Cantor. Compositor.
A avó e a mãe foram professora de piano.
Em 1954 a família mudou-se para Belo Horizonte. Dois anos depois mudou-se para o Rio de Janeiro, onde cursou Administração na Fundação Getúlio Vargas.
No ano de 1959 retornou a Belo Horizonte, onde trabalhou na Revista Silhueta.
Em 1961, foi nomeado assessor especial do Governo de Minas, cargo que manteve até 1996, quando se aposentou.
Nesse período, trabalhou também no jornal Última Hora, montou uma agência de publicidade e dedicou-se a compor jingles políticos e comerciais. No ano seguinte, em 1962, foi convidado pelo compositor e jinglista Miguel Gustavo para fazer com ele alguns trabalhos para campanhas políticas. Compôs para os candidatos a governador Lomanto Junior (Bahia), Francisco Alencar (Espírito Santo) e Íris Rezende (Goiás). Em Minas, compôs jingles para os governadores Magalhães Pinto, Hélio Garcia, Newton Cardoso, Israel Pinheiro e Itamar Franco. Também compôs para a campanha de Fernando Collor de Melo à presidência e de dezenas de composições para senadores, deputados e prefeitos.
Iniciou a carreira artística como jinglista, compondo para uma greve de bancários em 1959. Devido ao sucesso do seu jingle “Sete é sete”, o compositor carioca Lamartine Babo o levou para cantar em seu programa na TV Itacolomi, emissora mineira dos Diários Associados.
Ao apresentá-lo, Lalá declarou: “Fui muito alertado quando convidei o compositor da música da greve dos bancários para vir até aqui. Disseram que a greve é coisa de comunista. Mas pensei: banqueiros são 20, bancários, 20 mil. E aqui está Gervásio Horta, autor da música Sete é Sete, cantada nas ruas de todo o país”.
O jingle teve a letra mudada, alterando o título para “Sete amores”, sendo gravado para o carnaval de 1960 pelo crooner do conjunto Anjos do Inferno Léo Vilar, com arranjo de Altamiro Castilho, pela gravadora Copacabana.
Em 1961Nelson Gonçalves e Lourival Pereira gravaram em dupla a “Beijo roubado”, de sua autoria em parceria com Peri Rocha. No mesmo ano, em parceria com Rômulo Paes, a marcha carnavalesca “A Rua da Bahia” também foi gavada.
No ano de 1971 Jorge Goulart interpretou a marcha “Só deixo a rua pra ficar com ela” na parte nacional do “Festival de Músicas de Carnaval de BH”. No ano posterior, no mesmo festival, o mesmo intérprete defendeu o frevo “Bloco do pega-pega”, logo a seguir gravado por Jackson do Pandeiro.
Em 1974 Ronaldo Adriano gravou de sua autoria “Manhãs de Belo Horizonte”, composição que recebeu menção de “Música da Cidade” em projeto apresentado pelo vereador Helvécio Arantes na Câmara Municipal de Belo Horizonte e também se destacou no repertório do coral Mil Vozes durante as comemorações do centenário da cidade, sob direção da maestrina Elza Duval Gomes. Também para o centenário de Belo Horizonte (em 1997) compôs o choro “Bela Belô”, gravada por Serginho Beagá.
Compôs músicas para o Cruzeiro Esporte Clube (seu time do coração), América e Vila Nova, além de enredos para escolas de samba.
Autor do samba-enredo “Mamãe eu quero fruta”, gravado por Jorginho do Império, intérprete também de “Muda Brasil”, samba de sua autoria para a campanha das “Diretas Já”.
Autor de clássicos belo-horizontinos como “Adeus Lagoinha”, parceria com Milton H. Horta.
No ano de 1996 lançou o CD “Amigos & canções”, com músicas de sua autoria nas vozes de diversos intérpretes.
Em 2000 lançou o disco “Cacos de vida”.
Produziu os CDs “Rômulo Paes e coisas mais” e “Minas – o estado da música”, do cantor e radialista Acir Antão. Produziu o CD “60 anos de canção”, de Acir Antão, em comemoração ao seu aniversário de 60 anos.
No ano de 2003 lançou o CD “Praça Sete”.