Compositor. Cantor. Instrumentista (pianista).
Autodidata, aos 18 anos de idade começou a tocar bossa nova e jazz ao piano. Em 1969, graduou-se em Química pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Iniciou sua carreira artística em 1968, participando do Festival Universitário da TV Tupi, com a música “Até o amanhecer” (c/ Waldemar Correia).
No ano seguinte, sua canção “Madalena” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza) obteve grande repercussão na interpretação de Elis Regina.
Em 1970, classificou em 2º lugar no V Festival Internacional da Canção sua composição “O amor é o meu país” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza). Ainda nesse ano, foi contratado pelo Forma/Philips, através de Paulinho Tapajós, então diretor artístico do selo, lançando seu primeiro LP “Agora”. O disco registrou sua parceria com Ronaldo Monteiro de Souza em canções como “O amor é o meu país”, “Madalena” e “Salve, salve”, além da faixa-título, entre outras, e incluiu, ainda, suas composições “Minha história” (c/ Arthur Verocai e Paulinho Tapajós) e “Baby blue” (c/ Otávio Bonfá e Paulinho Tapajós).
Em 1971, gravou o LP “Deixa o trem seguir” (Forma/Philips), contendo exclusivamente músicas de sua autoria, como a faixa-título, além de “Que pena que eu tenho de você”, “Deus é dono” e “Onde batem as ondas do teu olhar”, todas em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza, à exceção da última citada. Nessa época, comandou o programa “Som Livre Exportação” (TV Globo), ao lado de Gonzaguinha e Aldir Blanc.
Em 1972, gravou o LP “Quem sou eu?” (Phonogram), com canções de sua autoria como “SQDQ”, “Se dependesse de mim”, “Você não sabe nada”, “Quarto escuro” (c/ Fagner), além da faixa-título e outras em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza.
Lançou, em 1974, o LP “Modo livre”(RCA Victor), registrando composições próprias como “Chega”, “Rei do carnaval” (c/ Paulo César Pinheiro) e “Tens (Calmaria)” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza), entre outras, e músicas de outros autores como “Avarandado” (Caetano Veloso), além de inaugurar o que viria a ser uma fértil parceria com Vitor Martins, com a canção “Abre alas”.
Em 1975, gravou o LP “Chama acesa” (RCA Victor), com músicas de sua autoria, como “Sorriso da mágoa”, “Nesse botequim”, “Chama acesa” (c/ Paulo César Pinheiro), “Palhaços e reis” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza) e “Corpos” (c/ Vitor Martins), entre outras.
Lançou, em 1977, o LP “Somos todos iguais nesta noite” (EMI-Odeon), registrando sua parceria com Vitor Martins em músicas como “Ituverava”, “Mãos de afeto”, “Dinorah, Dinorah”, além da faixa-título, entre outras, e suas canções “Aparecida” (c/ Mauricio Tapajós) e “Velho sermão” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza).
Em 1978, gravou o LP “Nos dias de hoje” (EMI-Odeon). No repertório, exclusivamente músicas escritas em parceria com Vitor Martins, como “Cantoria”, “Bandeira do Divino” e “Aos nossos filhos”, entre outras, além da faixa “Temporal” (c/ Vitor Martins e Gilson Peranzzetta).
No ano seguinte, lançou o LP “A noite” (EMI-Odeon), contendo parcerias com Vitor Martins em canções como a faixa-título, “Desesperar, jamais”, “Começar de novo” e “Antes que seja tarde”, entre outras, além de “Te recuerdo Amanda” (Victor Jara) e “A voz do povo” (João do Vale e Luiz Vieira).
Destacou-se como compositor, nos anos 1970, com as músicas “Abre alas”, “Somos todos iguais nesta noite” e “Começar de novo”, todas em parceria com Vitor Martins. Esta canção se tornaria um de seus maiores sucessos na interpretação de Simone.
Em 1980, gravou o LP “Novo tempo”, com destaque para a faixa-título e “Bilhete”, entre outras parcerias com Vitor Martins, além de “Coração vagabundo” (Caetano Veloso).
No ano seguinte, lançou o LP “Daquilo que eu sei”, em que registrou parcerias com Vitor Martins, como na faixa-título, entre outras, além de suas canções “Brás de Pina” (c/ Gilson Peranzzetta) e “Lembrança” (c/ Gilson Peranzzetta e Vitor Martins).
Em 1983, gravou o LP “Depois dos temporais”, registrando canções de sua autoria, como “Meu piano”, “Estória de amor” e “Depois dos temporais” (c/ Vitor Martins), entre outras, além de “Loucas de maio” (Vitor Martins, Gilson Peranzzetta e Chico Curzio).
Em 1984, comemorando 10 anos de parceria com o letrista Vitor Martins, lançou o LP “Juntos”, que registrou regravações de sucessos da dupla, como “Bilhete”, “Somos todos iguais nesta noite”, “Novo tempo” e “Começar de novo”, entre outras, além da versão de Patti Austin para “Daquilo que eu sei” (“Believe what I say”) e da canção inédita “Juntos”.
A partir de 1985, começou a realizar turnês no exterior. O reconhecimento internacional gerou a criação de uma editora nos Estados Unidos, a Dinorah Music, ligada à produtora de Quincy Jones, e a gravação de suas músicas por artistas como George Benson, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Carmen MacRae e Barbra Streisand, além de Quincy Jones.
Em 1986, gravou o LP “Ivan Lins”, em que registrou canções escritas em parceria com Vitor Martins, como “Vitoriosa”, “Luas de Pequim” e “Sonhos”, entre outras, além de “Beijo infinito” (c/ Heitor TP e Vitor Martins).
No ano seguinte, gravou o LP “Mãos”, registrando parcerias com Vitor Martins, com destaque para as canções “Vieste” e a faixa-título, entre outras.
Em 1988, lançou o LP “Love dance”, todo em inglês, e, com Djavan e Patti Austin, o LP “Brazilian knights and a lady”.
No ano seguinte, gravou o LP “Amar assim”, mais uma vez registrando sua parceria com Vitor Martins, em canções como “Ainda te procuro”, “Trinta anos” e a faixa-título, entre outras.
Comemorando 20 anos de carreira, realizou, em 1990, uma turnê pelo Brasil, e lançou, no ano seguinte, o LP “20 anos, ao vivo”. No repertório, composições próprias e de outros autores, com destaque para o “Hino à Bandeira Nacional” (Francisco Braga e Olavo Bilac).
Em 1991 fundou, em sociedade com Vitor Martins, a gravadora Velas, com o objetivo de registrar novos talentos da música popular brasileira, tendo sido responsável pelo lançamento de artistas como Guinga, Chico César, Lenine e Belô Veloso, entre outros.
Em 1993, lançou no Brasil, Estados Unidos, Japão e Europa o CD “Awa yiô”, novamente registrando sua parceria com Vitor Martins, com destaque para “Meu país”, além da parceria da dupla com Aldir Blanc em “Clareou” e “Leva e traz (Elis)”.
Dois anos depois, lançou o CD “A doce presença de Ivan Lins”, contendo, mais uma vez, suas canções com Vitor Martins como “Doce presença”, “Amor” e “Bilhete”, entre outras. Ainda nesse ano, gravou o CD “Anjo de mim”, registrando composições próprias como a faixa-título (c/ Vitor Martins), “Pra alegrar coração de moça” (c/ Salgado Maranhão) e “Camaleão” (c/ Vitor Martins e Aldir Blanc), entre outras, além das canções “Desde que o samba é samba” (Caetano Veloso) e “Vinte anos blues” (Sueli Costa e Vitor Martins).
Em 1996, gravou um CD ao vivo em Cuba, com Chucho Valdés e a banda Irakere. O disco registrou canções de sua autoria como “Lua soberana” (c/ Vitor Martins) e “Confins” (c/ Vitor Martins e Aldir Blanc), entre outras, além das músicas “La explosion” (Chucho Valdés) e “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
No ano seguinte, gravou o CD duplo “Viva Noel – Tributo a Noel Rosa”, com a participação de vários convidados, registrando 40 canções do compositor de Vila Isabel, como “Gago apaixonado”, “Feitio de oração” e “Onde está a honestidade”.
Em 1999, lançou o CD “Live at MCG”, contendo canções de sua autoria e de Vitor Martins, como “Somos todos iguais nesta noite” e “Começar de novo”, entre outras, além de músicas de outros autores, como Gilberto Gil (“Aquele abraço”) e Noel Rosa (“Feitio de oração”). Ainda nesse ano, gravou o CD “Um novo tempo”, só de canções de natal, algumas de sua autoria como “Festas” (c/ Aldir Blanc) e “Um natal brasileiro” (c/ Tavinho Daher), e outras de autores como Assis Valente (“Boas festas”) e Celso Viáfora (“Papai Noel de camiseta”). Também em 1999, registrou em CD a trilha sonora do filme “Dois córregos”, que incluiu músicas de sua autoria, como “Encontro dos rios” e “Ana Paula”, além de composições de autores como Schumann (“Valsa Chopin”) e Mário Gennari Filho (“Velho romance”).
Em 2000, lançou o CD “A love affair – The music of Ivan Lins”. Ainda nesse ano, gravou o CD “A cor do pôr do sol”, diversificando sua parceria com autores como Dudu Falcão (“Vento e areia”) e Celso Viáfora (a faixa-título), entre outros, além de incluir canções de Caetano Veloso (“Lua de São Jorge”) e Chico César (“Mulher eu sei”). Nesse mesmo ano, apresentou-se em Belo Horizonte (MG) e no Canecão (RJ), com o show “A cor do pôr do sol”, em comemoração aos 30 anos de sua carreira artística. O espetáculo, dirigido por Túlio Feliciano, contou com a participação dos músicos Teo Lima (bateria e direção musical), Nema Antunes (contrabaixo), Marco Brito (teclado), José Carlos (violão, guitarra e cavaquinho) e Tavinho Menezes (violão e guitarra), além dos cantores Martinália, Márcio Lott, Nina Pancevsky, Renata Moraes e Ronaldo Barcelos (backing vocals).
Em 2001, lançou o CD “Jobiniando”, em homenagem a Tom Jobim. Em comentário sobre o disco, o crítico musical Marco Antônio Barbosa afirmou: “Como cantor, Ivan está mais suave do que nunca, abandonando os tons altos e adequando sua performance ao clima sutil das melodias de Jobim”. No repertório, as canções do maestro “Vivo sonhando”, “Inútil paisagem” (c/ Aloysio de Oliveira), “Samba do avião”, “Bonita” (c/ Ray Gilbert), Este seu olhar”, “Caminhos cruzados” (c/ Newton Mendonça), “Eu sei que vou te amar” (c/ Vinicius de Moraes) e “Dindi” (c/ Aloysio de Oliveira), além de “Time after time” (Sammy Cahn e Jule Styne) e de suas composições “Acaso” (c/ Abel Silva), “Soberana rosa” (c/ Vitor Martins e Chico César), “Rio de maio” (c/ Celso Viáfora), “She walks this earth” (c/ Vitor Martins e Chico César, vrs. Brenda Russell) e a faixa-título (c/ Martinho da Vila).
Em 2002, lançou o CD “Love songs – A quem me faz feliz”, produzido por Roberto Menescal. No repertório, suas canções “Lua do Arpoador” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza), “Visionários” (c/ Celso Viáfora), “A quem me faz feliz” (c/ Abel Silva), “Fogueiras” (c/ Vítor Martins), “Ti amo” (c/ Vítor Martins, em versão de Max de Tomassi), e “Love dance” (c/ Gilson Peranzzetta e Paul Williams), essa última com a participação da cantora Jane Monheit, além de “Insensatez” (Vinícius de Moraes e Tom Jobim), “Ex-amor” (Martinho da Vila), “Love” (John Lennon), “Só para ganhar você”, versão de Celso Viáfora para “My cherie amour” (S. Wonder, S. Moy e H. Crosby), “All the things you are” (Oscar Hammerstein II e Jerome Kern), “Esta tarde vi llover” (Armando Manzanero), “She” (Charles Aznavour e Herbert Kretzmer) e “Plus fort que nous” (Pierre Barouh e Francis Lai), essa última com a participação de Wanda Sá.
Em 2004, lançou o CD e DVD “Cantando histórias”, registrando clássicos de sua carreira, como “Abre-alas”, “Aos nossos filhos”, Cartomante”, “Bandeira do divino” e “Saindo de mim”, em parceria com Vítor Martins, além de outras canções como “Samba da paz” e “O tempo me guardou você”, ambas com Celso Viáfora. O disco foi produzido por Moogie Canazio e contou com a participação de Zé Carlos (violão, guitarra, cavaquinho), Leo Amoedo (violão, guitarra), Marco Brito (teclados), Nema Antunes (contrabaixo), Theo Lima (bateria) e Layse Sapucaí (percussão).
Em 2005, fez show de lançamento do CD e DVD “Cantando histórias” no Teatro Rival BR. Nesse mesmo ano, assinou sua primeira parceria com Chico Buarque, “Renata Maria”, para disco de Leila Pinheiro intitulado “Hoje”. Também em 2005, levou o show “Cantando histórias” para o Canecão (RJ). Ainda nesse ano, gravou, com arranjo próprio, nova versão do “Hino do Fluminense” (Lamartine Babo), em ritmo de marcha-rancho, para o Forum Permanente de Cultura Tricolor. Ainda nesse ano, foi contemplado com o Grammy Latino, nas categorias Melhor Álbum do Ano (pela primeira vez concedido a um disco cantado em português) e Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, pelo CD “Cantando histórias”. A premiação foi dedicada pelo artista a “todos os músicos do mundo que seguem fazendo canções que trazem paz para os corações das pessoas neste momento de tanta violência no planeta”. Também em 2005, foi homenageado pelo trio vocal feminino Folia de Três com o CD tributo “Pessoa rara – Ivan Lins – 60 anos”, inteiramente dedicado à sua obra como compositor. O disco incluiu a inédita “Canção quase duas” (c/ Lya Luft).
Em 2006, apresentou-se no Festival de Jazz da República Dominicana. Nesse mesmo ano, lançou o CD autoral “Acariocando”, contendo 13 canções inéditas, entre as quais “Antídotos” e a faixa-título, ambas com Aldir Blanc, “A gente merece ser feliz” (c/ Paulo César Pinheiro), “Passarela no ar” (c/ Abel Silva), “Prece ao samba” (c/ Nei Lopes), “Deus é mais” (c/ Dona Ivone Lara), “Se acontecer” (c/ Lenine) e “Lar doce lar”, além de “Renata Maria”, sua primeira parceria com Chico Buarque. Também em 2006, Celso Viáfora registrou no CD “Nossas canções” (EMI), as seguintes parcerias de ambos: “Todomundo”, “Diplomação”, “Encontro dos rios”, “Atlântida”, “Duas e quinze”, “Emoldurada”, “Rio de Maio”, “A cor do pôr-do-sol”, “Veneziana” e “Nada sem você”, esta última com a participação também de Ivano Fossatti.
Em setembro de 2007, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série “Sarau da Pedra”, projeto realizado com patrocínio da Repsol YPF e apoio da gravadora Biscoito Fino. No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto, diante da presença de várias personalidades da cena cultural carioca, uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical. Produzida por Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, a comemoração contou com palestra proferida pelo crítico musical Hugo Sukman, além de um show do grupo Folia de 3, formado pelas cantoras Marianna Leporace, Cacala Carvalho e Eliane Tassis, acompanhadas pelo pianista Fernando Merlino, com músicas de autoria do compositor homenageado. Ainda em 2007, participou da gravação ao vivo do projeto “Cidade do Samba” (CD e DVD), de Zeca Pagodinho e Max Pierre, apresentado por Ricardo Cravo Albin, interpretando em dupla com Mariana Aydar “Desesperar jamais”, de sua parceria com Vitor Martins.
Em 2008, lançou o CD e DVD “Saudades de Casa”, gravado ao vivo em estúdio, contendo sucessos como “Daquilo que eu sei” e “Depende de nós”, a ainda duas canções inéditas: “Debruçado”, parceria com Gonzaguinha, composta em 1969, que contou com a participação de Daniel Gonzaga, e “Boa nova” (c/ Celso Viáfora e Beto Betuk).
Lançou, no ano seguinte, o CD “Ivan Lins e The Metropole Orchestra”, gravado em Amsterdã, com a participação do compositor e arranjador Vince Mendoza conduzindo a orquestra holandesa. No repertório, “Daquilo que eu sei”, “Formigueiro”, “Arlequim desconhecido”, “Começar de novo”, “Ai, Ai, Ai, Ai, Ai” e “Lua soberana”, todas com Vitor Martins, “A gente merece ser feliz” (c/ Paulo César Pinheiro), “Let Us Be Always” (c/ Ronaldo Monteiro de Souza e Carole King), “Art of Survival”, versão em parceria com Vitor Martins para a canção de Brock Walsh, e “É ouro em pó”, além de “O fado” (Paulo de Carvalho e Dulce Pontes). O disco contou com a participação de Stefano de Batista (na faixa “Lua soberana”), Trijntje Oosterhuis (nas faixas “Let Us Be Always” e “Art of Survival”) e Paulo de Carvalho (na faixa “O fado”).
Comemorando 40 anos de carreira, lançou, em 2010, o CD “Íntimo”, produzido pelos holandeses Ruud Jacobs e Rob van Weelde. O disco, gravado em estúdios da Holanda e da Bélgica, ao lado de Leonardo Amuedo (violão e guitarra), Nema Antunes (baixo), Marcelo Martins (sax e flauta) e Téo Lima (bateria e percussão), registrou a participação do naipe de cordas da Radio Philarmonic Orchestra, e de outros parceiros internacionais, como o uruguaio Jorge Drexler, a americana Jane Monheit, a holandesa Laura Fygi e o espanhol Alejandro Sanz. No repertório, “Tanto amor”, “Arrependimento”, “Nosso acalanto”, “E a gente assim tão só”, “Bilhete” e “Meu espelho”, todas com Vitor Martins, “Rio Sun” (c/ Vitor Martins e Brenda Russel), “Llegaste” (vrs. De Luis Pastor Rodriguez para “Vieste”), “Le dernier mot” (vrs. De Celine Righi para “Bilhete”) e “Crystal Clear” (vrs. De Jane Monheit para “Meu espelho”), todas parcerias com Vitor Martins, “That’s Love” (c/ Alvin Chea), “Tchau, tristeza” (c/ Claudio Lins e Vitor Martins), “Sou eu” (c/ Chico Buarque), “Acaso” (c/ Abel Silva), “No tomorrow” (vrs. De Peter Eldridge para “Acaso”), “Dandara” (c/ Francisco Bosco), “Diadema” (c/ Jorge Drexler), “A cor do pôr-do-sol” (c/ Celso Viáfora) e “Mãos de fada (Para Valéria)”. O disco contou com a participação especial de Trijntje Oosterhuis, Take 6, Alejandro Sanz, Till Brönner, Jorge Drexler, Laura Fygi e Jane Monheit. Nesse mesmo ano, foi lançada a coletânea “Ivan Lins”, da série “Perfil”.
Lançou, em 2012, o CD “Amorágio”, contendo suas canções “Roda baiana”, “Quem me dera” e “Atrás poeira”, todas com Vitor Martins, “Quero falar de amor” (c/ Vitor Martins e Ivano Fossatti), “X no calendário” (c/ Vitor Martins e Pedro Luís), “Carrossel do bate-coxa” (c/ Claudio Lins), “Fado Saramago” (sobre poema de José Saramago), “Olhos pra te ver” (c/ Gilson Peranzzetta), “Sou eu” (c/ Chico Buarque), “Amorágio” (c/ Osny Mello e Salgado Maranhão) e “E isso acontece”, esta de sua exclusiva autoria. O disco, produzido por Rodrigo Vidal, contou com a participação especial de Maria Gadú (na faixa “Quem me dera”), Antônio Zambujo (na faixa “Fado Saramago”), Pedro Luís (na faixa “X no calendário”), Fioravante e Guimarães (na faixa “Atrás Poeira”) e Tatiana Parra (na faixa “Amorágio”). Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do CD na casa Miranda (RJ). Também nesse ano, a cantora Carol Saboya gravou o CD “Belezas”, dedicado à sua obra e à obra de Milton Nascimento. Ainda em 2012, o CD “Amorágio” foi indicado ao “XIII Grammy Latino”, na categoria Melhor Álbum MPB.
Em 2013, a Banda Guanabara, grupo formado por Marco Brito (teclados), Nema Antunes (contrabaixo), Leo Amuedo (guitarra), Marcelo Martins (sax tenor e soprano) e Teo Lima (bateria e percussão), que vem acompanhando o compositor em shows e gravações, lançou o CD “Banda Guanabara”, registrando em versão instrumental as seguintes composições de sua autoria: “Orozimbo e Rosicler”, “Novo tempo”, “Velas içadas”, “Bilhete”, “Roda Bahiana” e “Dinorah, Dinorah”, todas com Vitor Martins, “Setembro” (c/ Gilson Peranzzetta e Vitor Martins), “Missing Miles” e “4 X 3”. Nesse mesmo ano, participou do show de lançamento do disco no Teatro Rival Petrobras. No dia 7 de agosto de 2013, apresentou-se no Teatro R. Magalhães Jr, na Academia Brasileira de Letras (RJ), com o show “Ivan, um Mestre da MPB”, pelo projeto “MPB na ABL”, com roteiro e apresentação de Ricardo Cravo Albin. Participou, também nesse ano, do Rock in Rio, dividindo o palco com George Benson. Ainda em 2013, o CD “InventaRio incontra Ivan Lins” foi lançado no Brasil pela Biscoito Fino.
Em 2014, o artista João Senise lançou disco em homenagem “Abre Alas – Canções de Ivan Lins”, pela gravadora Fina Flor. O CD contou com 14 faixas, entre elas regravações de alguns sucessos como “Abre alas” (c/ Vitor Martins), “Bilhete” (c/ Vitor Martins), “Dinorah, Dinorah” (c/ Vitor Martins), “Doce presença” (c/ Vitor Martins), “Madalena” (c/ Ronaldo Monteiro), “Dois córregos” (c/ Caetano Veloso), “Lembra de mim” (c/ Vitor Martins), “Daquilo que eu sei” (c/ Vitor Martins), “Setembro” (c/ Gilson Peranzzetta), “Vitoriosa” (c/ Vitor Martins) e “Ai, ai, ai” (c/ Vitor Martins), e outras músicas menos conhecidas como “Virá” (c/ Vitor Marins e Gilson Peranzzetta), “Olhos pra te ver” (c/ Gilson Peranzzetta) e “Art of survival” (c/ Vitor Martins e Brock Walsh). A direção e produção musical do trabalho foram assinadas pelo maestro, arranjador e pianista Gilson Peranzzetta. O artista acompanhou o projeto desde a sua concepção, e participou como cantor convidado em duas faixas: “Ai ai ai”, com também participação da Orquestra de Sopros e Percussão do Cerrado, sob regência do maestro Claudio Antunes, e em “Setembro”. O disco também contou com outras paricipações especiais como Leila Pinheiro na faixa “Madalena”; Zélia Duncan em “Lembra de mim”, Dori Caymmi cantando “Doce presença” e Leo Jaime em “Dinorah, Dinorah”.
Em 2015, apresentou-se no Rock in Rio, no show de abertura do festival, que celebrava seus 30 anos de existência. No repertório de sua participação, “Depende de nós” e “Um novo tempo” (em versão rock n´roll).
No mesmo ano, concorreu e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Album de MPB com o disco “América, Brasil”.
Com produção de Marcelo Fróes, em 2016, foi lançada a caixa “Ivan Lins – anos 70”, com 3 CDs. Os dois primeiros trouxeram registros de shows realizados em 1975, em Curitiba e em São José do Rio Preto. O último, gravado em estúdio, é de 1978. Os três discos relembraram a fase de fortalecimento do músico no cenário nacional. No repertório, “Abre alas”, “Opinião”, “Fala”, “Corpos”, “Nesse botequim”, “Deixa eu dizer”, “Francamente”, “Não há porque”, dentre outras.
Em 2017, apresentou-se no Imperator, no Rio de Janeiro, com show cujo repertório incluiu seus maiores sucessos.
Em 2018 se juntou a cantora Simone para apresentarem o espetáculo inédito intitulado “Eterno Recomeço” que estreou na casa Citibank Hall, na cidade de São Paulo (SP). O show foi dirigido pela cantora Zélia Duncan. Este seria o segundo show da série Encontros, iniciada em 2016 pela empresa Time for Fun com o espetáculo que reuniu Paulinho da Viola com Marisa Monte, Simone encontra Ivan Lins.
No repertório, Simone mostra suas versões para músicas de Ivan Lins que foram eternizadas na voz de Elis Regina (“Aos nossos filhos”), Fafá de Belém (“Bilhete”), Nana Caymmi (“Mudança dos ventos”). Segundo a cantora, a escolha do repertório foi um processo cauteloso e corajoso, pois muitas das versões são de músicas que foram antes gravadas e consagradas. Para o cantor, Simone teria tido coragem para escolher o repertório com essas canções, que segundo ele seriam as que justamente haviam tido gravações e sucessos definitivos.
Em 2018 lançou, com Gilson Peranzzetta, pelo selo “Fina Flor”, o álbum “Cumplicidade”, resultado de uma turnê realizada pela dupla em 2017. O álbum registrou parte do repertório no qual Ivan Lins e Peranzzetta trabalharam juntos durante muitos anos. Entre as canções incluídas estão “Abre Alas”, “Começar de Novo”, “Setembro”, “Temporal” “Lua Soberana”, “Love Dance”, “Antes que seja tarde”, Lembra de mim”, “Madalena”, “Vitoriosa”, “Somos todos iguais esta noite”, “Ai, ai, ai, ai, ai” e “Dinorah”. Quase todas as músicas gravadas tiveram a autoria de Ivan Lins e Vitor Martins. “Temporal” teve coautoria dos dois com Gilson Peranzzetta, que também compôs, com Ivan, “Love dance”. “Madalena” foi a exceção, com autoria de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza.
Em 2019 lançou, com o grupo capixaba Brasilidade, o álbum “Meu País”. O repertório do trabalho foi construído comclássicos do repertório de Ivan Lins com arranjos do grupo, tais como “Vitoriosa”, “Meu País”, “Lembra de Mim”, “Dinorah Dinorah”, “Depois dos Temporais” e “Madalena”. O álbum foi o resultado de trabalhos em conjunto acontecidos desde 2015. O grupo “Brasilidade” teve, neste trabalho, os músicos Bruno Santos (trompete e flugelhorn), Roger Rocha (saxofones soprano, alto e tenor), Marcelo Martins (saxofone tenor), Daniel Freire (saxofone barítono), Rafael Rocha e Joabe Reis (trombone), Hugo Maciel (baixo elétrico) e Renato Rocha (bateria).
Em se apresentou, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro(RJ), acompanhado pela Orquestra Atlântica”. No repertório, as canções clássicas do compositor. No mesmo mês e ano, concedeu entrevista ao segundo caderno do Jornal O Globo de 21/05/2023 no qual falou sobre as dificuldades de remuneração por parte das plataformas de streaming. Na entrevista para o jornalista Ricardo Ferreira, ao ser perguntado se os direitos autorais não estariam mais resguardados com as plataformas, deu a seguinte resposta: “Não, pelo contrário. Eu ganho muito pouco de direito autoral. Quando as plataformas surgiram, elas procuraram as gravadoras atrás dos catálogos de música. Ambos se acertaram e ficaram com 80% dos direitos. Ficamos no final da fila. Nós produzimos material para eles ganharem dinheiro. É muito desigual. Minha aposentadoria foi para o espaço e eu tenho mais de 700 títulos gravados(…)”. No mesmo ano teve parceria inédita com Gilson Peranzzetta em homenagem a Leny Andrade apresentada em show de tributo à cantora no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (RJ).
Em 2024 começou a gravar o primeiro álbum de inéditas em mais de dez anos no estúdio Gargolândia, em Alambari (SP). No mesmo estúdio começou a ser gravado um documentário sobre o compositor dirigido pelo jornalista Hugo Suckman. Ainda em 2024 entrou em estúdio para gravar uma participação em álbum de Francis Hime na parceria “Imaginada”(Francis Hime, Olivia Hime e Ivan Lins). A produção musical foi de Paulo Aragão.
Com a banda Brasilidade
Com Gilson Peranzzetta
(Tributo:) Folia de Três
(Tributo:)
(Coletânea:)
(c/Djavan, Patti Austin)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.
AMARAL, Euclides. O Guitarrista Victor Biglione & a MPB. Rio de Janeiro: Edições Baleia Azul, 2009. 2ª ed. Esteio Editora, 2011. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
COSTA, Cecília. Ricardo Cravo Albin: Uma vida em imagem e som. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2018.