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Nome Artístico
Irineu Batina
Nome verdadeiro
Irineu Gomes de Almeida
Data de nascimento
circa 1873
Local de nascimento
Rio de Janeiro
Data de morte
circa 1916
Local de morte
Rio de Janeiro
Dados biográficos

Compositor. Oficlidista. Trombonista e executante de bombardino.

Tornou-se conhecido por Irineu Batina, pois vestia invariavelmente uma sobrecasaca comprida. Foi amigo de Alfredo da Rocha Viana, pai de Pixinguinha, tendo freqüentado com assiduidade a chamada “Pensão Viana”, situada no Catumbi.

Dados artísticos

Integrou a Banda do Corpo de Bombeiros desde sua formação, em 1896,  atuando sob a regência do compositor Anacleto de Medeiros. Foi um dos freqüentadores do “Cavaquinho de Ouro”, ponto de encontro de chorões como Quincas Laranjeiras, Heitor Villa-Lobos, Luís de Souza, entre outros. Foi professor de Pixinguinha,  a quem convidou em 1911 a integrar a orquestra do Grupo Carnavalesco Filhas da Jardineira, rancho fundado em 1905.
Em 1906 obteve sucesso com o xote “Os olhos dela”, gravado na Odeon pala Banda da Casa Edson. Esta composição recebeu versos de Catulo da Paixão Cearense e foi regravada sete anos depois por Eduardo das Neves como uma modinha. Foi gravada também por Geraldo Magalhães, Artur Castro e Mário Pinheiro. Em 1913,  passou a atuar no grupo “Choro Carioca”,  participando da  primeira gravação  de Pixinguinha com  a obra “São João debaixo dágua”, tango de sua próprio autoria, onde atuava ao oficlide e Pixinguinha na flauta. 
Algumas de suas composições foram gravadas como  o tango “Morcego”, o xote “Os olhos dela”, a polca “Avenida beira-mar”, entre outras. Deixou mais de 30 obras impressas. São maiores sucessos foram “Os olhos dela”, “Dainéia” e “O meu ideal”. Teve ainda o xote “Princesa de cristal”, gravado pela Banda Escudero na Odeon, as polcas “Nininha”, “Dainéa” e o tango “São João debaixo dágua”, gravados pelo grupo Choro Carioca, entre 1910 e 1913. No mesmo período, gravou pela Favorite Record, ao oficleide a polca “Qualquer coisa”, de sua autoria. Em 1957, duas de suas composições, com letra de Catulo da Paixão Cearense, “O meu ideal” e “Os olhos dela” foram gravadas no LP “Catulo o poeta do sertão”, na voz de Paulo Tapajós, pela gravadora Sinter.

Discografias
S/D Favorite Record 78 Qualquer coisa
Obras
Albertina
Alzira
Avenida beira-mar
Bem te quero ou Nos céus, na terra, em tudo! (c/ Catulo da Paixão Cearense)
Carlotinha ou a A rosa apaixonada (c/ Catulo da Paixão Cearense)
Celestiais
Dainéia ou Vai, ó meu amor ao campo santo (c/ Catulo da Paixão Cearense)
Digitalis ou Lamentos (c/ Catulo da Paixão Cearense)
Inocente desejo
Irene
Jaci
Lambadinhas
Maria Eugênia
Mariana
Meu ideal
Meu jasmineiro
Morcego
Nininha
Os olhos dela
Princesa de cristal
Qualquer coisa
Quando meu peito não gemer mais nunca
Romper da aurora
Ruth
Susana
São João debaixo d'água
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

MARIZ, Vasco. A canção brasileira. Editora: MEC. Rio de Janeiro, 1956.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Editora: 34. São Paulo, 1997.