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Nome Artístico
Franklin da Flauta
Nome verdadeiro
Franklin Correa
Data de nascimento
19/8/1949
Local de nascimento
Rio de Janeiro, RJ
Dados biográficos

Instrumentista (flautista). Arranjador. Compositor. Professor.

Toca flauta em dó, flauta em sol, flauta baixo e piccolo. Primo de Cássio Tucunduva, violonista do conjunto Os Lobos. Autodidata, iniciou-se na flauta aos 14 anos, incentivado por Lenir Siqueira (1º flautista da Orquestra Sinfônica Nacional), buscando, em suas próprias palavras, “uma sonoridade lisa, sem vibrato, inspirada no som de Bebeto (Adalberto Castilho) do Tamba Trio, característica também do cool jazz de Frank Wess e Herbie Mann”. Estilisticamente, seu fraseado reflete o aprendizado informal em sessões de gravação com Altamiro Carrilho, Copinha, Jorge Ferreira da Silva (Jorginho) e a influência estrutural do flautista Eric Dolphy. Aos 15 anos de idade, começou a freqüentar o Clube de Jazz e Bossa, organizado por Jorginho Guinle, Sylvio Túlio Cardoso e Ricardo Cravo Albin.Nessa época formou, com Luiz Cláudio Ramos e outros, os conjuntos Rio 5 e Eco 5, apresentando-se em festas e em clubes. Em 1968, entrou para a Faculdade de Engenharia Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, abandonando o curso para dedicar-se exclusivamente à música. Fotógrafo, registrou com sua câmera, para capas de discos e divulgação, vários artistas nas décadas de 60 e 70. Atua, também, como tradutor para a língua portuguesa, de textos escritos em inglês, francês e espanhol.

Dados artísticos

Iniciou sua carreira profissional em 1967, acompanhando Roberto Carlos em sua primeira interpretação de um samba, “Maria, carnaval e cinzas” (Luís Carlos Paraná), música classificada em 5º lugar no III Festival de Música Popular Brasileira, realizado no Teatro Paramount (SP).

Em 1968, participou do Musicanossa, evento que promovia apresentações de compositores, músicos e cantores, em shows realizados no Teatro Santa Rosa (RJ). Gravou as músicas “Meu fraco é café forte” (Dom Salvador) e “Derradeira gente” (Hugo Bellard e Paulo Sérgio Valle) no LP que registrou o evento, lançado pela gravadora Odeon. Nesse mesmo ano, participou do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record, SP), substituindo, em uma das apresentações, o flautista Carlos Seabra Ratto, do Quinteto Villa-Lobos (grupo que acompanhou Edu Lobo e Marília Medalha), na interpretação de “Memórias de Marta Saré” (Edu Lobo e Guarnieri), canção classificada em 2º lugar. Foi convidado por Baden Powell para compor, ao lado de Cynara e Cybele, o histórico show do Teatro Opinião (RJ), onde foram lançados os afro-sambas. Atuou, também, com Antonio Adolfo, Novelli e Vitor Manga no show de Chico Buarque realizado nesse ano no Teatro Toneleros (RJ).

Em 1969, acompanhou Geraldo Vandré em apresentações pelo Brasil.

Participou de shows e gravações de vários artistas, como Sérgio Ricardo (1972), Toquinho, Vinicius e Marília Medalha (1972), Toquinho, Vinicius e Clara Nunes, no espetáculo e disco “Poeta, moça e violão” (1973), Toquinho, Vinicius e Clara Nunes, no evento “Phono 73” (SP), Toquinho e Paulinho Nogueira (1974), Toquinho, Vinicius e Maria Creuza (turnê no exterior -1974), Alaíde Costa (1974), Clara Nunes em apresentação no Midem (1974), Chico e Bethânia, em temporada de cinco meses no Canecão (RJ, 1975), Tom Jobim, Elis Regina, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Jorge Ben, Márcia, Francis Hime, Petula Clark, Gal Costa, Chico Buarque, Quarteto em Cy, Antonio Adolfo, Miúcha e Simone Guimarães, entre outros.

Atuou, também, na gravação de jingles para campanhas publicitárias e em trilhas sonoras de cinema e teatro, como o musical “Pippin”, com Marília Pêra e Marco Nanini (1974).

Em 1977, compôs e executou a trilha sonora da peça infantil “Princesa do mar sem fim”, de Benjamim Santos, encenada no Museu de Arte Moderna (RJ).

Sua música “Santo Amaro” (c/ Luiz Cláudio Ramos e Aldir Blanc) foi gravada por Miúcha, Quarteto em Cy, Dobrando a Esquina e pelos próprios autores.

Como arranjador, atua com Geraldo Azevedo, Os Flautistas da Pró-Arte, conjunto Dobrando a Esquina, entre outros.

Além de dar aulas particulares, lecionou no Centro Musical Antonio Adolfo e no Centro Calouste Gulbenkian.

Mantém, desde 1982, uma oficina de conserto de flautas, clarinetas e saxofones, prestando serviço a inúmeros profissionais das áreas erudita e popular. Para ele, o maestro Tom Jobim cunhou a expressão “fluthier”, parafraseando, para o campo da flauta, a expressão “luthier” (reparador de instrumentos de corda).

É um dos integrantes do Quinteto Pixinguinha e do conjunto Choro na Feira.

Em 2011, lançou, em parceria com o violonista Luiz Claudio Ramos, o CD “Dois irmãos”, contendo parcerias de ambos e composições individuais. Nesse mesmo ano, apresentou-se, ao lado de Luiz Claudio Ramos, apresentou-se, em 2011, no Teatro Tom Jobim, no Jardim Botânico (RJ), com o show “Dois irmãos convidam Yamandú Costa”. No repertório, choro, valsa, jazz e bossa nova.

Discografias
2011 Dois irmãos (Luiz Claudio Ramos e Franklin da Flauta) – Maritaca Música - CD
Obras
Carta fora (c/ Luiz Cláudio Ramos e Aldir Blanc)
Dois irmãos (c/ Luiz Cláudio Ramos)
Flor de outono
Santo Amaro (c/ Luiz Cláudio Ramos e Aldir Blanc)
Shows
2011 Luiz Claudio Ramos e Franklin da Flauta. Dois irmãos convidam Yamandú Costa. Teatro Tom Jobim, Jardim Botânico, Rio de Janeiro.
Bibliografia Crítica

CABRAL, Sérgio. Antonio Carlos Jobim, uma biografia (pp. 277, 299, 515). Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1997.

JOBIM, Helena. Antonio Carlos Jobim, um homem iluminado (pp. 175, 425). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1996.