0.000
Nome Artístico
Homero Dornelas
Nome verdadeiro
Homero Dornelas
Data de nascimento
14/12/1901
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Data de morte
28/12/1990
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Pianista. Violoncelista. Professor.

Filho do maestro Sofonias Dornelas. Dos sete aos 14 anos, estudou piano e teoria musical com o pai e uma tia. Ingressou no Instituto Nacional de Música aos 15 anos, onde estudou teoria, solfejo e física acústica com Frederico Nascimento. No início dos anos 1920, deixou de lado o estudo de piano para se dedicar ao violoncelo, sendo então orientado por Eurico Costa. Estudou harmonia com Newton Pádua e Paulo Silva, além de composição com Lorenzo Fernandes. Foi professor de canto orfeônico e teoria musical do Colégio Pedro II até 1972. Além do famoso pseudônimo Candoca da Anunciação, teve outros: Romeoh Sallendor, Sallendor Filho e My Self.

Dados artísticos

Sua atuação na música popular correu paralela à sua atuação na música de concerto (área para a qual compôs inúmeras obras). Já na década de 1920, tocava em ante-salas de cinemas, acompanhando filmes mudos, em teatros de costumes, restaurantes e circos. A partir de 1926, passou a compor sambas, marchinhas e foxes. Logo depois, trabalhou como revisor e arranjador da Casa Vieira Machado, editora de partituras de músicas carnavalescas. Adotou nesta época o pseudônimo de Candoca da Anunciação, com o qual se consagrou em 1930 com o lançamento de seu grande sucesso “Na Pavuna”, com Almirante. O samba foi lançado pelo Bando de Tangarás (com Almirante no solo vocal), pela Parlophon, com um arranjo inovador que incluía um grupo de ritmistas fazendo uma batucada, fato sem precedentes até então. Foi o responsável pela forma final do primeiro samba de Noel Rosa, “Com que roupa?”. No final de 1929, Noel Rosa o procurou para escrever a partiura do samba. Ao tocar as notas iniciais, reparou que os compassos eram os mesmos do Hino Nacional e sugeriu a Noel que mudasse algumas notas, o que foi feito. Em 1930, a canção “Viola”, o batuque “Batuque no Salgueiro” e a valsa “Meu coração é teu” foram gravados por Jorge Fernandes pela Odeon. Em 1931, o “Hino ao Cardeal D. Leme” com Lieda Cristina, foi gravado por Silvio Salema na Parlophon. No mesmo ano, a Orquestra Brunswick gravou sua “Rapsódia infantil” partes I e II em disco Brunswick. Em meados dos anos 1930, a convite de Villa-Lobos, passou a integrar o Sema (onde ficou até 1959). Logo depois, entrou (através de concurso) para a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1941, pediu licença daquela orquestra e ingressou na Sinfônica Brasileira, convidado por Eugen Szenkar. No mesmo ano, foi contratado pela Rádio Nacional carioca, onde trabalhou até meados dos anos 1960. Publicou “Orquestras em desfile”, catálogo que dá a relação de todos os músicos que integraram diversos conjuntos atuantes no Rio de Janeiro de 1894 a 1974. Em 1957, sua canção “Pescador da barca bela” composta sobre tema folclórico foi gravada por Stellinha Egg em disco da Polydor. Na década de 1960, gravou histórico depoimento para o Museu da Imagem e do Som – MIS.

Obras
Na Pavuna (c/ Almirante)
Bibliografia Crítica

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.