
Cantora. Compositora.
Iniciou a carreira cantando na noite. Voltada para o forró e lambada, foi contratada pela gravadora EMI e lá gravou seus primeiros discos. Fez parte do movimento brega pop do Pará, juntamente com nomes como Alípio Martins, Juca Medalha, Luiz Guilherme, Teddy Max, Mauro Cotta, Míriam Cunha, e Carlos Santos. Em 1982, gravou com sucesso as músicas “Ovelha desgarrada”, de sua autoria; “Beija flor (Vale de ilusões)”, com Socorro Ribeiro; “Só Marajó”, com Rosana Rodrigues; “Galope”, com Edmilson Rodrigues e Pinduca; “Ritmo quente”, com Cristina Soares, e “Fogo ardente”, com Ademir Rodrigues. Dois anos depois, fez sucesso com “O teu inferno” e “Rato, gato e sapato”, com João Batista dos Santos; “Ciranda na lua”, com Ge Maria e Kid Dantas; “De volta à minha terra”, de Sucupira e Apolonia Ribeiro, e “Xamego, xamegando”, de Cláudio Rodrigues, Sucupira e Socorro Ribeiro. Em 1985, sua composição “Ovelha desgarrada” foi gravada pela cantora Fafá de Belém, em seu disco “Aprendizes da esperança”. No mesmo ano, continuou fazendo sucesso, em especial no norte e nordeste do país, com sua mistura de lambada e forró. Algumas de suas composições de grande aceitação em 1985 foram “Vamos cirandar”, com Ana Célia e Kátia Ponce; “Flor do desejo”, com Ana Célia e Kid Dantas; “Vem me fazer sorrir”, de Sucupira, Milton Oliveira e Ivanaldo Lopes; “Lenda da mãe dágua”, com Ronaldo Café, e “Envolvente”, com Ana Célia. Em 1986, fez sucesso com as músicas “O pecado da maçã”, com Ray Santos; “Vai e vem”, com Damião Carvalho e William Correia; “Louca paixão”, de Damião Carvalho e William Costa, e “Relampejo”, de Lena Vania dos Santos Bezerra. Em suas composições explorava o duplo sentido nas letras e o ritmo dançante do forró, do carimbó e da lambada. A partir do começo da década de 1990, sua carreira entrou em decadência. No ano 2000, a EMI, dentro da série “Raízes nordestinas”, lançou o CD “Francis Dalva”, com vinte gravações originais de seus maiores sucessos, incluindo “Ovelha desgarrada”. Em 2004, notícias davam conta de uma mulher que, afirmando ser a cantora e declarando estar enfrentado graves problemas financeiros, afastada do meio artístico e passando fome, tentara invadir o plenário do Senado para fazer um discurso, sendo detida por seguranças do congresso. Seu estilo de cantar e sua voz serviram de inspiração para uma das representantes do tecno brega do Pará, a cantora Gaby Amarantos.