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Nome Artístico
Ibrahim Sued
Nome verdadeiro
Ibrahim Sued
Data de nascimento
23/6/1924
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
1/10/1995
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Jornalista. Colunista social. Compositor. Filho de imigrantes árabes, nasceu muito pobre na cidade do Rio de Janeiro. Na década de 1940, foi companheiro de boemia de nomes como Carlinhos Niemeyer, Sergio Porto, Paulo Soledade e Heleno de Freitas, com os quais fundou o Clube dos Cafajestes. Iniciou a carreira jornalística como repórter fotógrafico em 1946, e ganhou fama ao cobrir a visita do general, comandante das tropas aliadas na segunda guerra mundial e futuro presidente norte-americano, General Eisenhower ao Brasil. Na ocasião, fez uma foto em que o político baiano Otávio Mangabeira parecia beijar a mão de Eisenhower, o que serviu de combustível para as críticas dos que na época combatiam o que chamavam de servilismo brasileiro em relação aos Estados Unidos. Como colunista social, causou polêmicas com suas listas das dez mais: as dez mais belas mulheres, as dez mais elegantes e as dez melhores anfitriãs da sociedade carioca. Em 1951, passou a trabalhar no jornal “A Vanguarda”. Em 1954, passou a atuar no jornal “O Globo”, onde se destacaria. Cunhou expressões que se tornaram marcantes como “De leve”, “Sorry periferia”, “Depois eu conto”, “Bola Branca”, “Bola Preta”, e “Ademã”, entre outras. Foi homenageado em 2003 com uma estátua em frente ao Hotel Copacabana Palace, no bairro carioca de Copacabana.

Dados artísticos

Sua participação na música popular é restrita, devendo-se ao que tudo indica, conforme muito se fazia nos anos 1950, entrar em parcerias para, utilizando seu nome de jornalista, divulgar as obras. Em 1955, foi acusado de plágio do samba “Decepção” por uma autora paulista em caso que tomou as páginas dos noticiários mas que não chegou a resultar em nenhuma condenação. Em 1956, fez com Mário Jardim a canção “Amor não é brinquedo” lançada por Cauby Peixoto no LP “O show vai começar”. Nesse ano, fez com Mário Jardim o samba-canção “Se um dia”, gravado por Ester de Abreu na RCA Victor. No mesmo ano, o samba “Decepção”, parceria com Mário Jardim, foi gravado por Neusa Maria na Sinter, e o samba “Amor em Paris”, com Mário Jardim, foi registrado por Luiz Bandeira, também na Sinter. Em 1957, o samba-canção “Ciúmes”, com Mário Jardim, foi gravado por Luci Rosana, e o samba-canção “Solidão”, com Mário Jardim, foi lançado por Ester de Abreu, os dois na RCA Victor. Em 1958, fez com Luiz Antônio a valsa “Debutante”, lançada por Bill Farr em disco Todamérica. No mesmo ano, Cauby Peixoto gravou o samba-canção “Você e eu”, com Mário Jardim, no LP “Música e romance”, da RCA Victor. Quase todas as suas composições foram feitas em parceria com Mário Jardim e gravadas por nomes como Cauby Peixoto, Bill Farr, Ester de Abreu e Neusa Maria.

Obras
Amor em Paris (c/ Mário Jardim)
Amor não é brinquedo (c/ Mário Jardim)
Ciúmes (c/ Mário Jardim)
Debutante (com Luiz Antônio)
Decepção (c/ Mário Jardim)
Se um dia (c/ Mário Jardim)
Solidão (c/ Mário Jardim)
Você e eu (c/ Mário Jardim)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.