Poeta. Letrista. Escritor.
Nascido em Juazeiro, estudou e trabalhou por seis anos com agronomia. Chegou também a ser jogador profissional de futebol de salão, ganhando o título de campeão baiano. Na cidade natal, conheceu João Gilberto ainda adolescente, em uma visita feita pelo pai da bossa-nova na cidade quando já estava no Rio de Janeiro. O encontro aconteceu por conta da amizade do jovem Galvão com Buliu, um dos irmãos de João. O início da amizade com João Gilberto possibilitou a convivência dele com os Novos baianos, anos mais tarde, que seria fundamental na formação da identidade musical do grupo.
Mudou-se nos anos 1960 para Salvador, onde conheceu o músico e compositor Tom Zé, que lhe apresentou Moraes Moreira, na época, aluno de violão de Tom Zé. Logo depois conheceu o cantor e compositor Paulinho Boca de Cantor e, com estes dois, criou o conjunto Os Novos Baianos em 1968.
Cardiopata e diabético, em setembro de 2022 foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas FMUSP), em São Paulo. Passou por cirurgia cardiovascular antes de falecer, no dia 22 de outubro.
Em suas redes sociais, Caetano Veloso declarou que “Galvão criou e liderou o grupo Novos Baianos, acontecimento que se coloca entre os que mudaram o rumo da história do Brasil. Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum ‘Acabou Chorare’ mas que se desdobrou em muito mais. Vamos sentir saudade dele – e também celebrar a peculiaridade de sua pessoa. Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre ‘O Farol da Barra’. Num barzinho do Campo Grande a dupla era Moraes e Galvão. Depois se multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o país capaz de muito mais do que parece”.
Em 1968 criou com Moraes Moreira e Paulinho Boca de Cantor o grupo vocal e instrumental Novos Baianos, formado por ele, Galvão, (letrista), Moraes Moreira (vocal e violão) e Paulinho Boca de Cantor (vocal e pandeiro) e ainda, Baby Consuelo (vocal e percussão) e Pepeu Gomes (guitarra, viola, violão e bandolim).
Com este conjunto ingressou no cenário artístico neste mesmo ano de 1968, com o espetáculo “Desembarque dos bichos depois do dilúvio”, realizado em Salvador, apresentado por Galvão, pelos cantores Paulinho Boca de Cantor, Moraes Moreira, Baby Consuelo e pelo guitarrista Pepeu Gomes. No ano seguinte, em 1969, o grupo participou do “V Festival de Música Popular Brasileira”, da TV Record (SP) com a composição “De Vera” (Moraes e Galvão), incluída no repertório de seu primeiro LP, “Ferro na boneca”, lançado neste mesmo ano de 1960.
Nos anos 1970, transferiu-se para o Rio de Janeiro, passando a viver comunitariamente com todos os músicos do grupo, em um sítio localizado em Vargem Grande.
Em 1972, o conjunto incorporou o baixista carioca Dadi e os percussionistas Jorginho, Baixinho e Bolacha.
Em parceria com Moraes Moreira, escreveu a maioria das músicas gravadas pelo conjunto Os Novos Baianos, que se desfez em 1978, retornando algumas vezes ao cenário artístico com diversas formações e em todas as quais participou como cantor e compositor letrista. Entre suas composições estão “Acabou Chorare”, “Preta Pretinha” e “Mistério do Planeta”.
Em 1982 publicou “Geração Baseada” pela editora Codecri
Em 1987 publicou “Ovos Brasil” pela Editora Brasiliense. Na década de 2000 transferiu-se para a cidade de Salvador, onde lançou, de forma independente, dois CDs de poesias.
Publicou, em 1997, o livro “Anos 70: Novos e Baianos”, lançado pela Editora 34 (SP), relatando a trajetória do grupo.
Em 2013 publicou “Novos Baianos: a História do Grupo que Mudou a MPB” pela Editora Lazuli
Em 2021, publicou “João Gilberto: a Bossa”, também pela Editora Lazuli
Ainda em 2021, publicou “Anos 80: a História de uma Amizade Perdida”, pela Editora Kelps
(c/ Novos Baianos)
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(c/ Novos Baianos)
(c/ Baby Consuelo e Novos Baianos)
(c/ Novos Baianos)
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira – Criação e Supervisão Geral Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
AMARAL, Euclides. A Letra & a Poesia na MPB: Semelhanças & Diferenças. Rio de Janeiro: EAS Editora, 2019.
AMARAL, Euclides. Alguns Aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2008. 2ª ed. Esteio Editora, 2010. 3ª ed. EAS Editora, 2014.
MOREIRA, Moraes. A história dos Novos Baianos e outros versos. Rio de Janeiro: Língua Geral Editora, 2007.
VAZ, Toninho. Meu nome é ébano – A vida e a obra de Luiz Melodia. São Paulo: Editora Tordesilhas, 2020.