Instrumentista (bandolinista).
Filho do violonista José Américo de Oliveira. Mudou-se para Brasília com um ano de idade. Começou a tocar bandolim aos seis anos, formando com seu irmão, o violonista Fernando César, o Dois de Ouro. Ainda menino, ingressou no curso de violino da Escola de Música de Brasília. Cursa Composição na Universidade de Brasília, onde leciona bandolim.
Despontou no cenário artístico em 1995, quando foi considerado Melhor Intérprete no II Festival de Choro do Rio de Janeiro, no qual se apresentou com o choro “Destroçando a macaxeira”, de sua autoria, classificado em segundo lugar no evento.
Ao lado do irmão Fernando César (violão de 7 cordas), formou o duo Dois de Ouro, com o qual lançou, em 1997, o CD “Destroçando a macaxeira”. No repertório, suas composições “Cavucando o côco”, “Conversa de bandolim”, “Há 1 Tom”, “Luperceando” e a faixa-título, além de “Isto aqui, o que é? (Sandália de prata)” e “Aquarela do Brasil”, ambas de Ary Barroso, “Imitação” e “Imagem”, ambas de Alencar, “Caminhando” (Nelson Cavaquinho e Nourival Bahia), “Shérida” (Américo e Fernando César), “Quando me lembro” (Luperce Miranda), “O choro de Juliana” (Marco Pereira), “Chorinho pra você” (Marcos de Carvalho e Rossana Decelso) e “Apanhei-te cavaquinho” (Ernesto Nazareth).
Novamente com o Dois de Ouro, lançou, no ano seguinte, o CD “A nova cara do velho choro”.
Novamente com o Dois de Ouro, lançou, no ano seguinte, o CD “A nova cara do velho choro”. Ainda em 1998, obteve o terceiro lugar no Prêmio Visa de MPB Instrumental, promovido pela Rádio Eldorado de São Paulo e pelo jornal “Estado de São Paulo”. Nesse mesmo ano, foi lançado o CD “Prêmio Visa de MPB Instrumental – Hamilton de Holanda (bandolim), Nelson Veraz (guitarra), Rodrigo y Castro (flauta) e Fábio Torres (piano)”.
Em 2000, lançou, com Marco Pereira, o CD “Luz das cordas”, contendo suas composições “Brasileiro” e “Enchendo o latão”, além de “Bate coxa”, “Seu Tonico na ladeira” e a faixa-título, todas de Marcos Pereira, “Um a zero” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “Lamentos do morro” (Garoto), “50 anos” (Cristóvão Bastos e Aldir Blanc), “Pra você (For Tânia Maria)” (Michel Camilo), “O xote das meninas” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas)/”Qui nem jiló” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “Na Baixa do Sapateiro” (Ary Barroso) e “Las abejas” (Agustín Barrios). Nesse mesmo ano,
apresentou-se, com sucesso, no Free Jazz Festival. Também em 2000, lançou mais um CD com Fernando César, “Dois de Ouro”, com suas composições “Pra sempre” (c/ Zélia Duncan), “Baião Brasil”, “Pras crianças”, “Rumo à felicidade”, “Bem maior que o universo”, “Aquarela na Quixaba”, “O Hermeto a brincando” e “Rubro-negro”, além de “O que é, o que é?” (Gonzaguinha), “Rosa” (Pixinguinha e Otávio de Souza), “O vôo da mosca” (Jacob do Bandolim), “Chuva, suor e cerveja/”Atrás do Trio Elétrico A filha da Chiquita Bacana” (Caetano Veloso) e “Canta Brasil” (Alcyr Pires Vermelho e David Nasser).
Ao lado de Daniel Santiago (violão de seis cordas) e Rogério Caetano (violão de sete cordas), lançou, em 2001, o CD “Brasília Brasil – Abre alas”, contendo suas canções “Valsa em Si” (c/ Zélia Duncan) e “Cirandeiro” (c/ Daniel Santiago), e ainda “Brasília Brasil”, “Brazulqueira” e “Cirandeiro”, todas de Daniel Santiago, “Menina Ilza” e “Suíte Norte, Sul, Leste, Oeste”, ambas de Hermeto Pascoal, “É” (Gonzaguinha), “Gostoso demais” (Dominguinhos e Nando Cordel), “Retrato de Chiquinha Gonzaga (da “Suíte Retratos”)” (Radamés Gnattali), “Nação” (João Bosco, Paulo Emílio e Aldir Blanc), “Folia das 5” (Rogério Caetano) e “Ô Abre Alas” (Chiquinha Gonzaga).
Em 2002, lançou o CD “Hamilton de Holanda”, contendo as faixas “Menino Hermeto”, de sua autoria, “Vibrações” e “Santa Morena”, ambas de Jacob do Bandolim, “Baião malandro” (Egberto Gismonti), “Deixa” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), “Samba do grande amor” (Chico Buarque), “O boto” (Edgar Duvivier), “Asa branca” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “Carinhoso” (Pixinguinha e Braguinha), “Evocação nº 1” (Nelson Ferreira) e “O Teatro da Natureza” (Marco Pereira e Aldir Blanc).
Em 2004, fez turnê pela Europa. Ainda nesse ano, lançou o CD “Música das nuvens e do chão”, com sua composição “Estações” e ainda “Desfigurado” (Cartola), “Retrato da vida” (Dominguinhos e Djavan), “Ponteio” (Edu Lobo e Capinan), “Contramilonga a a Funerala” (Astor Piazzolla), “Beija-flor” (Nelson Cavaquinho, Noel Silva e Augusto Tomaz Júnior), “Samba novo” (Baden Powell), “Karatê” (Egberot Gismonti), “Céu de Brasília” (Toninho Horta e Fernando Brant), “Baião de Lacan” (Guinga e Aldir Blanc), “Odeon” (Ernesto Nazareth e Vinicius de Moraes) e a faixa-título (Hermeto Pascoal).
Lançou, em 2005, o CD “01 Bytes 10 cordas”, contendo “O sonho”, “Pedra sabão”, “Flor da vida” e a música-título, todas de sua autoria, além de “No Rancho Fundo” (Ary Barroso e Lamartine Babo), “Ainda me recordo” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “Disparada” (Geraldo Vandré e Theo de Barros) e “Adiós Nonino” (Astor Piazzolla).
Com o quinteto que leva seu nome, formado com Daniel Santiago (violão), André Vasconcellos (baixo), Gabriel Grossi (flauta) e Márcio Bahia (bateria), lançou, em 2006, o CD “Brasilianos”, contendo suas composições “Pedra da Macumba”, “Brasilianos-Minas”, “Baião Brasil”, “Caçua”, “01 Byte 10 Cordas”, “Pra você ficar”, “Saudade do futuro”, “Valsa em Si”, “Pra sempre”, “Dor menor” e “O Hermeto a brincando”, além de “Trenzinho do caipira” (Heitor Villa-Lobos) e “Procissão”. Nesse mesmo ano, apresentou-se com seu quinteto no Circo Voador (RJ), encerrando a turnê “Brasilianos”, tendo como convidado especial o cantor Djavan. Também em 2006, lançou, em parceria com o músico norte-americano Mike Marshall, o CD “New Words/Novas palavras”, com suas canções “Valsa em Si” e “Pra sempre”, ambas com Zélia Duncan, e “New words”, além de “Egypt” e “Ham & Mike”, ambas de Mike Marshall, “Apanhei-te Cavaquinho” e “Brejeiro”, ambas de Ernesto Nazareth, “Receita de samba” (Jacob do Bandolim), “Blackberry Blossom” (tradicional norte-americano), “Cochichando” (Pixinguinha, Alberto Ribeiro e Braguinha), “Big Country” (Bela Fleck), “Desvairada” (Garoto), “São Jorge” (Hermeto Pascoal) e “Autumn Leaves” (Jacques Prevert, Jacques Enoch, John Mercer e Joseph Kosma). Ainda nesse ano, lançou o CD “Samba do avião”.
Em 2007, recebeu os prêmios de Melhor Solista e Melhor CD Instrumental, com “Brasilianos”, na quinta edição do Prêmio Tim de Música Brasileira. Nesse mesmo ano, lançou, em parceria com o pianista André Mehmari, o CD “Contínua amizade”, contendo suas composições “O sonho” e “Enchendo o latão”, além de “Choro da contínua amizade” e “Vivo entre valsas”, ambas de André Mehmari, “Rosa” (Pixinguinha e “Otávio de Souza), “Acontece” (Cartola), “Di menor” (Guinga e Celso Viáfora), “Choro negro” (Paulinho da Viola e Fernando Costa), “Baião malandro” (Egberto Gismonti), “Cinema Paradiso” (Ennio Morricone e Andrea Morricone) e “Notícia” (Nelson Cavaquinho, Alcides Caminha e Nourival Bahia). Ainda em 2007, lançou o CD “Íntimo”, um trabalho solo, com suas composições “Gratitude”, “Saudade Amor” e “A César o que é de César”, esta dedicada ao irmão Fernando César, seu companheiro no Dois de Ouro, além de “Beatriz” (Edu Lobo e Chico Buarque), “Chão de estrelas” (Sílvio Caldas e Orestes Barbosa), “As rosas não falam” (Cartola), “O bem e o mar” (Dorival Caymmi), “Feitiço da Vila” (Noel Rosa e Vadico), “Luiza” e “Passarim”, ambas de Tom Jobim, “Samba do Soho” (Paulo Jobim e Ronaldo Bastos) e “Senhorinha” (Guinga e Paulo César Pinheiro).
Em 2008, lançou, com seu quinteto, o CD “Brasilianos 2”, contendo suas músicas “Ano Bom”, “A vida tem dessas coisas”, “Mundo não acabou”, “Desceu o anjo”, “Virtude da esperança”, “Paz Paes”, “Tamanduá”, “Estrela negra”, “Carolina de Carol”, “Amor, saudade amor”, “Rafaela” e “Ajaccio”. Nesse mesmo ano, realizou turnê mundial pela Europa Ásia, Estados Unidos e América Latina.
Em 2009, fez três apresentações com o Hamilton de Holanda Quinteto no Auditório Ibirapuera (SP), recebendo como convidados especiais o percussionista Marcos Suzano, o soprista Carlos Malta e o pianista André Mehmari. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Yamandú Costa e Hamilton de Holanda”, em parceria com o violonista gaúcho. No repertório, suas composições “Samba do Véio”, “Luz da aurora”, “Cochichado” e “O1 Byte 10 cordas”, todas com Yamandú Costa, “Flor da vida” e “Estações”, e ainda “Chama-me”, “Meiga”, “Samba pro Rapha” e “Shiawase”, todas de Yamandú Costa, além de “As pastorinhas” (Noel Rosa e Braguinha) e “Escorregando” (Ernesto Nazareth).
Ao longo de sua carreira, atuou com Hermeto Pascoal, Zélia Duncan, Marco Pereira, Marcos Ariel e Rosa Passos, entre vários outros artistas.
É professor da Escola de Choro Raphael Rabello, sendo considerado uma das grandes revelações do choro surgidas a partir de 1998.
Em 2010, o CD “Luz da aurora” recebeu indicação ao Prêmio de Música Brasileira, na categoria Melhor Disco Instrumental. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Esperança – Ao vivo na Europa”, registro de shows realizados na Áustria, França, Finlândia, Alemanha e Suíça. No repertório, suas composiçõe “Negro samba”, “Esperança”, “Pros anjos” e “Etienne”, além de “Canto de Iemanjá” e “Canto de Ossanha”, ambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes, “Vou vivendo” (Pixinguinha e Benedito Lacerda), “7 Anéis” (Egberto Gismonti) e “O que será? (À flor da pele)” (Chico Buarque).
Em 2011, foi contemplado com o Prêmio da Música Popular Brasileira, na categoria Melhor Álbum/Instrumental, pelo CD “Gismonti/Pascoal – A música de Egberto e Hermeto”, lançado em parceria com o pianista André Mehmari, e na categoria Melhor Solista/Instrumental, pelo CD “Esperança – Ao vivo na Europa”. Ao lado de Daniel Santiago (violão), André Vasconcellos (contrabaixo), Gabriel Grossi (harmônica) e Marcio Bahia (bateria), que com ele formam o Hamilton de Holanda Quinteto, lançou, também em 2011, o CD “Brasilianos 3”. No repertório, suas composições “Primeiras idéias”, “A marcha dos candangos”, “Prece ao Santo Céu”, “JK Proibido” e “Caos e harmonia”, todas com Daniel Santiago, “Saudades de Brasília”, “Saudades do Rio”, “Guerra e Paz I” e “Guerra e Paz II”.
Foi contemplado, em 2012, com o Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Solista/Instrumental, pelo CD “Brasilianos 3”. Nesse mesmo ano, apresentou-se na casa Miranda (RJ), dividindo o palco com o pianista italiano Stefano Bollani.
Em 2013, comandou, no Circo Voador (RJ) o projeto “Baile do Almeidinha”, reunindo uma banda formada ao lado de Guto Wirtt (baixo), Eduardo Neves (sopros), Thiago da Serrinha (percussão), Rafael dos Anjos (violão) e Thiago Silva (bateria). Nesse mesmo ano, lançou o CD “Mundo de Pixinguinha”, tendo como convidados o trompetista americano Wynton Marsalis, os pianistas cubanos Chucho Valdés e Omar Sosa, o também pianista italiano Stefano Bollani, o acordeonista francês Richard Galliano e o pianista português Mario Laginha, além dos brasileiros André Mehmari (piano), Carlos Malta (sax tenor) e Odette Ernest Dias (flauta). No repertório, “Lamentos” (Pixinguinha), “Benguelê” (Pixinguinha e Gastão Viana), “Seu Lourenço no vinho” (c/ Benedito Lacerda) e “Rosa” (Pixinguinha e Osvaldo de Souza). O disco foi gravado em Málaga, Paris, Roma, Lisboa, Nova York e Rio de Janeiro. Fez show de lançamento do CD no Teatro Net Rio, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e no Teatro Alfa, em São Paulo, tendo a seu lado Stefano Bollani, Richard Galliano e Omar Sosa. Também em 2013, dividiu o palco da casa Miranda (RJ) com Diogo Nogueira, no show “Bossa negra”.
Em 2014 lançou, ao lado de Diogo Nogueira, o CD “Bossa Negra”, que incluiu sete músicas de sua autoria, dentre as quais a faixa-título e a inédita, “Salamandra”, parceria de João Nogueira com Paulo César Pinheiro. O show de lançamento do disco foi apresentado no Theatro Net Rio e no Imperator, no Rio de Janeiro, com participação dos músicos André Vascocellos (baixo) e Thiago da Serrinha (percussão).
No ano de 2015, no “Dia Nacional do Choro”, como convidado do MCS (Movimento Choro Suburbano), organizado e produzido por Cenira Santos e Márcio Vinhas, foi uma das principais atrações do evento, apresentando-se na Lona Cultural João Bosco, tendo ao seu lado no palco Sombrinha (cavaquinho), Josimar Monteiro (violão de sete cordas) e Joel Nascimento (bandolim). Ainda em 2015 apresentou-se, na Praça Tiradentes, no evento “VI Festival Nacional do Choro”, organizado pelo Instituto Casa do Choro e Escola Portátil de Música. Foi agraciado com os prêmios de “Melhor Àlbum Instrumental” e “Melhor Solista” com o disco Hamilton de Holanda Trio, pelo “Prêmio da Música Brasileira”, em noite de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Lançou o CD “Hamilton de Holanda & O Baile de Almeidinha”, que incluiu músicas como “A escola e a bola” (Hamilton de Holanda), “À moda antiga” (Guto Wirtti) , “Balaio” (Guto Wirtti), “Chorinho em Cochabamba” (Eduardo Neves e Rogério Caetano), “Choro no Circo” (Hamilton de Holanda), “Essa fada” (Eduardo Neves e Dudu Oliveira), “Frevo carioca” (Hamilton de Holanda), “Xote do Almeidinha” (Hamilton de Holanda). Foi premiado com o “Grammy Latino” na categoria “Best Brazilian Song”, com a música “Bossa Negra”, de sua autoria com Diogo Nogueira e Marcos Portinari.
Em 2016 lançou, pelo selo Biscoito Fino, o CD “Samba de Chico”, em que reinterpretou sambas de Chico Buarque ao bandolim. O disco contou com a participação da cantora espanhola Sílvia Pérez Cruz e “Atrás da porta” (Francis Hime e Chico Buarque) e de Chico Buarque em “Vai trabalhar vagabundo” e “A volta do malandro”. Nesse mesmo ano lançou o DVD “Mundo de Pixinguinha ao vivo”, registro do show de lançamento do CD homônimo, realizado no Teatro Alfa, em São Paulo, no ano de 2013, com as participações do acordeonista francês Richard Galiano, do pianista italiano Stefano Bollani, do pianista cubano Omar Sosa e do pianista brasileiro André Mehmari. Foi uma das atrações do festival de música instrumental “MIMO”, realizado em Paraty (RJ) e Olinda (PE). Ainda em 2016 lançou o CD “Alegria”, voltado para o público infantil. Gravado com a Orquestra do Estado de Mato Grosso, sob a regência do maestro Leandro Carvalho, o disco incluiu a autoral “Suíte da infância”, com três movimentos “Corre-corre no parquinho”, “Dorme com os anjos” e “Vida, alegria e esperança”. Foi premiado com o Grammy Latino na categoria “Melhor álbum instrumental”, com o CD “Samba de Chico”.
Em 2017 lançou, pelo selo Biscoito Fino, o CD “Casa de Bituca – Música de Milton Nascimento”, no qual interpretou a inédita e autoral “Mar de indiferença”, acompanhado dos músicos André Vasconcellos (baixos), Daniel Santiago (violão), Daniel Grossi (gaita) e Marcia Bahia (bateria). O homenageado, Milton Nascimento, participa do disco na faixa “Bicho homem”, assim como Alcione em “Travessia”.
Em 2018 apresentou no teatro Oi Casagrande, no Rio de Janeiro, o show audiovisual “O som da imagem”, projeto que criou em parceria com o produtor Marcos Portinari, durante sua estadia em Nova York, com a proposta de criar temas musicais para as imagens captadas pela câmera do produtor. O resultado foi lançado em seu canal no Youtube no ano de 2017. Ainda em 2018 apresentou-se ao lado de Yamandu Costa e Pedro Luís, na 29ª edição do “Prêmio da Música Brasileira”, em que tocou “Fadas”, em tributo a Luiz Melodia, o grande homenageado da noite. Lançou, pelo selo Deck, uma série de quatro CDs em tributo ao centenário de Jacob do Bandolim. O primeiro, “Jacob 10zz”, fez alusão ao raro bandolim de 10 cordas, que Jacob tocava – cedido pela Casa de Choro para a gravação – e à referência jazzística do disco, que contou com os músicos Guto Wirtti (contrabaixo acústico) e Thiago da Serrinha (percussão). O segundo, “Jacob bossa”, teve a participação dos músicos Marcelo Caldi (piano e acordeom) e Guto Wirtti (contrabaixo acústico). O terceiro “Jacob black”, privelegiou a percussão afro-brasileira. E o quatro, “Jacob baby”, acentuou o universo lúdico de Jacob.
Em 2019 foi a atração de estreia do projeto “Verão na Casa”, realizado na Casa Firjan, no Rio de Janeiro. Lançou o CD autoral “Harmonize”, com músicas inéditas como a faixa homenagem a Arlindo Cruz, “Alô Arlindo”, e também as músicas “Canto da siriema”, “Meu coração é seu”, “Nasceu o amor”, e “Samba-blues”, que contou com a participação de Mestrinho. O disco foi gravado com a adesão dos músicos Daniel Santiago (violão), Edu Ribeiro (bateria) e Thiago Espírito Santo (baixo).
Em 2020 lançou, em parceria com João Bosco, o DVD “Canto da praya – Hamilton de Holanda & João Bosco ao vivo”, com repertório predominantemente de composições do violonista mineiro, rearranjadas para o formato de voz, violão e bandolim. Antes da gravação do disco, o duo foi visto na turnê de shows “Eu vou pro samba”. Nesse mesmo ano lançou, em parceria com o acordeonista Mestrinho, o segundo CD do projeto “Canto da praya”, intitulado “Canto da praya – Hamilton de Holanda & Mestrinho ao vivo”, repertório que vai de Astor Piazzolla, passando por Chitãozinho & Xororó, Djavan, Gordurinha, Waldir Azevedo, até Stevie Wonder.
Em 2021 lançou o CD “Maxixe Samba Groove”, com oito faixas e participações especiais da cantora indiana Varijashree Venugopal em “Choro fado”, Gabriel de Holanda e Bento Tibúrcio Mendes em “Luz de vida”, e do multi-instrumentista norte-americano Chris Potter em “Afro choro”.
Em agosto de 2022, foi curador do festival Movimenta!, que aconteceu na casa de shows Vivo Rio, no Rio de Janeiro. Entre as atrações, o Festival teve Toninho Horta, Daniel Santiago e Antonio Loureiro, o próprio Hamilton de Holanda, Daniela Spielmann e o mestre de bateria Macaco Branco, Marcos Suzano e Pretinho da Serrinha e Mestrinho com Carlos Malta & Pife Muderno entre outros. O Festival foi idealizado por Thiago Amorim, sócio do Vivo Rio. Nesse mesmo ano ganhou o Grammy Latino de “Melhor Álbum de Música Instrumental”, com o álbum “Maxixe Samba Groove”.
Em 2023 lançou, em parceria com Thiago Rabello e Salomão Soares, o álbum “Flying chicken”, com oito faixas, dentre as quais a faixa-título, “Sol e luz” e “Barulhinho de trem”. Nesse mesmo ano foi vencedor no “Prêmio da Música Brasileira” na categoria “Melhor Canção de MPB” pela gravação que fez com Chico Buarque da música “Que tal um Samba” (Chico Buarque). Nesse mesmo lançou o álbum “Samurai – A música de Djavan”, inteiramente dedicado às composições do artista Alagoano, que participa do álbum nas faixas “Luz” e “Lambada de serpente”. Dentre os convidados, também participam artistas como Jorge Drexler em “Lilás”, Zeca Pagodinho em “Flor de lis”, entre outros.
Em 2024 lançou, ao lado do grupo venezuelano C4 Trío, o álbum “Tembla”, gravado em Bogotá (Colômbia), com 10 faixas, destacando-se “Vale la pena”, de Juan Luis Guerra. Nesse mesmo ano lançou, em parceria com o pianista cubano Gonzalo Rubalcaba, o álbum “Collab”, com onze faixas e participações especiais do gaitista Gabriel Grossi em “Don’t you worry ’bout a thing”, e do músico João Bosco em “Incompatibilidade de gênios”. Ganhou o Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum Instrumental”, com o álbum “Tembla”, em parceria com C4 Trío.
(com Gonzalo Rubalcaba)
(com C4 Trío)
(com Thiago Rabello e Salomão Soares)
(com Chano Domíngues e Rubem Dantas)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008; 2ª ed. Esteio Editora, 2009.