consagração nacional porque sendo da Guanabara era do Brasil. Primo de Noel Rosa – o avô paterno de Jacy, Honório de Freitas Pacheco, era irmão de Rita de Cássia, avó materna de Noel – partiu das lembranças guardadas através do convívio quando das visitas do compositor a Campos para apresentações, as quais continuavam no rumo de Muqui, Cachoeiro do Itapemirim e Vitória. Roteiro que se repetia na volta com mais shows. De Campos, Noel voltava direto ao Rio, pelo trem da Leopoldina. Muitas vezes Jacy acompanhou o primo hospedando-se em Vila Isabel. Ambos com a mesma idade (1910), Jacy e Noel se entendiam muito bem. Houve muita participação do primo campista em fatos só por eles gostosamente presenciados, pois confirmavam o talento, a verve, a generosidade de Noel Rosa. Dessas lembranças pessoais e documentação exclusiva que possuía como bilhetes, cartas, músicas impressas que Noel remetia com dedicatória, saiu pelos idos de 1954, a biografia de Noel Rosa e sua Época, com prefácio de Álvaro Moreyra. Em 1958, pela Editora Minerva, lançou Jacy um segundo livro sobre Noel “O cantor da Vila”, novo sucesso de vendagem, para despeito de Almirante, que pretendeu ser o biógrafo mais autorizado do Cantor da Vila, a quem Hélio Rosa, seu único irmão, classificava como gigolô da imagem de Noel Rosa. Sobre Noel, Jacy escreveu ainda um livro de bolso de 63 páginas, intitulado “A Vida e os amores de Noel Rosa”, da Editora Cordel Ltda., composto e impresso na Gráfica O Cruzeiro, no Rio de Janeiro. Como primo e biógrafo de Noel, forneceu precioso material inédito para o livro de João Máximo. Foi membro do Conselho do MIS – Museu da Imagem e do Som.