
Instrumentista (pianista). Arranjador. Compositor.
Irmão do compositor e cantor Carlinhos Vergueiro.
Estudou com Guilherme Fontainha e sua assistente Fumiko Kawanami (piano e teoria musical), H.J. Koellreuter (composição serial, psicologia e estética musical), Paulo Herculano (harmonia tradicional e contraponto). É autodidata em orquestração e arranjo.
Entre 1970 e 1972, trabalhou em casas noturnas do Rio e de São Paulo, atuando com seus próprios grupos e também acompanhando artistas, como Agostinho dos Santos, Leny Andrade, Johnny Alf e Alaíde Costa. Participou de gravações comerciais e fez parte do quarteto do baterista Edison Machado.
Em 1973, assinou a direção musical do espetáculo “Labirinto, o balanço da vida”, com Walmor Chagas, contemplado com o prêmio Molière.
Entre 1975 e 1980, viveu em Nova York. Formou, com o contrabaixista Walter Booker, o grupo Love, Carnival and Dreams. Apresentou-se com o grupo em casas noturnas, como o Village Gate e o Boomers, em teatros e em escolas. Atuou, durante três anos, como diretor musical da casa noturna Cachaça (Nova York), especializada em música brasileira. De volta ao Brasil, lançou o LP “Naturalmente” e excursionou com seu grupo pelo país.
Em 1981 e 1982, participou, como arranjador e pianista, de gravações de Carlinhos Vergueiro, Chico Buarque, Djavan, Leny Andrade, Raul de Souza, Nico Assumpção, Claudio Guimarães e Raul Mascarenhas, entre outros.
Em 1982, lançou o LP “Só por amor”, realizando shows em São Paulo (Sala Funarte) e em outras cidades brasileiras. Convidado pelo governo da Dinamarca, apresentou-se por duas vezes, em 1982 e 1983, por todo o país, realizando “master classes” em universidades de música.
Em 1983, lançou o LP “Ao vivo em Copenhagen”.
Entre 1983 e 1986, atuou em eventos como o Festival Internacional de Jazz de São Paulo, o Free Jazz Festival do Rio de Janeiro, o Festival de Jazz de Brasília, o Festival de Jazz do Recife e o Festival de Campos do Jordão, entre outros.
Em 1986, participou do projeto “Memórias do Piano Brasileiro”, produzido e idealizado por Ivan Isola, no Museu da Imagem e do Som (SP), realizando concerto solo com depoimento. Nesse mesmo ano, apresentou-se com seu quarteto e 13 integrantes da Orquestra Sinfônica de São Paulo na abertura da Mostra Contemporânea de Arte. Apresentou-se também, com orquestra de metais, na cerimônia de entrega de prêmios do I Festival de Vídeo.
Em 1987 e 1988, apresentou-se em duo com o trombonista Raul de Souza, com a flautista Lea Freire e com as cantoras Rosa Maria e Miúcha. Acompanhou Nana Caymmi em turnê pela Espanha. Atuou, em shows e gravações, com vários artistas, como Carlinhos Vergueiro, Chico Buarque, Djavan, Rafael Rabelo e Rosa Maria, entre outros. Participou do Free Jazz Festival (RJ), atuando com seu grupo, Guilherme Vergueiro + 5, formado por Sisão Machado (contrabaixo), Duda Neves (bateria), Claudio Guimarães (guitarra), Edu Helou (teclados) e Teco Cardoso (sax e flauta).
Em 1988 e 1989, apresentou-se, com integrantes da bateria da Estação Primeira de Mangueira, no Parque da Catacumba, no Teatro Ipanema e no Jazzmania (RJ).
Em 1989, excursionou pela França, como solista, e pela Itália, em duo com o flautista Nicola Stilo. Ainda nesse ano apresentou-se no Parc Tulerie de Paris (França), durante as comemorações da Queda da Bastilha.
Em 1990, mudou-se para os Estados Unidos, fixando residência em Los Angeles, tendo realizado vários shows em cidades norte-americanas.
Entre 1991 e 1993, atuou com seu quarteto em casas noturnas, teatros e universidades de Los Angeles, Nova York, Filadélfia e Las Vegas.
Em 1993, formou a Guilherme Vergueiro Brazilian Big Band, com a qual fez alguns shows em Los Angeles até 1996. Ainda em 1993, esteve no Brasil, realizando show com seu quarteto no Teatro Crowne Plaza (SP).
Em 1994, apresentou-se, com Ron Carter e Robertinho Silva, no Rio de Janeiro (Mistura Fina e Praia do Arpoador) e em São Paulo (Centro Cultural São Paulo e Bourbon Street).
Em 1994 e 1995, participou de shows e gravações com Hugh Masekela, Joyce, Leon Ware e Rafael Rabelo.
Em 1995, fundou, em Los Angeles, a Mangotree Music Productions, produtora cultural dedicada à cultura brasileira, e a Brazil On Line Publishing, empresa destinada à divulgação, via Internet, de atividades relacionadas com a cultura brasileira. Ainda nesse ano, lançou o CD “Love, carnival & dreams”, com Ron Carter (contrabaixo) e Robertinho Silva (bateria). Foi indicado, pelo conjunto de seu trabalho, ao prêmio oferecido pela Herb Alpert Foundation for the Arts e pela Cal State University. Também em 1995, esteve no Brasil, onde participou do Heineken Festival realizado no Palace (SP) e no Metropolitan (RJ), liderando um grupo formado por Wayne Shorter, Wallace Rooney, Raul de Souza, Laudir de Oliveira, Mads Vinding e Robertinho Silva.
Em 1996, apresentou-se em Brasília, com jovens passistas e vocalistas da comunidade do Morro de Mangueira, em evento comemorativo do Dia da Independência do Brasil no Palácio da Alvorada. Ainda nesse ano, atuou em duo com o percussionista Junior Homrich na comunidade de Jamaraquá, na Selva Amazônica, e realizou concertos solos da série “Piano Brasileiro” no Teatro Hilton (SP).
Em 1997, fez show com sua Brazilian Big Band no Moonligt de Los Angeles. Atuou, como produtor, arranjador e pianista, no CD “Rio-Bahia: encontro”. Apresentou-se em Las Vegas, como convidado do saxofonista Don Menza e participou de gravação ao vivo no Tatou Tokio (Japão), ao lado de Marco Bosco. Ainda em 1997, lançou o CD “Molambo”.
Em 1998, gravou o CD “Amazon moon: the music of Mike Stoller”, atuando como intérprete, arranjador e produtor musical. Apresentou-se, em Los Angeles, com Ricardo do Canto (contrabaixo) e Pablo Lima e Silva (bateria), tendo Gretchen Parlato como convidada especial. Realizou, no Rio de Janeiro, o show “Piano dá samba”.
Em 1999, apresentou esse show em São Paulo e no Merci Piano Bar (RJ). Participou, com o quarteto do saxofonista Don Menza, do projeto “The music of Henry Mancini” realizado no Club Brasserie em Hollywood.
Em 2000, lançou o CD “Espiritu”, acompanhado de Carlos dos Santos (violão de 7 cordas). Nesse mesmo ano, produziu o CD de estréia de Mariana de Moraes para a Del Soul Records e participou, com seu novo grupo do “Afrikan Market Festival”, em Los Angeles, além de ter atuado como produtor, regente e pianista no “Tributo ao Maestro Moacir Santos”, no Memorial da América Latina.
Em 2001, realizou concerto na Sala Baden Powell (RJ), em tributo ao compositor Baden Powell, tendo como convidada especial a cantora Elza Soares. Ainda nesse ano, lançou no Brasil seu CD “Molambo”, gravado em Los Angeles em 1998. Também em 2001, lançou em Londres de seu LP de estréia, “Naturalmente”, gravado em Nova York e São Paulo, entre 1978 e 1980.
Em 2002, fez concerto solo no Teatro da Fundação Deodoro, em Maceió, dentro da programação do evento “Capital Americana da Cultura”. Apresentou-se, também nesse ano, no Museu do Reinado (RJ). Ainda em 2002, compôs e interpretou, em parceria com Raul de Souza, a trilha sonora original do filme “Lost Zweig”, de Sylvio Back. Ainda nesse ano, lançou o CD “Tanta Luz”. O disco contou com a participação de Alcione, Emilio Santiago, Leila Pinheiro, Sergio Santos e Sanny Alves.
Em 2003, atuou como co-produtor e co-diretor do documentário musical “Jamelão”.