
Cantor. Compositor. Ritimista. Músico.
Mudou-se para o Rio de Janeiro aos 20 anos, indo residir na cidade de Petrópolis, onde trabalhou como servente de pedreiro e de cumim no Cassino Tênis Clube.
Aos 30 anos mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro.
Amigo do cantor e compositor Geraldo Pereira, que acompanhava ao pandeiro em shows e pela noite do Rio de Janeiro.
Como arregimentador de músicos para gravações trabalhou na gravadora Copacabana Discos (no Rio de Janeiro e em São Paulo).
Até o seu falecimento, na UPA da Penha, residiu, por longo tempo, no Conjunto dos Músicos, em Inhaúma, subúrbio do Rio de Janeiro. Ele, havia muito, residia nesse endereço.
Também ficou conhecido no meio artístico e familiar pelo pseudônimo de Barbosão.
Ao chegar na cidade de Petrópolis passou a atuar como sanfoneiro e cavaquinista em shows. Logo depois trabalhou como ritmista no Cassino Tênis Clube. Na época, integrava o conjunto Os Tangarás, grupo responsável pela parte musical dos espetáculos promovidos pelo produtor Carlos Machado.
Como percussionista atuou em gravações e shows com vários artistas a partir da década de 1940, quando trabalhava como músico da Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Também atuou como pandeirista no programa “Rio Dá Samba”, comandado por João Roberto Kelly na TV Tupi do Rio de Janeiro, no qual também trabalhavam como músico Raul de Barros (trombone), Roberto Paciência (violonista), Paulinho da Aba (ritmista) e o cantor Jamelão. Trabalhou na boate Casablanca, na Urca, a convite de Carlos Machado. Logo depois atuou no Hotel Quitandinha integrando o grupo musical Quitandinha Serenaders, e ainda no Hotel Cremeri,também na Região Serrano do Rio de Janeiro.
Com o acordeonista Mário Lessa tocou por algum tempo na Churrascaria Tijucana, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Em 1949 já atuava como ritimista em gravações da Gravadora Star.
No ano de 1953 passou a atuar como músico na Rádio Tupi, do Rio de Janeiro.
No ano de 1959 passou a acompanhar, como percussionista, Ataulfo Alves. No grupo do cantor também atuava como passista. Neste mesmo ano trabalhou como ritmista e passista da revista musical “Bom Mesmo É Mulher”, de Vicente Paiva (maestro) e Rosa Mateus (bailarino e ator).
Entre 1960 e 1970 integrou como ritimista o grupo Os Copa Vips, conjunto residente da Gafieira Elite, da Praça da República, centro do Rio de Janeiro.
Em 1962 teve composições de sua autoria incluídas no longa-metragem “Garrincha, Alegria do Povo”, de Joaquim Pedro de Andrade.
No ano de 1964 sua composição “O Império desce”, em parceria com Mano Décio da Viola (que assinou com o pseudônimo Dom Carlos) e Amaury de Oliveira, foi incluída na trilha sonora do filme “Interpol Chamando o Rio”, de Leo Fleider, longa-metragem com produção de Brasil e Argentina.
No ano de 1973 gravou pela Copacabana Discos um LP (nunca lançado pela gravadora) só com composições de sua autoria, disco no qual contou com a participação de músicos renomados, entre os quais o Maestro Pachequinho (arranjos), Luiz Avellar (piano), João Roberto Kelly (piano), Zé Carlos (guitarra e cavaquinho), Maurício Scarpelli (baixo), Roberto Marques (trombone), Netinho (sax alto), Moacir Marques (sax tenor), Aurino (sax barítono), Newton Rodrigues (pistom), Fernando Pereira (bateria), Jorge Gomes (percussão).
No ano de 1976 o parceiro Wilson das Neves lançou o LP “O som quente é o Das Neves”, no qual interpretou “Sá nega”, em parceria com Ineres e Geraldo Barbosa.
Em 1977 o grupo Chapéu de Palha gravou de sua autoria a faixa “Maneiroso”.
Atuou em shows e gravações junto a outros percussionistas como Bezerra da Silva, Bucy Moreira, Luna, Eliseu, Marçal, Arnô Canegal e Raul Marques, este último, seu parceiro em várias composições.
Entre seus intérpretes destacam-se Roberto Silva, Jorge Veiga, Genival Lacerda, Blecaute, Gilberto Alves e grupo Chapéu de Palha em “Maneiroso”.
Entre seus muitos parceiros destacam-se Wilson das Neves e Geraldo Vespar.
Atuou como ritimista de Geraldo Pereira e do pianista Newton Mendonça.
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.