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Nome Artístico
Genival Lacerda
Nome verdadeiro
Genival Lacerda
Data de nascimento
5/4/1931
Local de nascimento
Campina Grande, PB
Data de morte
Campina Grande, PB
Local de morte
7/1/2021
Dados biográficos

Cantor. Compositor. Foi internado em novembro de 2020 para se tratar de um pneumonia decorrente da covid 19 da qual viria a falecer em 7 de janeiro de 2021.

 

Dados artísticos

Em 1956 lançou pela Mocambo o seu primeiro disco interpretando o “Coco de 56” de sua autoria e João Vicente e o xaxado “Dance o xaxado” de sua autoria e Manoel Avelino. Em 1957, gravou de Antonio Barros o rojão “Dança do bombo” e o coco “Balança o coco”. Em 1961 gravou de Rosil Cavalcânti a moda de roda “Noé, Noé” e o “Coco de roda”. Em 1962 gravou a moda de roda “Vasante da maré” de sua autoria e Antônio Clemente e o “Coco de cajarana” de sua autoria e Jacinto Silva. No mesmo ano adaptou com Antônio Clemente o coco “Mariá” de motivo popular e compôs com Rosil Cavalcânti o coco “O delegado deu ordem”. Em 1963 gravou de sua autoria e Antônio Clemente o coco “Cajueiro abalou” e o arrasta-pé “Tomaram o meu amor”.
Em 1975 gravou com enorme sucesso “Severina xique-xique”, que fez parte do LP “Aqui tem catimberê”. Graças a essa composição de sua autoria e João Gonçalves vendeu cerca de 800 mil cópias. Em 1976 lançou pela Copacabana o LP “Vamos Mariquinha”, interpretando, entre outras, “É aí que você se engana” de sua autoria e João Gonçalves, “Forró da gente” de Onildo Almeida, “Sanfoneiro alagoano” de Brito Lucena, “Eu preciso namorar” de Gordurinha e “A mulher da cocada” de sua autoria e João Gonçalves. No mesmo ano, gravou pela Polyfar, outro LP com seu nome como título, onde registrou, entre outras, “Esse coco é bom” de sua autoria e Genival Santos, “Ninguém vive sem amar” de Juarez Santiago, “Quero me casar” de Gordurinha e “Chegue mais pra cá”, em parceria com Francisco Azulão. Em 1977, lançou o LP “O homem que tinha três pontinhos”, no qual interpretou de Cecéu e Graça Góis “Gente quase boa”, “Mamã” e “Segure a cabra” e de sua autoria e Luiz Santa Fé “O homem que tinha três pontinhos” e “Sacolejando”. Em 1985 lançou pela RCA o LP “Caldinho de mocotó”.
Em 1987 gravou com grande sucesso o LP “A fubica dela”, pela RCA com arranjos e regência de Sivuca e com a participação dos músicos Sivuca e Dominguinhos no acordeom e Coroné, integrante do Trio Nordestino na zabumba. Desse disco destacaram-se as composições “É nóis aqui forrumbando” dele e Accioly Neto, “A cobra de camelô” com João Gonçalves, “Fio dental” dele e Jorge de Altinho e “Seu amor é mesmo um doce”, em parceria com Cecílio Nena. Alguns de seus maiores sucessos foram “Radinho de pilha” de Namd e Graça Góis, posteriormente regravado pelo conjunto de rock “Camisa de Vênus”, “Tem pouca diferença” de Durval Vieira, que ele gravou acompanhado pelo grupo Capital do Sol e “Mate o véio, mate”. Com estilo satírico e picante, em cerca de 40 anos de carreira, já havia gravado 38 LPs.
Em 1999, participou do disco “Marinês e sua gente – 50 anos de forró”, cantando ao lado de Marinês o  “Forró do beliscão”, de Ary Monteiro, João do Vale e Leôncio. Em 2000 lançou, pela gravadora CID, o CD “Genival Lacerda ao vivo”, em comemoração aos seus 50 anos de carreira, contando com as participações especiais de Dominguinhos e de Osvaldinho do Acordeom, e de Durval Pereira, no zabumba, pandeiro de triângulo, em show realizado na casa de espetáculos Coringa em São Paulo. No CD estão presentes diversos sucessos de sua carreira, entre os quais “Severina Xique Xique”, “Radinho de pilha”, “Mate o véio” e “Caldinho de mocotó”.
Em 2003, lançou pela gravadora Xique Xique Music o CD “O Pensador” com as músicas “Tá Beleza”, com João Silva, “Um Matuto Em Nova York” e “O Pensador”, com João Caetano, “Não Fale Mal Do Meu Sertão”, de Adilson Medeiros e Luciano Magno, “Peroba Roxa”, de Eustáquio Sena, com a participação de Flávio José, “Meu Orgulho É Ser Vaqueiro”, de Téo Azevedo, “Sete Léguas”, de Eustáquio Sena e Roberto Ornelas, “A Gente Quer É Forrozar”, com João Silva, “Está Escura A Minha Rua”, com Tony Araújo, “Eu Mamo No Peito Dela”, de João Caetano e Graça Góis, “Tá Bom, Tá Divino”, com Geraldo Lins, com a participação de João Lacerda Neto, “Vaqueiro Arroxado”, de Vanildo de Pombos, com a participação de Genival Lacerda Filho, e “Sou Romeiro Do Padre Cícero”, com João Gonçalves.
Em 2004,  foi homenageado pelos mais de 50 anos de carreira, cantando com com a cantora Clemilda, durante o IV Fórum de Forró de Aracaju no Teatro Atheneu. Na ocasião realizou um concorrido show durante o evento.
Em 2008, fez uma turnê pelos principais centros do forró nordestino, dentre os quais Aracaju, Caruaru, João Pessoa e Juazeiro. Essa turnê deu origem, no mesmo ano, a um documentário “É tudo verdade – O Rei da Munganga”. O filme, que acompanha Genival na sua mais recente viagem pelo nordeste, teve produção, roteiro e direção de Carolina Paiva, e contou com a participação especial da Orquestra Sinfônica Jovem do estado da Paraíba, que acompanhou o cantor em algumas músicas. Durante o documentário, que foi dedicado à memória de Marinez, sua ex-esposa, são tocados sucessos como “Severina Chique-Chique”, do prórpio Genival Lacerda; “Maristela”, de Pinto do Acordeon; e “Minha origem”. Em 2010, gravou, de forma independente, o CD “60 anos de forró e alegria” registrando antigos sucessos e novas gravações, tais como “Vizinha Fofoqueira”, de Geraldo Rodrigues, Marcelo Ruivo e João Lacerda, “O Chevette da Menina”, de Durval Vieira e Macambira, com a participação de Ivete Sangalo, “Se Não Fosse O Forró”, de Adilson Medeiros, “Severina Xique-Xique”, de João Gonçalves e Genival Lacerda, com a participação de João Lacerda, “Calango do Fuá”, de Téo Azevedo e Genival Lacerda, com a participação de Zeca Pagodinho, “Para Papagaio”, de Antônio Barros, com a participação de Chico César, “Quem Dera”, de Nando Cordel e Genival Lacerda, com a participação de Adelmário Coelho, “O Veio Tá Carente”, de Adilson Medeiros, “Amor, Querer E Paixão”, de João Caetano e Ricardo Reis, com a participação de João Lacerda, “Peroba Roxa”, de Eustáquio Sena, coma participaçãode Flávio José, “Currupio”, com Zé Marcolino, com a participação de  Dominguinhos, “Rock Do Jegue”, de Bráulio de Castro e Célio Roberto, “Lei do Divórcio”, com Joca de Castro, “Tô Te Amando Neném”, com Cecílio Nena, “Não Tô Nem Aí”, de Vanildo de Pombos, “Paraíba Apaixonado”, com Cecílio Nena, “A Filha de Mané Bento”, com João Gonçalves, e “Você Morre Mas Não Come”, de Júnior Vieira. Em 2012, lançou de forma independente o  CD “Genival Lacerda canta Luiz Gonzaga no balanço do forró” e que contou com diferentes participações especiais na interpretação das obras “Penerô Xerém”, de Luiz Gonzaga e Miguel Lima, “São João do Carneirinho”, de Guio de Morais e Luiz Gonzaga, “Balance Eu”, de Luiz Gonzaga e Nestor de Hollanda, “Riacho do Navio”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, “Dedo Mindinho”, de Luiz Gonzaga, “Forró Nº 1”, de Cecéu, e “Ovo de Codorna”, de Severino Ramos, todas cantadas apenas por ele. Já as partcipações especiais cantando com ele foram de Fagner em “Pense Neu”, de Gonzaguinha, de Elba Ramalho em “Nem Se Despediu de Mim”, de Luiz Gonzaga e João Silva, de Chico César em “Facilita”, de Luiz Ramalho, de Dominguinhos em “Forró No Escuro”, de Luiz Gonzaga, de João Lacerda em “Óia Eu Aqui de Novo”, de Antônio Barros, de Frank Aguiar em “Deixa a Tanga Voar”, de Luiz Gonzaga e João Silva, de Thaís Juriti em “Baião da Garoa”, de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil, de Flávio José em “Vozes da Seca”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, e de Carlos André em “A Vida do Viajante”, de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil.
Em 2016, apresentou-se como uma das principais atrações do maior palco da festa de São João de Campina Grande, na Paraíba. “O maior São João do mundo”, como é conhecida a festa, recebeu, nesta edição, uma média de 100 mil pessoas por dia. Em 2019, aos 88 anos, apresentou-se no Viradão Cultural da cidade de São Paulo, no palco dedicado à música brega, no bairro Arouche. Sua participação, em que cantou seus sucessos como “Mate o Véio” e “Severina Xique-Xique”, foi destacada pela imprensa como “divertida, debochada e com muita animação”. Em 2020, aos 89 anos, sofreu um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico e foi internado no Hospital D’Ávila, no Recife, tendo alta 3 dias depois, mas sendo mantido sob medicação e observação em casa.

Discografias
[S/D] Copacabana LP Aqui tem catimberê
[S/D] BachGuild LP Genival Lacerda
2012 Independente CD Genival Lacerda canta Luiz Gonzaga no balanço do forró
2010 Independente CD 60 anos de forró e alegria
2003 Xique Xique Music CD O Pensador
2000 CID;00488-6; CD Genival Lacerda ao vivo
1999 Pardadoxx Music CD Forró Dance by Genival Lacerda
1998 RGE CD Tributo a Jackson do Pandeiro
1997 RGE CD O Photografo
1996 RGE CD O brinquedo da menina
1991 Continental LP Aqui só tem forró
1990 Continental LP Negócio da China
1988 Continental LP Galeguim do zoi azu
1987 RCA LP A fubica dela
1986 RCA Carmen LP Hotdog Baiano
1985 RCA LP Caldinho de mocotó
1984 Copacabana LP Troque as pilhas, só não mate o véio
1982 Copacabana LP Genival Lacerda
1980 Sinter LP O rei da munganga
1977 Copacabana LP O homem que tinha três pontinhos
1976 Polyfar LP Genival Lacerda
1976 Copacabana LP Vamos Mariquinha
1975 LP Aqui tem catimberê
1971 Fontana LP Mungangueiro Aloprado
1963 Mocambo 78 Cajueiro abalou/Tomaram o meu amor
1962 Mocambo 78 Forró de Zé Lagoa/Maria de Belém
1962 Mocambo 78 Mariá/O delegado deu ordem
1962 Mocambo 78 Noé, Noé/Coco de roda
1962 Mocambo 78 Salve Cosme e Damião/Rei do cangaço
1962 Mocambo 78 Vasante da maré/Coco da cajarana
1961 Mocambo 78 Rojão nacional/Eu vou pra Lua
1957 Mocambo 78 Dança do bombo/Balança o coco
1956 Mocambo 78 Coco de 56/Dance o xaxado
1947 Tropicana/CBS LP Ralador de Coco
Obras
A Filha de Mané Bento - com João Gonçalves
A cobra de camelô (c/ João Gonçalves)
A mulher da cocada (c/ João Gonçalves)
Az de copas (c/ João Gonçalves)
Beth close (c/ João Gonçalves)
Burrico da Gabriela (c/ João Gonçalves)
Cajueiro abalou (c/ Antônio Clemente)
Calango do Fuá - com Téo Azevedo
Chegue mais pra cá (c/ Francisco Azulão)
Coco da cajarana (c/ Jacinto Silva)
Coco de 56 (c/ João Vicente)
Dance o xaxado (c/ Manoel Avelino)
Esse coco é bom (c/ Genival Santos)
Estalo de Vieira (c/ Luiz Santa Fé)
Eu perdi o meu amor (c/ Juarez Santiago)
Fio dental (c/ Jorde de Altinho)
Lei do Divórcio - com Joca de Castro
Maria de Belém (c/ Braz do Pandeiro)
Mariá (c/ Antônio Clemente)
Mungusá de coco (c/ João Gonçalves)
O bom d'aqui sou eu (c/ Agamenon Borges)
O coco da umbigada (c/ Bartolomeu Medeiros)
O delegado deu ordem (c/ Rosil Cavalcânti)
O homem que tinha três pontinhos (c/ Luiz Santa Fé)
O pai dela não quer (c/ Matto Vieira)
Paraíba Apaixonado - com Cecílio Nena
Porco mecânico (c/ João Gonçalves)
Rei do cangaço (c/ J. Borges)
Sacolejado (c/ Luiz Santa Fé)
Salve Cosme e Damião (c/ Manoel Avelino)
Seu amor é mesmo um doce (c/ Cecílio Nena)
Seu reverendo (c/ Elias Soares)
Severina Xique-Xique (c/ João Gonçalves)
Tomaram o meu amor (c/ Antônio Clemente)
Transplante de coração (c/ Verinha Neves)
Tô Te Amando Neném - com Cecílio Nena
Vasante da maré (c/ Antônio Clemente)
Você já me fez sofrer (c/ João Gonçalves)
É aí que você se engana (c/ João Gonçalves)
Ê nóis aqui forrumbando (c/ Accioly Neto)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.