Poeta. Letrista. Escritor. Roteirista. Dramaturgo.
Irmão do instrumentista e compositor Nando Carneiro. Nascido em Belo Horizonte (MG), mudou-se para o Rio de Janeiro aos três anos de idade, em 1955, quando o pai, Geraldo Andrade Carneiro secretário do presidente Juscelino Kubitscheck, foi assessorá-lo na Capital Federal.
Estudou piano com Carmen Mañanes e mais tarde, com Wilma Graça.
Em 1975, em Roma e em parceria com Astor Piazzolla, compôs 15 músicas para um musical sobre a vida de Eva Perón, nunca encenado por ser censurado pelo governo argentino. No ano seguinte, em 1976, estreou como colaborador do escritor Bráulio Pedroso na minissérie “Parabéns pra você”, dirigida por Roberto Talma e exibida pela TV Globo.
No ano de 1985, começou a trabalhar na TV Manchete. Voltou à Globo em 1989, onde escreveu roteiros de especiais, seriados e novelas. Dividiu com Walther Negrão a autoria da minissérie “O sorriso do Lagarto”, adaptada do livro de João Ubaldo Ribeiro e dirigida por Roberto Talma, em 1991. No ano seguinte, em 1992, escreveu o roteiro de “Elas por ela”, musical estrelado por Marília Pêra, com direção de Roberto Talma e direção musical de Gonzaguinha.
De 1993 a 1995, foi um dos roteiristas do “Terça Nobre” e “Brasil Especial”, faixa de programação de adaptações de obras literárias brasileiras. Entre outros episódios, escreveu Lucíola (1993), baseado no romance de José de Alencar; Lúcia McCartney (1993), adaptação do conto de Rubem Fonseca, e A desinibida do Grajaú (1994), do original de Sérgio Porto.
Com João Ubaldo Ribeiro, assinou “O santo que não acreditava em Deus” (1993), “O poder da arte da palavra” (1994) e “A maldita” (1995), adaptações de contos do escritor; e “O compadre de Ogum ” (1994), baseado em conto de Jorge Amado.
Publicou os livros “Na busca do sete-estrelo” (Ópera de cordel) (Coleção Frenesi – Mapa Editora, 1974), “Verão vagabundo” (Editora Achiamê, 1980), “Vinicius de Moraes: A fala da paixão” (Brasiliense, 1984), “Piquenique em Xanadu” (Espaço & Tempo, 1988), contemplado com o Prêmio Lei Sarney, “Pandemônio” (Arte Editora, 1993), “Folias metafísicas” (Editora Relume-Dumará, 1995), “Leblon: a crônica dos anos loucos” (Rioarte/Relume-Dumará, 1996).
Traduziu alguns sonetos de William Shakespeare, publicados na coletânea “Sonhos da insônia” (Impressões do Brasil, 1997), editada em parceria com Carlito Azevedo. Escreveu artigos, poemas e ensaios para diversas publicações brasileiras.
Autor de várias peças teatrais como “Lola Moreno”, em parceria com Bráulio Pedroso, encenada em 1979 e em 1982, “Folias do coração” e “Apenas bons amigos”, ambas em parceria com Miguel Falabella, encenadas em 1983, além de “Divina Increnca”, “A bandeira dos cinco mil réis”, encenadas em 1986, “Manu Çaruê”, ópera performática com música de Wagner Tiso encenada em 1988, e “Imaginária”, encenada em 1992.
Traduziu “A tempestade”, de William Shakespeare, encenada pelo Grupo Despertar (Maria Padilha, Miguel Falabela e Daniel Dantas) em 1982 e em 1983 e publicada em 1991 pela Editora Relume-Dumará. Adaptou “As you like it” (William Shakespeare), a pedido mde Maria Padilhja e dirigida por Aderbel Freire-Júnior (encenada em 1985) e publicada, no ano seguinte, em 1986, por Cadernos do Tablado; “Lúcia McCartney” (Rubem Fonseca), encenada em 1987; “Lulu” (Frank Wedekind), encenada em 1989; “As 1001 Noites”, encenada em 1991; e, em parceria com Millôr Fernandes, “A Megera Domada” (William Shakespeare).
Escreveu roteiros para os filmes “Sônia: morta & viva”, de Sérgio Waissman, contemplado com o “Tucano de Ouro” no “FestRio II”, “Eternamente Pagu”, em parceria com Márcia de Almeida, e “O judeu”, em parceria com Millôr Fernandes.
No cinema, assinou os roteiros dos filmes Eternamente Pagu (1987), de Norma Bengell, e O judeu (1996), escrito com Millôr Fernandes, Gilvan Pereira e o diretor do filme, Jom Tob Azulay.
Por vários anos atuou como comentarista sobre poesia e literatura em geral no programa de variedades “Comentário Geral”, da TV Brasil, do Rio de Janeiro. Adaptou diversas obras literárias para a televisão, destacando-se os episódios “O santo que não acreditava em Deus”, “A Desinibida do Grajaú”, “Lúcia McCartney” e “O Compadre de Ogum”, da série “Brasil Especial”. Escreveu as minisséries “Tudo em cima”, exibida em 1985, e “O sorriso do lagarto (do romance homônimo de João Ubaldo Ribeiro), exibida em 1991. Participou da equipe de criação do programa “Tamanho Família” e da série “Você Decide”.
Em 2000, no Mistura Fina, lançou o livro “Por mares nunca Dantes” (Editora Objetiva), poema épico-burlesco cujo protagonista mais visível é o poeta Luis Vaz de Camões.
Em 2005 no livro “Tons e sons do Rio de Janeiro de São Sebastião”, de Ricardo Cravo Albin, foi encartado o disco da Sinfonia do Rio de Janeiro de São Sebastião, para a qual compôs as letras em parceria com Paulo César Pinheiro sob músicas de Francis Hime. No livro também foi impresso o libreto com as letras da sinfonia, criada por Ricardo Cravo Albin.
No ano de 2006 lançou o livro de poemas “Balada do impostor” (Editora Garamond) que contou com comentários Nélson Ascher, Silvano Santiago, Sérgio Sant’Anna, Moacir Ferreira Amâncio e André Gardel. Neste mesmo ano manteve uma Oficina Literária no Centro Cultural Cartola, na Mangueira. No ano posterior, em 2007, o Ministério das Relações Exteriores, através de seu Departamento Cultural e da Fundação Alexandre Gusmão, lançou uma versão em inglês do livro “Tons e sons do Rio de Janeiro de São Sebastião”. Feita pelo Embaixador Sérgio Queirós Duarte, distribuída em todas as embaixadas do Brasil no exterior, o livro ainda trazia o DVD da “Sinfonia do Rio de Janeiro de São Sebastião”. Neste mesmo ano de 2007 lançou o livro “Balada do impostor” no Espaço Solar dos Mellos, na cidade de Macaé, lançamento no qual contou com a participação musical do parceiro Piry Reis.
No ano de 2010, com o poeta Salgado Maranhão, apresentou-se na Casa de Fernando Pessoa, em Lisboa, declamando poemas de seus livros. Neste mesmo ano lançou, na Livraria da Travessa, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, o livro “Poesia Reunida” (Nova Fronteira /Fundação Biblioteca Nacional). Neste mesmo ano adaptou, com Alcides Nogueira (a pedido de Daniel Filho), o remake da novela “O Astro”, de Janete Clair, para a Rede Globo, levado ao ar no horário das 23 horas. No ano posterior, em 2011, traduziu e montou o texto “RJ de Shakespeare” que foi levado aos palcos de São Paulo; apresentou-se com a atriz Mariana Ximenes, em teatros de todo o país em uma série de palestras que irão se transformar em um DVD; adaptou o texto de “Gota D’água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes para cinema, com direção de Roberto Talma.
Em 2012 recebeu o prêmio “Emmy Internacional”, pela adaptação de “O Astro”, escrita no ano anterior, em parceria com Alcides Nogueira. Ainda em 2012, criou os textos da série “As Brasileiras”, da Rede Globo; adaptou o livro “A Casa dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, para cinema, filme no qual o papel principal coube a Sônia Braga. No ano segunte, em 2013, publicou “O discurso do amor rasgado”, traduções de poemas, fragmentos e cenas de Shakespeare, organizado em parceria com Ana Paula Pedro. O livro ficou entre os finalistas do “Prêmio Jabuti”. Lançou “O Discurso do Amor Rasgado – poemas, cenas e fragmentos de William Shakespeare”, no qual celebrou 30 anos de convívio com seu amigo virtual William Shaskespeare, com tradução de textos de dramaturgia e poemas do autor inglês, além de posfácio de Nelson Ascher. O livro foi publicado pela Editora Nova Fronteira e lançado na Livraria Argumento, no bairro do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro, com leitura de textos por vários atores da Rede Globo e pelo próprio autor. Neste mesmo ano de 2013, ao lado de Ricardo Cravo Albin e Paulo Roberto Direito, integrou o corpo de jurados do “5º Concurso de Sambas de Quadra”, produzido pela Prefeitura do Estado do Rio de Janeiro. No ano posterior, em 2014, fez conferência na Academia Carioca de Letras, ao lado de Ana Paula Pedro, intitulada “A Mulher Carioca”, a convite do presidente da instituição Ricardo Cravo Albin. Neste mesmo ano escreveu, para Juca de Oliveira, uma adaptação para solo do “Rei Lear”, de Shakespeare. Neste mesmo ano, 27 de seus poemas, traduzidos para o inglês por Charles Perrone, são publicados pela Machado de Assis Magazine, da Biblioteca Nacional.
Em 2015 lançou o livro de poemas “Subúrbios da Galáxia”, antologia poética organizada por Ana Paula Pedro, e publicada pela Editora Nova Fronteira.No ano seguinte, em 2016, finalizou três textos para teatro, as peças “Os Vilões de Shakespeare”; “Uma Peça Sobre Tchekhov” e “Rio, O Musical”, esta última estreada com direção de Ulysses Cruz. Neste mesmo ano, de 2016, foi eleito para ocupar a Cadeira 24, na sucessão de Sábato Magaldi (tornando-se o sexto ocupante) e recebido em 31 de março de 2017 pelo Acadêmico Antônio Carlos Secchin. Ao lado do cineasta Zelito Viana e do escritor Godofredo de Oliveira Neto, participou do “Projeto Palavra Por Palavra – A Literatura na Tela do Cinema”, no Auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa Casa, um debate sobre o documentário “Ferreira Gullar – A Arte Existe Porque A Vida Não Basta”, dirigido por Zelito Viana. Ainda em 2017 passou a assinar uma coluna semanal no “Caderno Ela”, do jornal O Globo. Na Fundação Casa Rui Barbosa, ao lado de Nélida Piñon e Lúcia Bittencourt, participou do debate “Nélida Piñon – 80 Anos de Vida e Literatura”, na ocasião da exibição do documentário sobre a homenageada, pelo projeto “Palavra Por Palavra – Sempre Um Bom Debate”. Neste mesmo ano, de 2017, por iniciativa do vereador Reimont, recebeu o título de “Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro”, no plenário – Palácio Pedro Ernesto, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Ainda em 2017, trabalhou na adaptação para cinema da peça “Se Ficar O Bicho Pega, Se Correr O Bicho Come”, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar.
No ano de 2019 lançou o livro “Hamlet – William Shakespeare”, na Livraria da Travessa, no Leblon. Na ocasião, foram lidos trechos da tradução por Martinho da Vila, Ana Paula Pedro, Zélia Duncan, Paulo Ricardo, Bruce Gomlevsky e Maria Padrilha. Neste mesmo ano, de 2019, finalizou, em parceria com Antônio Cícero, um volume com diálogos entre ambos sobre poesia engajada, poesia e poema, tradução e poesia e letra de música, encomendado pela Editora Agir. Neste mesmo ano, de 2019, foi eleito para receber o prêmio “Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro” da Academia Carioca de Letras, a maior homenagem da ACL, Casa de Anchieta.
Sobre a questão do que é letra e o que é poesia, declarou, em 28 de outubro de 1995, em entrevista ao Jornal do Brasil:
“A verdade é que poesia e letra (de música) não são a mesma coisa. O João Cabral tem uma definição boa disso, numa orelha da ‘Morte e vida Severina’, onde ele diz que estava escrevendo aqueles poemas para um quarto de atenção. São poemas para serem escutados, eles não têm a dimensão da visualidade. Precisam ter uma clareza maior, uma complexidade menor. Tudo isso faz parte do universo da canção e não do da poesia. O que não implica necessariamente numa hierarquia. Não saberia hierarquizar a palavra cantada e a palavra impressa.”
No ano de 2021 foi apresentada pela plataforma do Youtube a vídeo-ópera “Na Boca do Cão”, com poema e libreto de sua autoria, inspirado em uma tragédia vivida pela soprano e atriz Gabriela Geluda, que aos dois anos de idade teve sua cabeça tragicamente abocanhada por um pastor alemão e ao longo da sua trajetória encontrou na arte uma saída para os inúmeros traumas acarretados pelo episódio.
No ano de 2024 a cantora e compositora Rosa Emilia Dias organizou uma homenagem de amigos e parceiros do poeta Cacaso na Livraria da Travessa, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O evento, “Uma Noite Pra Cacaso”, contou com a participação e depoimentos de Chacal, David Tygel, Nélson Ângelo, José Joaquim Salles, Muri Costa, Marcelo Costa, Ana de Hollanda, Heloísa Teixeira, Joyce Moreno, Juca Filho, Euclides Amaral, Mariano Marovatto, Olívia Byington e de Rosa Emília, além de Pedro Landim, filho do poeta, e ainda, do próprio Geraldo Carneiro, que declamou “Lero, lero”, uma letra do homenageado. Ainda em 2024, ministrou palestra no Teatro R. Magalhães Jr, da Academia Brasileira de Letras, pelo “Projeto Mitos da Música Brasileira – Ciclo de Conferências”, tendo como tema “Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim”, com Coordenação Acadêmica de Antônio Carlos Secchin e Coordenação do Ciclo, do próprio Geraldo Carneiro.
Em 1968 apresentou-se em programas de televisão com Danilo Caymmi e Paulo Jobim. Por essa época conheceu Egberto Gismonti. No ano posterior, em 1969, Jorginho Teles gravou sua primeira música: “Tristeza, tristeza”, parceria com Eduardo Souto Neto, com quem também compôs “Choro do nada”, cuja primeira gravação, ainda na década de 1960, foi de Vinícius de Moraes, que à revelia dos autores, modificou a lera de Geraldo Carneiro, que no original dizia:
“Retorno a rumo de casa, com um sorriso nos olhos, você não sabe de tudo, você não sabe de nada.”
Modificada por Vinícius de Moraes para:
“Retorno a rumo de casa, com a alma reconfortada, você não sabe de tudo, você não sabe de nada.”
A composição seria regravada por vários intérpretes, inclusive, pela dupla Tom & Miúcha, sempre com a letra modificada, e só seria gravada com a letra original por Danilo Caymmi, muitos anos depois, no CD “Gozos da Alma” (Biscoito Fino).
Em 1970, atuou como pianista no disco “Vocês querem mate”, de Piry Reis. Nesse mesmo disco atuaram Danilo Caymmi, Paulo Jobim e Wilson das Neves. Ainda em 1970, formou a banda Poder Salvador da Lapa, na qual atuava como pianista e violonista, ao lado de Danilo Caymmi na flauta, Piri Reis ao violão e Paulo Jobim na flauta, com a qual apresentou-se nem város programas de televisão, entre os quais o da apresentadora Hebe Camargo.
No ano de 1972, Egberto Gismonti gravou “Água e vinho”, parceria de ambos, faixa-título do LP que registrou também as parcerias “A traição das esmeraldas” e “Ano zero”. Ainda nesse ano assinou a produção musical do LP “Egberto Gismonti”, com destaque para suas canções “Luzes da ribalta” e “Encontro no bar”, ambas em parceria com Egberto Gismonti. Dois anos depois, em 1974, o grupo A Barca do Sol (do qual fazia parte seu irmão Nando Carneiro e ainda Alan Pierre, David Gang e os irmãos Muri e Marcelo Costa) gravou, de sua autoria, “Brilho da noite”, “As boas consciência” e “Alaska”, todas em parceria com Nando Carneiro, e ainda “Fantasma da ópera”, (c/ Muri Costa) e “Lady Jane” (c/ Nando Carneiro), sendo as últimas duas, os dois primeiros sucessos da banda. Também em 1974, realizou a produção musical do LP “Academia de danças”, de Egberto Gismonti. No ano seguinte, em 1975, compôs 10 músicas com Astor Piazzola, destacando-se “Muralha da China” e “A ilha”, ambas gravadas por Astor Piazzola. Mais tarde, “A ilha” foi regravada por Ney Matogrosso. Neste mesmo ano de 1975 a dupla Toquinho e Vinicius gravou “Choro de nada”, parceria com Eduardo Souto Neto. No ano posterior, em 1976, o grupo A Barca do Sol registrou, no LP “Durante o verão”, suas canções “Hotel colonial” (c/ Muri Costa), “Outros carnavais” (c/ Jaques Morelembaum), “A língua e a bainha” (c/ José Roberto Rezende e Nando Carneiro), “Os pilares da cultura” (c/ Jaques Morelembaum), “Belladonna , Lady of the rocks” (c/ Nando Carneiro), “Banquete” (c/ Jaques Morelembaum) e faixa-título (c/ Nando Carneiro).
Em 1978, Zezé Motta interpretou “Rita baiana”, parceria com John Neschling, que se tornou um dos primeiros sucessos da cantora. Nesse mesmo ano, Olívia Byington incluiu, no LP “Corra o risco” (acompanhada pelo grupo A Barca do Sol), as seguintes composições de sua autoria: “Fantasma da ópera” (c/ Muri Costa), “Lady Jane” (c/ Nando Carneiro), “Corra o risco” (c/ Olívia Bayington), “Jardim da infância” (c/ Nando Carneiro e José Roberto Rezende), “Banda dos corações solitários” (c/ Nando Carneiro), “Água e vinho” (c/ Egberto Gismonti), “Brilho da noite” (c/ Nando Carneiro), “Minha pena, minha dor” (c/ John Nechhling) e a inédita “Luz do tango”, parceria com Astor Piazzola. Neste mesmo ano Tom Jobim e Miúcha regravaram em dueto “Choro de nada”.
Em 1979, o grupo A Barca do Sol registrou, no LP “Pirata”, suas canções “Tereza Boca do Rio” (c/ Nando Carneiro), “Mercado das flores” (c/ Muri Costa), “Jardim da infância” (c/ Nando Carneiro e Beto Rezende) e “Manoel” (c/ Muri Costa e Beto Rezende).
Ainda na década de 1970, compôs com Francis Hime a ópera “Carnaval”. No ano seguinte, em m 1980, sua cançao “Anjo vadio”, de sua em parceria com Olívia Byington, deu título ao disco da cantora, no qual também foram incluídas outras composições de sua autoria, como “Nossa Senhora dos Aflitos” (c/ Nando Carneiro), “Mais clara, mais crua” (c/ Egberto Gismonti) e “Olha a lua”, (c/ John Neschling). No ano posterior, em seguinte, em 1981, Beth Goulart, gravou, no disco “Sementes no ar”, sua canção “O balão” (c/ Nando Carneiro), que havia sido apresentada no “Festival da Rede Globo”. Ainda nesse disco, a cantora registrou “Cartilha” e “Carlitos”, parcerias de ambos.
Em 1982, Octavio Burnier incluiu, no LP “Aventura”, a faixa “No meio da roda”, parceria de ambos. Essa mesma composição foi depois regravada por Fafá de Belém. Ainda nesse ano, Beth Goulart incluiu, no disco “Passional”, “Paixão”, versão de sua autoria para “Smile” (Charles Chaplin, John Turner e Geoffrey Parsons), além de “Ai de mim” (c/ John Neschling), “Polichinelo” (c/ Piry Reis) e “Severina” (c/ Nando Carneiro).
No ano de 1984, Piry Reis incluir, no LP “Caminho do Interior”, várias parcerias de ambos: “O sol na janela”, “Cisplatina”, “Céu de Manágua”, “O estrangeiro” e “Limites”. Também nesse ano, compôs com Francis Hime “Pau-brasil”,depois regravada por Martnália.
Em 1986 Piry Reis gravou no LP “Rio zero grau”, outras parcerias de ambos: “Jardim de Alah”, “Marinheiro do sol”, “Arte de amar”, “Fim de folia” e “Polichinelo”. No ano posterior, em 1987, Olívia Byington registrou, no disco “Melodia sentimental”, sua canção “Caravela” (c/ Egberto Gismonti). No ano seguinte, em 1988, compôs com Francis Hime “Cantata”. Nesse mesmo ano, Wagner Tiso gravou “Manú Çaruê – Uma aventura holística”, ópera com argumento de Wagner Tiso e roteiro de sua autoria, com destaque para a faixa “1º baile antropófago transracial de Santa Cruz”, parceria de ambos, interpretada por Cazuza.
Em 2000, foi convidado, juntamente com Paulo César Pinheiro, para escrever letras para canções da “Sinfonia para o Rio de Janeiro”, escrita por Francis Hime e estruturada em cinco movimentos idealizados por Ricardo Cravo Albin (lundu, modinha, choro, samba e bossa nova), tendo como intérpretes Olívia Hime, Sérgio Santos, Lenine, Leila Pinheiro e Zé Renato. A sinfonia foi lançada em CD e DVD no ano seguinte pelo selo Biscoito Fino.
Gal Costa gravou, em 2001 sua versão “Contigo aprendi”.
Em 2002, seu livro “Por mares nunca Dantes” foi adaptado para peça de teatro, tendo como diretor Moacir Chaves e no elenco Tonico Pereira, entre outros. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Por mares nunca Dantes”, com poemas do livro homônimo musicado por Lenine. O lançamento do disco aconteceu na Lona da Marina da Glória (RJ) e contou com a participação de atores, atrizes, poetas e músicos da cena brasileira. Do disco participaram Pedro Paulo Rangel (como Luís Vaz de Camões), Daniel Dantas (como o Executivo e o Traficante), Mariana de Moraes (como Aurora Boreal), Jads Macalé (o Office-boy Bode Preto), Olívia Byington (Canto da Sereia) e Tonico Pereira como Pai Creuzo Caveirinha e Babalorixá de Belford Roxo, além do próprio autor, Geraldo Carneiro como o narrador principal. O disco contou também com trilha sonora de Lenine e participação do percussionista Marcos Suzano. No ano segunte, em 2003, fez palestra no Movimento Freudiano, sobre a obra do poeta inglês William Shakespeare.
No ano de 2006 o grupo AfroReggae, no CD “Nenhum motivo explica a guerra”, gravou de sua autoria “A aquarela dela”, parceria com Ando, Cosme Augusto, Dinho, Jairo Cliff, Joel Dias e José Júnior, integrantes da banda. Neste mesmo ano lançou, pelo Selo Sesc Rio-Som e Série Poetas da Canção (Selo dirigido pelo poeta Sergio Natureza), o CD “Gozos da alma”, disco no qual participaram Olívia Hime interpretando “Falta-me você” (c/ Jacob do Bandolim); AfroReggae na faixa “A aquarela dela”; Francis Hime em “Gozos da alma” e “O amor passou”, parcerias de ambos; Olívia Byington e “Lady Jane”, “Luz do tango”, “Palhaço – mais clara, mais crua” (c/ Egberto Gismonti)) e “Olha a lua”; Lenine em “Lundu” (c/ Fancis Hime); Danilo Caymmi “A for e o cais” (c/ Wagner Tiso) e “Choro de nada” (c/ Eduardo Souto Neto) e Zezé Motta em “Rita Baiana”, além do próprio poeta declamando “O tal total”, poema integrante do livreto de poesias “À flor da língua”, encartado no disco.
No ano de 2011 lançou o CD “Gozos da alma” (reeditado pela gravadora Biscoito Fino), na Livraria da Travessa, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.
Em 2016 lançou a antologia poética “Subúrbios da galáxia” na Livraria Argumento, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janerio. Na ocasião, alguns textos do livro ganharam leituras teatralizadas pelo ator Tonico Pereira, com direção de Bruce Gomlevski.
Autor de mais de 500 letras gravadas por diversos intérpretes como Tom Jobim, Miúcha,Toquinho & Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Danilo Caymmi, Martinho da Vila, Airto Moreira, Danilo Caymmi, Martnália, Lenine, AfroReggae, Zezé Motta, Gal Costa e Michel Legrand, Martnália, AfroReggae, entre outros.
Entre os seus muitos parceiros destacam-se o argentino Astor Piazzolla e os brasileiros Tom Jobim, Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Martinho da Vila e Francis Hime.
(Um poema para...)
Ciclo de PODCASTS: Pensando o Novo Normal
(vários)
(vários)
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