
Cavaquinista. Compositor.
Aos oito anos de idade, a família transferiu-se de Mata Grande, Alagoas, para a cidade de Pedra de Delmiro Correia, onde ainda menino conheceu o cavaquinista Quincas. Vendo seu interesse pelo instrumento, o pai o presenteou com um cavaquinho.
Segundo declarou no encarte de um disco seu pela gravadora especializada em choro, Acari Records: “Foi o maior presente que já recebi, mesmo só com três cordas. Foi num dia de sábado às dez horas da manhã. Me tranquei num quarto e só fui parar de tocar às 16 horas. Meu professor foi o rádio”.
Na adolescência, atuou profissionalmente como músico de banda e integrante de grupos vocais.
Em 1939, com apenas 15 anos de idade, participou da Jazz Banda de Delmiro Gouveia, na qual permaneceu até 1942.
No ano de 1943, fazendo parte do grupo Ases do Demônio, apresentou-se na Rádio Difusora de Sergipe.
Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi apresentado a grandes figuras da música brasileira como Orlando Silva, Sinval Silva, Geraldo Pereira, Cyro Monteiro, Ataulfo Alves, entre outros.
Trabalhou como acompanhante de cantores famosos na época, como Ataulfo Alves. Trabalhou durante um ano no regional de César Moreno até constituir seu próprio conjunto, que contava com Arthur Duarte (violão de sete cordas), Lincoln (violão) e Luna (pandeiro). Com este regional, atuou em várias estações de rádio e gravou seu primeiro disco no selo Star, em 1950.
No ano de 1952, convidado por Dante Santoro, ingressou na Rádio Nacional, onde permaneceu por mais 22 anos.
No ano de 1954, foi contratado pela Columbia, gravando oito discos 78 rpm. No ano seguinte, gravou dois LPs na Polydor e um no selo Albatroz. Em 1968, foi diretor musical do espetáculo “Carnavália”, no qual a cronista Eneida e os cantores Blecaute, Nuno Roland e Marlene cantavam e contavam os maiores sucessos dos carnavais brasileiros de todos os tempos. O espetáculo, com direção de Paulo Afonso Grissolli e Sidney Miller, foi gravado (ao vivo) pelo Museu da Imagem e do Som, do qual resultaram dois LPs produzidos por Ricardo Cravo Albin.
Ao completar 60 anos de carreira, realizou a gravação de seu primeiro CD. Neste trabalho participaram músicos como Álvaro Carrilho, Edgard Duvivier, Jorginho do Pandeiro, Luciana Rabello, Maurício Carrilho, Paulo Sérgio Santos, Pedro Amorim, Zé da Velha, entre outros.
Em 2001, foi um dos jurados do “Chorando no Rio”, festival de choro realizado na Sala Cecília Meirelles, com produção do Museu da Imagem e do Som e Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, transmitido ao vivo para todo o Brasil pela TVE, com roteiro e apresentação de Ricardo Cravo Albin.