Gallo

Iniciou a carreira artística no começo dos anos 1950 tocando em bares e boates na noite paulistana. Contratado pela gravadora Columbia gravou seu primeiro disco em 1957 interpretando o bolero “Adios Muchachos”, de César Vedani e Julio César Sanders, e o fox “When Lights Are Low”, de Carter e Williams. Em 1958, transferiu-se para a Mocambo e gravou o “Samba de Teleco-teco”, de João Roberto Kelly, e o bolero “Noites Cruéis”, de Raul Sampaio e Benil Santos. Ainda em 1958, gravou dois LPs. O primeiro “Um Gallo dançante – Gallo e Seu Conjunto”, no qual foi acompanhado por um conjunto formado por Paulinho, na bateria, Gabriel, no contrabaixo, Magé, na guitarra e Chuca-Chuca, no Vibrafone, além de coro sob a regência de Severino Filho, incluiu as composições
“Um Galo Dançante”, com Severino Filho e Alberto Paz, “Samba Fantástico”, de José Toledo, Jean Manzon, Leônidas Autuori e Paulo Mendes Campos, “Samba do Galo”, com Luiz Bandeira, “When I Am With You”, de Al Stillman e Benjamin Weisman, “Chances Are”, de Al Stillman e Robert Allen, “Love Letters”, de Victor Young e Edward Heyman, “Cachito”, de Consuelo Velázquez, “Night And Day”, de Cole Porter, “Silbando Mambo”, de Perez Prado, ”    Lamento”, de Djalma Ferreira e Luis Antônio, “Nosso Samba”, de Djalma Ferreira e Iza Ferreira, “Casa da Loló”, de Djalma Ferreira e José Bicalho, “Mente”, e “Haja O Que Houver”, de Fernando César, “Falam Meus Olhos”, de Fernando César e Nazareno de Brito, “Na Baixa do Sapateiro”, e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, e “Maracangalha”, de Dorival Caymmi. Já o segundo LP teve por título “Um Drink dançante – Gallo e Seu Conjunto e incluiu as músicas “Adios Muchachos”, de César Vedani e Julio César Sanders, “Promessa”, de Custódio Mesquita e Evaldo Ruy, e “Saudade da Bahia”, de Dorival Caymmi, além de uma série de sucessos internacionais, entre os quias, “Love You Samantha”, de Cole Porter.
Em 1959, lançou um último disco pela Columbia, “Drink dançante Nº 2 – Gallo e Seu Conjunto” interpretando as composições “Acordes Que Choram”, de Othon Russo e Nazareno de Brito, “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “Ciúme”, de Renato de Oliveira e Fernando César, “Se Alguém Telefonar”, de Alcyr Pires Vermelho e Jair Amorim, “Serenata do Adeus”, de Vinicius de Moraes, “Aperta-me Em Teus Braços”, de Anísio Silva e Almeida Rego, “Cha-chazinho”, de Sylvio Mazzucca, ”    Cabecinha No Ombro”, de Paulo Borges, “Desolação”, de Othon Russo, “A Filha da Lavadeira”, de Fonseca Filho, “Bom Dia Tristeza”, de Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes, e “Triste Recordar”, de Carmon Lewis. No mesmo ano, ingressou na gravadora Mocambo onde gravou o samba “O Apito no Samba”, de Luiz Bandeira e Luis Antônio, e o samba canção “Mocinho Bonito”, de Billy Blanco, em disco de 78 rpm e incluídos no LP “Em 4 tempos – Gallo e Seu Conjunto” do qual constaram também as músicas “Samba de Teleco-teco”, de João Roberto Kelly, “Mi Nuevo Ritmo”, de Raul Aguillar, “Puente de Piedra”, de Carmelo Larrea, “Camponês Alegre”, de Schumann, “Noites Cruéis”, de Raul Sampaio e Benil Santos, “Melodia Damore”, de K. Feltz e H. Gietz, “Tudo Ou Nada”, de Fernando César, “Charmaine”, de Erno Rapee e Lew Pollack, “So In Love”, de Cole Porter, e “On The Street Where You Live”, de Alan Jay Lerner e Frederick Loewe.
Transferido para a gravadora Philips, lançou em 1962 o LP “Um Galo Internacional – Gallo e seu conjunto apresentando Marla” no qual interpretou com seu conjunto diversos sucessos internacionais, além das composições “Casa de Boêmio”, de N. Barbosa, A. Pinto e R. Bocanegra, “Nunca Mais”, de N. Barbosa e Sivan Castelo Neto, “Tua Volta”, de Sebastião Barros, e “Foi Mentira”, de Silvio Lima e Jair Maia, que contaram com a participação vocal da cantora Marla. Em 1965, participou da coletânea “Discoteca dançante Nº 1” do selo Fantasia/Philips, com a interpretação do twist “Amen Twist (yea-a-men)”, de Vic Schoen, Roger Segure e Bill Hardy, e do samba “Na Cadência do Samba”, de Luiz Bandeira. Em 1966, lançou pela  Chantecler o LP “Let me entertain you”, interpretando pot-pourris de sucessos internacionais, de fados e ainda dos sambas “Zé Marmita”, de Luis Antônio e Brasinha, “Despedida de Mangueira”, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral, “Praça Onze”, de Herivelto Martins e Grande Otelo. “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso, e “O Que É Que A Baiana Tem”, de Dorival Caymmi.
Em 1979, fez os arranjos e a direção de produção do LP independente “Melodias inesquecíveis para uma noite feliz – Fernando Gallo, Seu Piano, Orquestra e Coral” e que foi patrocinado e produzido pelo Banco do Brasil para brinde aos seus clientes. Neste disco foi acompanhado por uma orquestra integrada por ele ao piano, Betinho, no violão, Juquinha, na bateria, Zé Roberto, no baixo acústico, Ortiz, Rack, Morfeu e Luis Carlos, nos violinos, Fidélis e Hindemburgo, nas violas e Zamith, no violoncelo para a interpretação dos clássicos “As Time Goes By”, de Herman Hupfeld, “I Cant Stop Loving You”, de Don Gibson, “Stella By Starlight”, de Ned Washington e Victor Young, “Manhattan”, de Richard Rodgers e Lorenz Hart, “Smoke Gets In Your Eyes”, de Jerome Kern e Otto Harbach, ”    Begin The Beguine”, de Cole Porter, “Linda Flor (Ai Ioiô)”, de Henrique Vogeler, Luis Peixoto e Marques Porto, “Dora”, de Dorival Caymmi, “Ave Maria No Morro”, de Herivelto Martins, “Dindi”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira, “A Noite do Meu Bem”, de Dolores Duran, e “Outra Vez”, de Isolda. Em 1981, também com patrocínio e produção do Banco do Brasil para distribuição gratuíta, gravou o LP ” Música, Brasil – Fernando Gallo, Seu Piano e Sua Orquestra”. Neste disco, que teve a orquestração do Maestro José Marinho, sua orquestra era formada por ele ao piano, Jorge Marinho, no contrabaixo, Juquinha, na bateria, Neco, no violão, Tião, Risadinha, e Jorge, no ritmo, Pedro S. Neto, o “Netinho” e Euclides Jorge, o “Bahianinho”, no sax alto e clarinete, Moacir M. da Silva, o “Bijú”, no sax tenor, Aurino Oliveira, no sax tenor, Hélio Marinho, no sax barítono, Hamilton P. Cruz, Formiga e Maurílio, nos trompetes e Edmundo Maciel, Antônio José da Silva, o “Norato” e Antônio Pereira Guimarães, o “Macaxeira”, nos trombones, interpretando as músicas “Brejeiro” e “Apanhei-te Cavaquinho”, de Ernesto Nazareth, “Pintinhos no Terreiro”, de Zequinha de Abreu, “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, “Feitiço da Vila”, de Noel Rosa e Vadico, “No Rancho Fundo”, de Ary Barroso e Lamartine Babo, “Último Desejo”, de Noel Rosa, “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá e Antônio Maria, “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, “Primavera”, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, “Se Todos Fossem Iguais A Você”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, “João Valentão”, de Dorival Caymmi, “Quem Te Viu, Quem Te Vê”, de Chico Buarque, “Na Baixa do Sapateiro”, de Ary Barroso, e “Exaltação à Bahia”, de Vicente Paiva e Chianca de Garcia. Em 1983, lançou de forma independente o LP “Fernando Gallo e seu piano” interpretando os clássicos “Folha Morta”, de Ary Barroso, “Gente Humilde”, de Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, “Preciso Aprender A Ser Só”, de Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle, “Castigo”, de Dolores Duran, ”    Por Causa de Você”, de Tom Jobim e Dolores Duran, “Fim de Caso”, de Dolores Duran, “Saudades de Miraí”, de Ataulfo Alves, “Vingança”, de Lupicínio Rodrigues, e “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre outras. Atuou entra os anos 1950 e 1970 e lançou discos pelas gravadoras Columbia, Mocambo, e Philips.