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Nome Artístico
Gadé
Nome verdadeiro
Osvaldo Chaves Ribeiro
Data de nascimento
23/7/1904
Local de nascimento
Niterói, RJ
Data de morte
27/10/1969
Local de morte
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Compositor. Pianista.

Filho de José Cardoso Ribeiro e Honorina Chaves Ribeiro. Fez o curso primário na Escola Felisberto de Carvalho, em Niterói. Aos 16 anos, iniciou curso comercial na escola Vidal, de onde saiu no quarto ano. Em 1923, casou-se com Voelmi Gonçalves Ribeiro, com quem teve 4 filhos. Por essa época, já tocava piano de ouvido. Um ano mais tarde, empregou-se no Lóide Brasileiro como pianista de orquestra. Viajou – sempre a trabalho – em vários navios dessa companhia. Em 1941, tornou-se funcionário público, trabalhando como artífice no Ministério da Viação e Obras Públicas, passando posteriormente a ocupar o cargo de desenhista.

Dados artísticos

Sua carreira artística iniciou-se em 1926, quando, ao largar o Lóide,  foi para a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, na qual atuou por cerca de seis meses. Em seguida, transferiu-se para a Rádio Ipanema (PRH-8), onde permaneceu por 6 meses, passando, desde então, por várias emissoras, como a  Rádio Clube,  Mayrink, Tupi, Nacional e Inconfidência Mineira, da qual participou da inauguração, ao lado de Herivelto Martins e Dalva de Oliveira. Trabalhou alguns anos na Rádio Carioca ao lado do bateirista Valfrido Silva, seu parceiro em diversas músicas. Em 1932, lançou o samba-choro  “Amor em excesso”, gravado por Almirante. Em 1933, compôs com Valfrido Silva “Escuta aqui”, samba gravado por Jaime Vogeler. No mesmo ano, Francisco Alves gravou o samba “Vai cavar a nota”, outra parceria com Valfrido Silva. Com “Estão batendo”, iniciou uma série de grandes sucessos, muitos dos quais em parceria com Valfrido Silva, como “Vou me casar no Uruguai” e “Que barulho é esse ?” gravados por Almirante em 1935. No mesmo ano, Carmen Miranda gravou o choro “Roseira branca”; Aurora Miranda, o samba choro “Fiz castelos de amores”, um de seus sucessos e Mário Reis, o samba “Meu consolo”, parcerias com Valfrido Silva. Considera-se que a dupla tenha sido responsável  pela fixação do gênero samba-choro. De sua produção destacam,-se ainda, “Quem é que paga a gasolina?”, registrada por Odete Amaral , e “Honrando um nome de mulher”, gravado por Carmen Miranda, em 1936. No mesmo ano, Carmen Miranda gravou os choros “Honrando um nome de mulher”, parceria com Valfrido Silva e “Polichinelo”, parceria com Almanir Grego. O compositor dedicava-se também a fazer caricaturas, o que levou Lamartine Babo a chamá-lo de La Fontaine do rádio. Em 1937, Aurora Miranda gravou o choro “Noivado desfeito”, parceria com Almanir Grego e Almirante, o choro “Faustina (Encrencas de família)” e o samba choro “Olha o grude formado”. Em 1938, as Irmãs Pagãs lançaram na Odeon, o choro “Tia camarada (Filha do senador)” e Dircinha Batista e Castro Barbosa gravaram em dueto pela Columbia, a valsa “Estrada do passado”, parceria com Arlindo Marques Junior e o fox canção “Meu grande amor”, parceria com Armando Régis. Em 1959 gravou na Musidisc um LP no qual toca piano acompanhado pela bateria de seu parceiro Valfrido Silva. Nesse LP, foram interpretadas as músicas “Na Cadência do Tambor”, “Vou Casar no Uruguai”, “Cem Anos De Perdão”, “Tudo Agora É Sonho”, “Vai Cavar a Nota”, “O Feitiço Virou”, “Perdi a Aposta” e “Meu Consolo”, todas em parceria com Valfrido Silva.

Discografias
1956 Musidisc LP Gafieira

(c/Valfrido Silva)

Obras
Boa noite, passe bem... (c/ Valfrido Silva)
Capitão da mata
Cem Anos De Perdão - com Valfrido Silva
Cem Anos De Perdão - com Valfrido Silva
Estrada do passado (c/ Arlindo Marques Junior)
Estão batendo (c/ Valfrido Silva)
Faustina
Fiz castelos de amores (c/ Valfrido Silva)
Honrando um nome de mulher (c/ Valfrido Silva)
Meu consolo (c/ Valfrido Silva)
Meu grande amor (c/ Armando Régis)
Na Cadência do Tambor - com Valfrido Silva
Na Cadência do Tambor - com Valfrido Silva
Noivado desfeito (c/ Almanir Grego)
O Feitiço Virou - com Valfrido Silva
O Feitiço Virou - com Valfrido Silva
O que é que eu tenho com isso?
Onde ficou a minha sorte? (c/ Almanir Grego)
Perdi a Aposta - com Valfrido Silva
Perdi a Aposta - com Valfrido Silva
Polichinelo (c/ Almanir Grego)
Que barulho é esse? (c/ Valfrido Silva)
Quem é que paga a gasolina?
Roseira branca (c/ Valfrido Silva)
Tia camarada (Filha do senador)
Tudo Agora É Sonho - com Valfrido Silva
Tudo Agora É Sonho - com Valfrido Silva
Vai cavar a nota
Velho enferrujado
Vou me casar no Uruguai (c/ Valfrido Silva)
Bibliografia Crítica

AZEVEDO, M. A . de (NIREZ) et al. Discografia brasileira em 78 rpm. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

EPAMINONDAS, Antônio. Brasil brasileirinho. Editora: Instituto Nacional do Livro. Rio de Janeiro, 1982.

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.

SEVERIANO, Jairo e MELLO, Zuza Homem de. A canção no tempo. Volume 1. Editora: 34. São Paulo, 1997.