
Cantora.
Ainda na infância, a família transferiu-se para Santos, SP. Formou-se como perito-contadora. Em 1953, então no Rio de Janeiro, casou-se com Ismael Neto, líder do conjunto “Os cariocas”.
Iniciou sua carreira artística em 1938 na Rádio Clube de Santos. Pouco depois, transferiu-se para São Paulo, onde atuou nas rádios São Paulo, Record e Bandeirantes.
Em 1940, gravou seu primeiro disco na Columbia registrando a marcha “Sortes de São João”, de Osvaldo Santiago e Alcyr Pires Vermelho e o samba “Apesar da goteira do quarto”, de Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho. No ano seguinte gravou da dupla Pedro Caetano e Alcyr Pires Vermelho a marcha “Tocaram a campainha” e o samba “Está com sono vai dormir”. Em 1943, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde atuou na Rádio Clube do Brasil e trabalhou como “lady crooner” e bailarina do Cassino da Urca, cantando também no Cassino Quitandinha. Neste ano, gravou na Columbia o samba “Exaltação à Bahia”, de Chianca de Garcia (revistógrafo espanhol) e Vicente Paiva que, na época, era diretor musical do cassino e compunha sambas de exaltação para os finais “apoteóticos” dos shows da casa. “Exaltação à Bahia” transformou-se no grande sucesso da carreira da cantora.
Em 1944 gravou na Continental com o conjunto Milionários do Ritmo o samba “O samba que eu fiz”, de Oscar Bellandi e Dilo Guardia. Em 1945, convidada por César Ladeira, passou a atuar na Rádio Mayrink Veiga. Dois anos mais tarde, também a convite de César Ladeira transferiu-se para a Rádio Nacional, participando do programa “Música do coração” e dos melhores musicais noturnos da emissora. No mesmo ano, gravou na Continental o samba “Você é tudo que eu sonhei”, de Laurindo de Almeida e Del Loro e o choro “Amor”, de Laurindo de Almeida e Valdomiro de Abreu.
Em 1947, lançou o samba “Recordações de um romance”, de Bartolomeu Silva e Constantino Silva e o maxixe “Ginga”, de Sá Róris. Em 1951 gravou dois de seus grandes sucessos, o bolero “Afinal”, de Ismael Neto e Luis Bittencourt e o fox “Cartas de amor”, de Young e Heyman, com versão de Alberto Ribeiro. No mesmo ano, gravou com César de Alencar o baião “Não interessa não” , de José Menezes e Luiz Bittencourt e o maxixe “Que é isto”, de Nestor de Holanda e Abelardo Barbosa, o conhecido apresentador Chacrinha. Esteve presente no primeiro LP brasileiro lançado pela Sinter, com repertório para o carnaval, juntamente com Marion, Neusa Maria, Oscarito, Geraldo Pereira, Os Cariocas, César de Alencar e as Irmãs Meireles.
Em 1952, gravou na RCA Victor, da dupla Klécius Caldas e Armando Cavalcânti, o “Baião serenata” e de Marino Pinto e Don Al Bibi, o bolero “Por quanto tempo?”. No mesmo ano, gravou um de seus grandes sucessos, o samba “Barracão”, de Luiz Antônio e Teixeira. No mesmo período, gravou com o radialista César de Alencar o samba canção “Está fazendo um ano”, de Ismael Neto e Manezinho Araújo e o choro “Me dá, me dá”, de Ismael Neto e Claudionor Cruz. Em 1953, gravou os baiões “Santo Antônio disse não”, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, e com acompanhamento de Os Cariocas, “Que é que tu qué”, de Luiz Gonzaga e ZéDantas.
Em 1954 gravou os sambas “Arranha céu”, de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães e “Morro”, de Luiz Antônio. Em 1956, lançou pela Copacabana o LP “Heleninha Costa” no qual interpretou o tango “Desespero”, de Eduardo Patané e Floriano Faissal; o bolero “Quero dizer-te”, de Vicente Paiva e Luis Iglesias; a valsa “Valsinha do amor”, de Lúcio Alves e Reinaldo Dias Leme; o fox “Juca”, de Haroldo Barbosa; o samba-canção “Eu já disse”, de Lúcio Alves, e os sambas “Sinfonia do samba”, de Vicente Paiva, Luis Iglesias e Walter Pinto; “Amor brejeiro”, de Y. Alain e P. Saka, em versão de Antônio Maria, e “O Rio amanhecendo”, de Ismael Netto e Antônio Maria.
Em 1958 gravou os sambas “Estrela de ouro”, de Luiz Bandeira e José Batista e “Por que choras?”, de Alberto Rego e Alberto Jesus. Em 1960, lançou pela grvadora Todamérica o LP “Canta Heleninha Costa” com as músicas “Bate Um Samba” e “Turista”, de Guio de Morais, “O Samba É Um Lamento”, de J. Cascata e Antônio Nássara, “Máxima Culpa”, de Sérgio Ricardo, “Foi Em Lisboa”, de Antônio Mestre, “Adeus (Adios)”, de Enric Madriguera, versão de Osny Silva, “Poeira de Sonho (Dream Dust)”, de B. Rayner, D. Greer e C. Leigh, versão de Alberto Ribeiro, “Poema Azul”, de Sérgio Ricardo, “Hoje É Domingo Outra Vez”, de Peterpan e Amado Régis, “Falaram”, de Daisy Amaral, “Amargura”, de Radamés Gnattali e Alberto Ribeiro, e “Fim”, de Ted Moreno e Oscar Griffits. Em 1966, gravou para o carnaval do ano seguinte as marchas “Enxugue as lágrimas”, de Nelson Karan e J. Santos, e “Eu não quero lembrar”, de Renato Araújo e Denise Belanar, incluídas no LP “Carnaval 67” da gravadora RGE.
A partir do final dos anos 1970, retirou-se definitivamente da carreira artística, não mais aceitando convites para quaisquer aparições públicas. No começo da década de 1980 foi homenageada com um LP da série “Era do Rádio”, do selo Collectors quando mereceu texto escrito pelo crítico R. C. Albin, que a considerou uma das mais belas vozes de todos os tempos da radiofonia carioca.
(c/César de Alencar)
(c/César de Alencar)
(c/Milionários do Ritmo)
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