
Cantora.
Irmã da também cantora e atriz Gilda de Abreu.
Em 1953, gravou pela Sinter a marcha “Uma casa portuguesa”, de N. Siqueira, Ferreira e Fonseca, que foi seu maior sucesso, e o bolero mambo “Vê… lá bem”, deManoel Baião e E. Damas. Em 1954, gravou o corrido “Corridinho nº 1” de Melo Jr. e Silva Tavares e o fado “Fado de Vila Franca”, de João Nobre. No mesmo ano, com acompanhamento da Orquestra de Lyrio Panicali lançou o LP “Sucessos de Gilda Valença” interpretando as músicas “Teus Olhos Negros”, de Fernando Salgado e Alberto Ribeiro, “Madragoa”, de Frederico Valério e João Bastos, “Mãe Preta”, de Caco Velho e Piratini, “Uma Casa Portuguesa”, de Artur Fonseca, Reinaldo Ferreira e Vasco de Matos Sequeira, “Canta Lisboa”, de Tavares Bello e Amadeu do Vale, “Fado de Vila Franca”, de João Nobre, “Corridinho Nº 1”, de Melo Júnior e Silva Tavares, e “Vê Lá Bem”, de Manuel Paião e Eduardo Damas. Em 1955, gravou o fado “Penso que sei, mas não sei”, de Casimiro Silva e a toada “Canção do moinho”, de Amadeu do Vale e Carlos Dias. No mesmo ano gravou as marchas “Uvas pretas” e “Quanta coisa boa”, as duas de Pedro Caetano e Carlos Renato. Em 1956, gravou o fado slow “Lisboa antiga”, de R. Portela, Vale e J. Galhardo, e a marcha “Cantiga de rua”, de João Bastos e Antônio Melo. No mesmo ano, gravou a toada “Praias de Nazaré”, de Humberto Teixeira. Ainda em 1956, lançou o LP “Gilda Valença Canta Para Você” com as composições “Lisboa Antiga”, de Raul Portela, Amadeu do Vale e José Galhardo, “Perseguição”, de Avelino de Souza e Carlos da Maia, “Uma Casa Portuguesa”, de Artur Fonseca, Reinaldo Ferreira e Vasco de Matos Sequeira, “Coimbra”, de Raul Ferrão e José Galhardo, “Cantiga de Rua”, de João Bastos e Antônio Melo, “Ai Mouraria”, de Frederico Valério e Amadeu do Vale, “Fado da Severa”, de Frederico de Freitas e Julio Dantas, e “Tudo Isto É Fado”, de Fernando de Carvalho e Aníbal Nazareth. Em 1957, gravou os fados “O José aperta o laço” de João Nobre e “Alfama”, de Carlos Dias e Amadeu do Vale. No mesmo ano, lançou o LP “Cantigas da Rua”, que contou com acompanhamentos da orquestra do maestro Lyrio Panicali nas faixas “Lendas das Algas”, fado de Jaime Mendes, e “Penso Que Sei Mas Não Sei”, de Casimiro Silva; e de Britinho e seu conjunto nas faixas “Ô José Aperta o Laço”, de João Nobre, “Praias de Nazaré”, de Humberto Teixeira, “Uvas Pretas”, de Pedro Caetano e Carlos Renato, “Alfama”, de Carlos Alfredo Dias e Amadeu do Vale, “Canção do Moinho”, de Amadeu do Vale e Carlos Dias, e “Quanta Coisa Boa”, de Pedro Caetano e Carlos Renato. Em 1958, com direção musical do maestro Alexandre Gnattali, gravou o LP “Seleções de “A Severa” e Sucessos da Música Portuguesa” interpretando “Arraial de Santo Antônio”, “Fado da Espera de Toiros”, “Velho Fado da Severa”, “Sol e Dó dos Bolieiros”, “Fado da Severa”, “Vira da Severa”, e “Canção da Chica”, todas da dupla Julio Dantas e Frederico de Freitas, além de “Nem Às Paredes Confesso”, de Artur Ribeiro, Ferrer Trindade e Maximiano de Souza, “Foi Deus”, de Alberto Janes, “A Minha Casinha”, de Antônio Melo, João Bastos e Silva Tavares, e “Sabe-se Lá”, “Partir Partir”, e “Fado da Saudade”, de Frederico Valério. No mesmo não, gravou os boleros “Nono mandamento”, de Renê Bittencourt e Raul Sampaio, e “Só por milagre”, de João Nobre. Em 1959, com acompanhamento da Orquestra dirigida por Carlos Monteiro de Souza, gravou o LP “Lisboa à Noite” no qual interpretou as composições “Lisboa à Noite”, de Carlos Dias e Fernando Santos, “Fado das Queixas”, de Frederico Brito e Carlos Rocha, “Mas Sou Fadista”, de Artur Ribeiro e Ferrer Trindade, “O Fado Chegou ao Céu”, de Aníbal Nazareth e Tavares Bello, “Sem Razão”, de Fernando Farinha e Alberto Correia, “Nono Mandamento”, de René Bittencourt e Raul Sampaio, “Namorico da Rita”, de Antônio Mestre e Artur Ribeiro, “Chinelas de Mouraria”, de Linhares Barbosa e Santos Moreira, “Os Olhos Não Mentem”, de Frederico Valério, F. Garcia e M. dos Santos Carvalho, “Biografia do Fado”, de Frederico Brito, “Sangue Toureiro”, de Frederico Valério e Guilherme P. da Rosa, e “Fado da Cezária”, de Filipe Duarte e Silva Tavares. Em 1963, com acompanhamento da Lira do Mestre Lula e Grupo de Coristas, gravou, pela Musidisc, o LP “Marcha Rancho – Um Toque Brasileiro Nos Grandes Sucessos de Portugal”, no qual sucessos da música portuguesa foram registrados com arranjos de marcha rancho. Foram elas: “Foi Deus”, de Alberto Janes, “Coimbra”, de Raul Ferrão e José Galhardo, “Arraial de Santo Antônio”, de Frederico de Freitas e Julio Dantas, “Lisboa Antiga”, de Raul Portela, Amadeu do Vale e José Galhardo, “Nem Às Paredes Confesso”, de Artur Ribeiro, Ferrer Trindade e Maximiano de Souza, “Lisboa à Noite”, de Carlos Dias e Fernando Santos, “Saudade Vai-te Embora”, de Julio de Souza, “Ai Mouraria”, de Frederico Valério e Amadeu do Vale, “Alfama”, de Carlos Alfredo Dias e Amadeu do Vale, “Uma Casa Portuguesa”, de Artur Fonseca, Reinaldo Ferreira e Vasco de Matos Sequeira, “Tudo Isto É Fado”, de Fernando de Carvalho e Aníbal Nazareth, e “Cantiga da Rua”, de Antônio Melo e João Bastos. Em 1964, gravou o LP “Passaporte Internacional”, interpretando obras de diferentes países, com as músicas “Avec Frenesie”, de M. Micheyl, “Dos Perdidos”, de Nilo Sérgio, “I Love You (DontYouForget It)”, de Henry Mancini e Al Stillman, “Chora Meu Benzinho”, de Silvio César, “AmourPerdu”, de Salvatore Adamo, versão dela mesma, “Canto o Fado”, de João Nobre, “Mon Dieu”, de Michel Vaucaire e Charles Dumont, “Sukiyaki”, de Hachidai Nakamura e RokusukeEi, “ToiEtMoi”, de AntônioMestre, e “I Left My Heart In San Francisco”, de Douglass Cross e George Cory. Em 1973, gravou seu último álbum,o LP “Nem às Paredes Confesso”, pela RCA Camden, com as músicas “Nem Às Paredes Confesso”, de Artur Ribeiro, Ferrer Trindade e Maximiano de Souza, “Lisboa Antiga”, de Raul Portela, Amadeu do Vale e José Galhardo, “Arraial de Santo Antônio”, de Frederico de Freitas e Julio Dantas, “Coimbra”, de Raul Ferrão e José Galhardo, “Foi Deus”, de Alberto Janes, “Ai Mouraria”, de Frederico Valério e Amadeu do Vale, “Alfama”, de Carlos Alfredo Dias e Amadeu do Vale, “Uma Casa Portuguesa”, de Artur Fonseca, Reinaldo Ferreira e Vasco de Matos Sequeira, “Tudo Isto É Fado”, de Fernando de Carvalho e Aníbal Nazareth, e “Cantiga de Rua”, de João Bastos e Antônio Melo. Segundo o pesquisador Sylvio Tullio Cardoso: “Atuou nas revistas “É fogo na roupa” e “Que espêto, seu Felicidade!”. Lançou 10 LPs, entre os quais, “Seleções de “A Severa” e “Passaporte internacional”, e 7 discos em 78 rpm..
AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário Biográfico da Música
Popular. Edição do autor. Rio de Janeiro, 1965.