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Nome Artístico
Francisco Libânio Colás
Nome verdadeiro
Francisco Libânio Colás
Data de nascimento
circa 1830
Local de nascimento
São Luís, MA
Data de morte
9/2/1885
Local de morte
Recife, PE
Dados biográficos

Compositor. Regente. Violinista. Trompetista. Flautista. Arranjador.

Nasceu em São Luís do Maranhão, provavelmente no ano de 1830. Era filho do empresário teatral, clarinetista e mestre-de-capela Francisco Antônio Colás, conhecido como Chico da Música e de Jerônima Maria Colás. Teve três irmãos que também eram músicos: o trompista Carlos Antônio, o flautista e clarinetista Ezequiel Antônio e o clarinetista Francisco Antônio. Sabe-se que na década de 1950 foi para Pernambuco e que entre os anos de 1874 e 1875 residiu em Salvador, Bahia. Foi casado com Rufina de Oliveira. Era amigo de Alberto Nepomuceno e de José Fachinetti. Faleceu pobre, no dia 9 de fevereiro de 1885, em Recife, Pernambuco.

Dados artísticos

Compôs, segundo o padre Jaime C. Diniz, uma vastíssima obra (principalmente peças religiosas e operetas), infelizmente perdida. Sabe-se que compôs muitas peças populares, principalmente polcas. Em 1854, após ligar-se à atriz Carmela Adelaide Lucci, era tido como o melhor arranjador dos teatros de São Luís. Nesse época, regeu diversas óperas italianas. Regeu a orquestra do Teatro São João de Salvador, entre os anos de 1874 e 1875. Nesse período, estreou com sucesso sua opereta “Uma Véspera de Reis”, com texto de Artur Azevedo e tendo no papel principal o famoso intérprete Xisto Bahia. Segundo Cernicchiaro, o compositor escreveu 4 operetas: “Meus olhos! Meu nariz! Minha boca!”, a já citada “Uma Véspera de Reis”, “Sete passos” e “Viveiro do Frei Anselmo”. Renato Almeida acrescentou uma: “Horas de humor”, com texto de Artur Azevedo. Suas obras populares mais importantes são o “Tango do Clube do Junco”, a polca “Os Reis da Lapinha” (sobre motivos populares de Salvador) e “Crioula”, uma quadrilha-lundu-tango que o maestro Guerra Peixe gabava-se de possuir em seus arquivos. Sabe-se que teve, em Recife, trabalhos publicados por Victor Prèalle. No capítulo VII (p. 142, Ed. Ouro) do romance “O mulato”, de Aluízio Azevedo, há uma referência ao compositor: “Entraram todos em casa, numa desordem, acossados pela música que atropelava uma polca de Colás…”.

Obras
Adelaide
Crioula
Flor d'Alma
Os Reis da Lapinha
Os Voluntários
Serrinha (polca)
Tango do Clube do Junco
Bibliografia Crítica

MARCONDES, Marcos Antônio. (ED). Enciclopédia da Música popular brasileira: erudita, folclórica e popular. 2. ed. São Paulo: Art Editora/Publifolha, 1999.