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Nome Artístico
Gabriel Bahlis
Nome verdadeiro
Gabriel Jorge Bahlis
Data de nascimento
1933
Local de nascimento
Porto Alegre, RS
Dados biográficos

Instrumentista. Baixista. Nascido no Rio Grande do Sul radicou-se em São Paulo a partir de 1959 quando lá chegou como integrante da Orquestra de Breno Sauer. Foi professor da Escola de Música do Estado de São Paulo.

Dados artísticos

Iniciou-se na música aos oito anos de idade tocando no piano da tia Mariana, ex-miss Porto Alegre, a música “La mer”. Posteriormente foi pandeirista do regional da Rádio Farroupilha. Fascinado pelo contrabaixo consegiu que o baixista Danilo, do Conjunto Farroupilha, lhe vendesse um baixo de três cordas. Em 1953, aos 20 anos de idade ingressou no conjunto de Breno Sauer, na Rádio Gaúcha. Passou a tocar também no Castelo Rosa, uma famosa boate de Porto Alegre.
Em 1958, participou, juntamente com Gallo ao piano, Paulinho, na bateria, Magé, na guitarra, e Chuca-Chuca, no Vibrafone,  além de coro sob a regência de Severino Filho, do Gallo e Seu Conjunto, que gravou o LP “Um Gallo dançante – Gallo e Seu Conjunto”,incluiu as composições “Um Galo Dançante”, com Severino Filho e Alberto Paz, “Samba Fantástico”, de José Toledo, Jean Manzon, Leônidas Autuori e Paulo Mendes Campos, “Samba do Galo”, com Luiz Bandeira, “When I Am With You”, de Al Stillman e Benjamin Weisman, “Chances Are”, de Al Stillman e Robert Allen, “Love Letters”, de Victor Young e Edward Heyman, “Cachito”, de Consuelo Velázquez, “Night And Day”, de Cole Porter, “Silbando Mambo”, de Perez Prado, “Lamento”, de Djalma Ferreira e Luis Antônio, “Nosso Samba”, de Djalma Ferreira e Iza Ferreira, “Casa da Loló”, de Djalma Ferreira e José Bicalho, “Mente”, e “Haja O Que Houver”, de Fernando César, “Falam Meus Olhos”, de Fernando César e Nazareno de Brito, “Na Baixa do Sapateiro”, e “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, e “Maracangalha”, de Dorival Caymmi.
No começo dos anos 1960, integrou juntamente com Heraldo do Monte, na guitarra, Arrudinha, na bateria, Carlos Alberto Alcântara, no sax, e Buda, no trompete, além dele no contrabaixo, o grupo Os Cincopados. Em 1972, tocou baixo elétrico nas faixas “Me dá um beijo”, “Cordão do rio preto”, “Seis horas”, “Ciranda de mãe Nina” e “Horrível”, de Alceu Valença, “Virgem Virgínia”, e “78 rotações”, de Alceu Valeça e Geraldo Azevedo, e “Mister Mistério”, de Geraldo Azevedo, no LP “Quadrofônico – Alceu Valença e Geraldo Azevedo”. No mesmo ano, teve atuação destacada no LP “Se o acaso é chorar”, lançado por Tom Zé pela gravadora Continental tocando baixo elétrico nas faixas “Frevo”, “A babá”, “Dor e dor”, “Senhor cidadão”, “A Briga Do Edifício Itália Com O Hilton Hotel”, “O anfitrião”, e “O sândalo”, todas de Tom Zé, nas quais só havia seu baixo elétrico e órgão Hammond de Casali no acompanhamento do cantor, enquanto nas músicas “Happy end”, de Tom Zé, “Vai (Menina, Amanhã De Manhã)” e “Se O Caso É Chorar” , de Antônio Perna Fróes e Tom Zé, e “O Abacaxi De Irará”, de Tom Zé, o único acompanhamento era de seu baixo elétrico. Em 1975, no LP “Meu primeiro amor” lançado pela cantora Nara Leão, pela Philips/Phonogram, tocou baixo elétrico nas músicas “Marcha Dos Gafanhotos”, de Frazão (Eratóstenes Alves Frazão) e Roberto Martins, “Menino De Braçanã”, de Arnaldo Passos e Luiz Vieira, no pot pourri “Fiz A Cama Na Varanda”, de Dilú Mello e Ovídio Chaves, e “Prenda Minha”, do folclore do Rio Grande do Sul, e “Meu Primeiro Amor”, de H. Gimenez, versão de José Fortuna e Pinheirinho. Em 1976, no LP “Gal canta Caymmi” lançado pela cantora Gal Costa pela gravadora Phonogram/Philips, tocou na faixa “São Salvador”, de Dorival Caymmi. Em 1979, participou do LP “Evocação II – Chiquinha Gonzaga” da gravadora Eldorado, tocando baixo elétrico nas músicas “Plangente”, “Musiciana”, “Os namorados da lua”, “Em guarda”, “Bionne”, “Manhã de amor”, “Tim tim”, e “Lua branca”, todas de Chiquinha Gonzaga, e “A morena”, com Ernesto de Souza. Em 1983, tocou baixo elétrico nas músicas “Anita”, “Voz do leste”, “Mais valia”, “Che Tajira”, “Moina me sorriu”, “O amor da justiça”, “Guarânia Guarani”, “Marília das ilhas” e “América del índio (Poema ameríndio)”, todas de Taiguara, “Estrela vermelha (Do crepúsculo do sul)”, de Taiguara e Graciliano Corrêa da Silva, e “Avanzada”, de Oscar N. Safuán, do LP “Canções de amor e liberdade” lançado por Taiguara no selo Alvorada. Em 1985, no LP “Paracachúm” lançado pelo maestro Hector Costita pelo selo Som da Gente tocou baixo elétrico nas composições “Paracachúm”, “Ariela”, “El Baión”, “Choro Porteño”, “La Maja Brasileira”, “A Noite É Minha”, “Estão Todos Aí” e “De La Tripa Al Viento”, todas de Hector Costita. Em 1987, esteve presente nas músicas “Samba Pro Gudin”, “Toró”, “Bosque Dos Jequitibás”, e “Valsa I Pra Jucy”, de Edson José Alves, “Zunêga”, de Edson José Alves e Vera Coutinho, e “Sai Da Minha Parede, Jacaré”, de Edson José Alves e Messias Santos Júnior, que fizeram parte do LP instrumental “Preamar” lançado por Edson José Alves pelo selo Som da Gente. Em 1988, tocou nas faixas “Sua Estupidez”, de Erasmo Carlos e Roberto Carlos, “Dio Come Ti Amo”, de Domenico Modugno, e “Sócrates Brasileiro” e “Orfeu”, de José Miguel Wisnik, do LP “Ná Ozzetti” lançado pela cantora Ná Ozzetti pela Continental/Atração Fonográfica. Em 1990, tocou na música “A vizinha do lado”, de Dorival Caymmi, do CD lançado por Vânia Bastos pela gravadora Eldorado. Em 1994, tocou baixo elétrico nas músicas “Canta, canta mais”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, e “Sobre as nuves”, de Jimmy Webb, com versão de José Carlos Costa Netto, no CD “Canta mais”, lançado pela cantora Vânia Bastos pelo selo Velas. Em 1995, tocou baixo elétrico nas músicas “Que bom, amigo”, de Milton Nascimento, “Canção da América”, “Veja esta canção”, “Bola de gude, bola de meia”, e “Milagre dos peixes”, de  Milton Nascimento e Fernando Brandt, “Eu se que vou te amar”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, “Coração de estudante”, de Milton Nascimento e Wagner Tiso, “Estrelada”, de Márcio Borges e Milton Nascimento, “Simples”, de Nelson Angelo, “O cio da terra”, de Chico Buarque e Milton Nascimento, “Paula e Bebebto”, de Milton Nascimento e Caetano Veloso, “Panis Angelicus”, de Cesar Frank. Em 1997, participou do CD “Cyro Pereira – 50 anos de música – Cyro Pereira e Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo” tocando baixo elétrico nas faixas “Carinhoso”, de Pixinguinha e João de Barro, “Rapsódia Latina”, “Poema Para Jobim”, “Fantasia Para Piano E Orquestra Sobre Temas De Ernesto Nazareth”, “Solito”, “Cuidado com o degrau” e “O fino do choro”, todas de Cyro Pereira. No mesmo ano, seu baixo elétrico esteve presente na gravação das músicas “Não Me Xoteie”, “Percurtindo”, “Pra Lurdes”, “Pablo”, “A Outra Valsa”, “Divinal”, “Dedé No Vídeo Game”, todas de Heraldo do Monte, e “Faz De Mim”, de Dominguinhos e Nando Cordel, incluídas no CD “Instrumental no CCBB – Duofel e Heraldo do Monte”.
Em 2008, no CD “Toquinho & Orquestra Jazz Sinfônica ao vivo”, gravado na Sala São Paulo, esteve presente nas composições “Tarde Em Itapoã”, “Regra Três” e “Aquarela”, de Toquinho e Vinícius de Moraes,  “Samba De Orly”, de Chico Buarque, Toquinho e Vinícius de Moraes, “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, “Onde Anda Você?”, de Hermano Silva e Vinícius de Moraes, e “O Caderno”, de Mutinho e Toquinho. Considerado um dos maiores baixistas do país, tocou na Orquestra Jazz Sinfônica, de São Paulo, e na Filarmônica de Londres. Ao longo da carreira tocou, entre outros, com Roberto Carlos, Eliz Regina,  Ednardo, Elton Medeiros, Eumir Deodato, Frank Sinatra, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Jards Macalé, e Vânia Bastos.